BAKER TILLY ANUNCIA FUSÃO COM A BRB SP E PLANO DE AMPLIAÇÃO DE NEGÓCIOS EM SÃO PAULO

A empresa de consultoria Baker Tilly, por meio do escritório de São Paulo, anunciou oficialmente na última quarta-feira (15/01) a fusão com a BRB SP, prestadora de serviços em contabilidade e especialista em BPO (Business Process Outsourcing). O negócio reforça as operações Baker Tilly na capital com expectativa de um aumento na ordem de 30% dos negócios de terceirização da empresa, ainda este ano.

A BRB SP tem cerca de 40 clientes ativos em contas de fundos de investimento e empresas internacionais e os negócios já têm início com um incremento de 15% nas operações de BPO da Baker. Com a fusão, o time de 15 profissionais e os dois sócios Adilson Galdeano e Rodolfo Resende serão integrados à equipe de 120 profissionais da Baker Tilly, reforçando o time paulista da empresa – que também possui escritórios em outras sete capitais brasileiras.

Com a união das empresas, a Baker Tilly estará ainda mais preparada para a transformação digital, uma vantagem competitiva importante. A BRB investiu fortemente na área de tecnologia em busca de sua eficiência desde a sua criação, há dez anos, e mostra-se preparada para colocar qualquer modelo de negócio em funcionamento em prazo recorde. “O setor de BPO ou terceirização, como é chamado no Brasil, é um importante negócio que está em alta novamente e chega para complementar a carteira da Baker Tilly. Estamos muito otimistas com o resultado do acordo”, explica Rodolfo Resende. “Nós estamos prontos para fazer parte desta grande empresa que é a Baker Tilly. Prova disso é que esperamos praticamente dobrar as operações do setor ainda em 2020. O potencial de alavancagem é alto porque conseguimos nos estruturar de forma a oferecer mais eficiência nas operações graças à tecnologia que utilizamos”, confirma Adilson Galdeano.

Sócio líder da Baker Tilly em São Paulo, Alexandre Labetta, explica que este é mais um passo no sentido de alcançar o objetivo estratégico da empresa, que está posicionada entre as 10 maiores do mundo. “É necessário continuar oferecendo para os clientes uma lista completa de serviços. Além da auditoria, consultoria e impostos, o trabalho da BRB vem agregar um portfólio que complementa o trabalho que desenvolvemos aqui em São Paulo com a expertise de dois grandes profissionais, já meus conhecidos do mercado de trabalho”, conta.

Para Labetta, o que os clientes podem esperar é que ninguém permanecerá o mesmo. “O objetivo da Baker Tilly é alavancar os negócios baseada num sistema de gestão personalizado para cada empresa, que inclui melhor custo-benefício e vantagem competitiva, a partir da estratégia e inteligência na análise de dados”, afirma Labetta.

BRB. O negócio entre as duas empresas, entretanto, não vai afetar o modelo de gestão das operações. Segundo Labetta, os serviços de natureza distinta são geridos de forma diferente. Por este motivo, o setor de BPO ficará a cargo do Adilson e do Rodolfo, que, na opinião do líder da Baker, é “uma mescla importante de experiência e juventude”, e continuará funcionando do escritório da antiga BRB, no bairro do Paraíso. Os demais setores que incluem auditoria, consultoria e tributos, continuarão na sede do Brooklin.

Aos 57 anos, Adilson tem 35 anos de experiência em auditoria externa, controladoria e finanças, tendo ocupado posições de gerência e diretoria. No seu currículo, destacam-se suas passagens por PWC, EY e TMF – nas duas últimas implantando e liderando o setor de BPO. Especialista em sistemas de gestão e tecnologia, com foco nas áreas contábil, fiscal, tesouraria e folha de pagamento, aos 38 anos, Rodolfo já soma 18 anos de experiência no setor com importantes passagens pela Grand Thorton e RSM.

De acordo com ele, como foco de investimentos internacionais, o Brasil sempre recebe investidores que encontram no serviço de BPO a maneira mais segura de abrir uma empresa no país. “Com os sistemas que oferecemos, empresas de capital aberto ou internacionais, fundos de investimentos ou qualquer outra pode iniciar suas operações em até 30 dias, sem preocupação com a complexidade da legislação ou surpresas desagradáveis. Enquanto gerimos a parte burocrática, o cliente fica livre para focar no core business dele”, reitera.

