BALANÇA COMERCIAL DA REGIÃO DE CAMPINAS DEVE FECHAR 2013 COM DÉFICIT

O saldo da
balança comercial dos 19 municípios atendidos pelo Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas registrou no acumulado do ano no
período de janeiro a setembro de 2013 um déficit da ordem de US$ 5,9 bilhões.
No mesmo período do ano passado esse déficit era de US$ 5,1 bilhões. Houve um
aumento de 17,1%. Esse resultado advém de uma redução de 4,1% das exportações,
as quais somaram US$ 2,7 bilhões, e de um aumento de 9,6% das importações, que
totalizaram US$ 8,6 bilhões. Vale ressaltar que o valor do déficit acumulado em
12 meses é de US$ 7,7 bilhões.

 

No período o
setor de Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias foi o
principal setor exportador dos municípios atendidos pelo Ciesp Campinas, com
participação de 20,4% do total exportado. Na sequência, o setor de Fabricação
de produtos químicos, com 19,1% de participação no total o setor de Fabricação
de máquinas e equipamentos, com 12,6% de participação, e o setor de Produtos
alimentícios, com 11,1% de participação.

O diretor de comércio Exterior do Ciesp
Campinas, Anselmo Riso, disse que o setor de fabricação de veículos apesar de estar
em alta no período, no mês de setembro apresentou uma ligeira queda. “Em
setembro as exportações desse setor caíram 1,01%, por outro lado, as
importações de veículos subiram 14,7% porque houve a entrada de outros tipos de
veículos não produzidos no Brasil, principalmente veículos produzidos na
Argentina e no México. A nossa avaliação 
é que agora o mercado de veículos que já começou a ter uma certa
saturação em função dos incentivos dados nos últimos meses, do desconto de IPI,
etc. Então tá entrando agora mais dentro de uma realidade e mesmo também em
função do próprio endividamento da população e todo mundo que já comprou o seu
carrinho em função dos problemas não está conseguindo honrar com seus carnês de
financiamento”, explica.

A taxa de variação das exportações no
acumulado no ano apresenta queda dos principais setores, em relação ao mesmo
período do ano passado. O setor de Fabricação de veículos automotores, reboques
e carrocerias teve suas exportações reduzidas em 10,3%; o setor de Fabricação
de produtos químicos de 0,8%, a Fabricação de produtos alimentícios de -12,5%
e, o de Fabricação de celulose, papel e produtos de papel, de 10,5%. As
exceções foram o setor de Fabricação de máquinas e equipamentos e a Fabricação
de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, que aumentaram
suas exportações em 1,3% e 20,5%, respectivamente.

No tocante à variação mensal das exportações,
os setores de Fabricação de celulose, papel e produtos de papel apresentaram  um aumento nas exportações de 20,2% e o setor
de Fabricação de produtos alimentícios, de 30,1%. Os demais principais setores
apresentaram variação negativa: o setor de Fabricação de veículos automotores,
reboques e carrocerias teve queda de 16,3%, o setor de Fabricação de produtos
químicos de 10,9%, o setor de Fabricação de máquinas e equipamentos mostrou
diminuição nas exportações mensais de 4,3%.

A variação
mensal apresentou comportamento semelhante ao do acumulado no ano, no caso das
importações por setores industriais. O setor de Fabricação de equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos teve queda de 12,1%. Por outro
lado, o setor de Fabricação de produtos químicos aumentou suas importações em
22,0%, o setor de Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias,
em 79,9%; o setor de máquinas e equipamentos, em 2,6%; e o de Fabricação de
máquinas, aparelhos e materiais elétricos, em 24,3%.

O saldo da
balança comercial por setores industriais no acumulado no ano apresenta apenas
três setores superavitários: setor de Fabricação de produtos alimentícios,
setor de Fabricação de celulose, papel e produtos de papel e o setor de
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis.
Somados, esses setores totalizam superávit de US$ 436,7 milhões.

O valor acumulado
no ano de 2013 até o mês de setembro apresentou como principais importadores os
setores de Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e
ópticos, o de Fabricação de produtos químicos e o de Fabricação de veículos
automotores, reboques e carrocerias, cujas participações foram de 29,7%, 26,4%
e 10,8%, respectivamente.

Anselmo Riso
acredita que a volta do dólar para um patamar não tão favorável pode ampliar o
déficit da balança comercial regional. “Nós fechamos o mês de setembro com um
déficit de US$ 700 milhões na balança comercial da região, ou seja, exportamos
US$ 300 milhões e importamos US$ 1,1 bilhão. A tendência, nós estimamos que
ainda vamos ter mais de US$ 1,5 bilhão a US$ 2 bilhões de déficit porque
entendemos que agora em outubro e novembro em função da volta do dólar para um
patamar não tão favorável haverá a entrada de vários produtos que estão no
mercado no mês de novembro nas festas natalinas, que ainda não foram
computados, então na região  que tem aqui
o aeroporto de Viracopos, muitos produtos alimentícios vão estar entrando pelo
aeroporto e eu diria até o segmento têxtil  poderá estar entrando com muitos produtos para
serem colocados no mercado no final do ano e isso vai fazer com que a tendência
da balança comercial feche realmente o ano com mais US$ 1 milhão ou US$ 1,5 milhão
negativo”, diz.

A Argentina
continua o principal destino das exportações dos municípios selecionados na
região de Campinas no acumulado do ano até setembro, representando 22,8% do
total, uma vez que as exportações para esse país cresceram 9,5% em relação ao
mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as exportações para os EUA –
14,4% do total – e para o México – 6,5% do total – caíram 8,4% e 11,5%,
respectivamente, em relação ao mesmo período de 2012.

As exportações
para a França têm seguido a tendência de crescimento em relação a 2012. Em
setembro de 2013, as exportações para esse país cresceram 63,3% no acumulado do
ano.

Foto: Diretor de Comércio  Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso.

Crédito: Ronco & Graça Comunicações 

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