BRASIL CONQUISTA PRIMEIRO REGISTRO DE BIOFERTILIZANTE

A Microquimica, empresa brasileira que atua na produção e comercialização de fertilizantes, inoculantes e reguladores de crescimento, controlada pelo grupo Agroinvest Kayatani S.A. e com sede em Campinas é a primeira no Brasil a conquistar o registro de biofertilizante com o Vorax®, produto com ação bioestimulante produzido a partir de um processo de fabricação envolvendo fermentação biológica.

O Vorax® é um produto diferente, desde sua forma de obtenção, por meio de fermentação biológica do melaço de cana. Além disso, sua dose é bastante reduzida e seus efeitos nas plantas diferentes dos fertilizantes, que se baseiam nas quantidades necessárias de nutrientes. Enquanto que o biofertilizante estimula o metabolismo das plantas e reduz perdas de produtividade.

O diretor técnico da empresa, Roberto Berwanger Batista, revela que o registro não é um marco apenas para a Microquimica. “É também para a agricultura brasileira e para o setor de fertilizantes, pois abre oficialmente uma nova classe de produtos regulamentados para uso no país, que auxiliam as plantas a expressarem seu potencial produtivo e adicionalmente ajudam a tornar a agricultura mais sustentável”, afirma.

Ele diz que o processo levou mais de cinco anos para ser concluído, com muitas pesquisas em várias culturas e alto investimento.  “Temos ensaios agronômicos que posicionaram o Vorax® em 10 cultivos agrícolas diferentes, que atestam sua eficiência, trazendo grande segurança ao agricultor e ótimos retornos financeiros”, explica.

O termo biofertilizante e sua definição aparecem na Lei dos Fertilizantes de 1980, que trata da fiscalização e comércio destes produtos. Originalmente era apresentada a classe de “estimulantes ou biofertilizantes”, que era definido como “produto que contenha princípio ativo apto a melhorar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento das plantas”.

Em 2004 foi apresentada a definição dos Biofertilizantes, como produtos que contêm princípio ativo ou agente orgânico, isento de substâncias agrotóxicas, capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade, sem ter em conta o seu valor hormonal ou estimulante. Quando o termo foi separado de “estimulantes” ou “estimuladores”, que foram enquadrados apenas na Lei de Agroquímicos.

Com a conquista, a Microquimica pode comunicar de forma clara os ingredientes ativos do produto, sendo o principal um aminoácido chamado ácido L-glutâmico, e os efeitos do formulado no metabolismo vegetal. “Esses efeitos são bastante diferentes dos nutricionais e são observados com doses muito baixas de aplicação. As doses variam de 30 a 100 ml por hectare e ativam três metabolismos nas plantas, do nitrogênio, do carbono e o oxidativo, gerando maior crescimento e produtividade”, conta Batista, que afirma que este é o grande diferencial do produto, que motivou a busca do enquadramento na classe adequada. “E essa classe é a de Biofertilizantes, não a de Fertilizantes”, finaliza.

Com investimentos focados em pesquisa e desenvolvimento, a Microquimica oferece ao mercado produtos como fertilizantes foliares e para tratamento de sementes, inoculantes, aditivos, adjuvantes e reguladores do crescimento vegetal. A empresa também disponibiliza um aplicativo gratuito de interpretação de análise de folhas, o CheckFolha® Mobile, que fornece um diagnóstico completo sobre a nutrição da planta e recomendações aos agricultores de ações corretivas. Já disponível para as culturas de soja e café.

 

Foto 1 – Processo Vorax®.

Foto 2 – Vista aérea da fábrica da Microquimica.

Crédito: Divulgação.

 

 

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