A Baker Tilly integra o ranking das 10 maiores empresas de contabilidade do mundo, com faturamento de US$ 3,6 bilhões. Está localizada em 147 países e reúne cerca de 35 mil profissionais em 746 escritórios. No Brasil, está posicionada em oito regiões estratégicas e conta com aproximadamente 500 pessoas, entre sócios e colaboradores.

Os escritórios da Baker Tilly em São Paulo estão localizados à Rua Castilho, 392 (Brooklin) e na Alameda Santos, 200 (Paraíso). O site é o bakertillybr.com.br.

Em sua Conferência Mundial, realizada em 2019 em Singapura, a Baker Tilly apresentou uma pesquisa conduzida em parceria com o provedor de inteligência em fusões e aquisições, Mergermarket. No levantamento “Dealmakers globais: Perspectivas de fusões e aquisições internacionais 2019”, realizado com 150 negociadores – ou “dealmakers” -, o mercado de fusões e aquisições estará na pauta das discussões mundiais em 2020 e é uma tendência econômica para o mercado.

De acordo com as pesquisas, 54% dos entrevistados preveem um aumento nos negócios de fusões e aquisições já em 2020. 71% deles dizem que expandirão seus investimentos além-fronteiras à medida que explorarem os mercados estrangeiros, apesar das turbulências do cenário global. O relatório também apresenta as áreas de oportunidades – principais mercados em crescimento e setores aquecidos – onde os negociadores provavelmente encontrarão valor no próximo ano.

O Brasil aparece no Top 10 das oportunidades com 19% das intenções de negócios. Embora seja o 10º país do ranking, ainda fica à frente de outros mercados interessantes que não foram bem classificados pelos “dealmakers”. Para Alexandre Labetta, a presença no Brasil na lista comprova o aumento de credibilidade do Brasil e o potencial para o sucesso de grandes negócios. “O mercado de fusões e aquisições de empresas brasileiras vem se desenvolvendo constantemente com o aumento de negócios. As operações geralmente concentradas entre as grandes companhias vêm se disseminando também entre as organizações menores e deve prosseguir”, comenta Labetta.

Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os negócios de fusões e aquisições avançaram. Os anúncios envolvendo aquisições de controle, incorporações e vendas de participações minoritárias totalizaram R$ 177,2 bilhões, uma elevação de 28% em relação a 2017. Segundo Anderson Pellegrino, professor de economia da IBE Conveniada FGV, as operações de fusões e aquisições aparecem em todo o mundo como um movimento em resposta à guerra comercial entre China e Estados Unidos. “Isso acaba liberando espaço para que o fluxo de investimentos seja direcionado a outras regiões e países, como o Brasil”, avalia o economista.

Além disso, o Brasil está em recuperação econômica, portanto, mais aberto à recepção de capital estrangeiro, o que facilita processos de aquisição e fusão. “O Brasil saiu de uma crise, está aberto a negociações, tem empresas à venda ou abertas a parcerias e sociedades, aos processos de fusão e aquisição e com maior chance de negociação e oportunidades que, normalmente, não há no mercado muito aquecido e que apresenta preços mais elevados para fazer negócio”, explica o professor.

Pellegrino também ressalta que, apesar de a economia apresentar sequelas da crise, como desemprego e inadimplência, o Brasil é um importante mercado doméstico. “Somos um mercado com uma boa dimensão, com perfil consumista e com demanda reprimida em muitos setores. Isso acaba tornando nosso mercado atraente e de boa perspectiva. Junta-se a isso a previsão de crescimento econômico mais robusto. As previsões para 2020 apontam para um crescimento da economia brasileira superior a 2% no PIB, o que não é um número vigoroso, mas já é um número positivo e superior aos últimos anos”, conclui.

 

Foto: Alexandre Labetta, Adilson Galdeano e Rodolfo Resende. (da esquerda para direita)

Crédito: Divulgação.

 

 

 

 

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