BRASIL ENCERRA PARTICIPAÇÃO NA FEIRA DE ANUGA NA ALEMANHA COM US$ 1,1 BILHÃO EM NEGÓCIOS

A
participação brasileira na maior feira de alimentos e bebidas do mundo, Anuga
2013, realizada de 5 a 9 de outubro em Colônia, na Alemanha, resultou em
negócios da ordem de US$  1,1 bilhão entre os imediatos e os esperados
para os próximos doze meses. As 73 empresas participantes da ação tiveram 8.900
reuniões com compradores e distribuidores de diversos países, principalmente da
Europa, Oriente Médio e Ásia. Pelo menos a metade, foram novos contatos. “A
feira Anuga é um termômetro do mercado mundial de alimentos e bebidas, e este
resultado mostra não apenas que o mercado mundial está se recuperando, mas
também que as empresas brasileiras estão mais competitivas e respondendo bem às
demandas dos consumidores com inovação, tecnologia e investimento no
posicionamento de seus produtos”, disse o presidente da Apex-Brasil,
Mauricio Borges.

O Brasil
marcou presença na feira com diversos produtos, incluindo biscoitos, balas e
chocolates, carnes bovina, suína e de frango, sucos de frutas, castanhas,
bebidas como cachaça, vinho e energéticos, entre outros distribuídos por 1.500
m². Além dos estandes individuais, os exportadores brasileiros receberam
convidados em três espaços de relacionamento – uma churrascaria, uma galeteria
e o Brazilian Boteco. Nesses locais, foi realizada a degustação de produtos
brasileiros, uma programação cultural e mini-palestras sobre os setores de
carne bovina, carne de frango, biscoitos e cachaça.

O setor
de frango participou com 16 empresas em uma área de 400 m², onde funcionou
também a galeteria Brazilian Chicken. A União Brasileira de Agricultura
(UBABEF) lançou na feira o novo vídeo da campanha internacional da carne de
frango brasileira, que exalta a alegria brasileira como um dos valores
percebidos pelo consumidor internacional, além da qualidade, da segurança
sanitária e da sustentabilidade. “A Europa é o segundo maior mercado
comprador da carne de frango brasileira, e as empresas que estão na Anuga 2013
são responsáveis por 90 % dessas exportações. Esta é uma feira marcante para
nós, que recebemos também compradores de outras regiões, como o Oriente Médio,
que compra 1/3 do frango brasileiro”, disse Francisco Turra, presidente da
UBABEF.
O setor
de carne bovina também teve uma participação importante na feira, com o número
recorde de 15 empresas. “Nossas exportações estão crescendo e, sendo a
Europa um mercado importante para a carne bovina brasileira, a presença das
empresas sob a marca Brazilian Beef é um reforço indispensável para que o
mercado responda bem às nossas iniciativas”, comentou o diretor da Associação
Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Fernando Sampaio.
“A Europa já foi o maior mercado  importador de carne brasileira e
hoje ocupa o terceiro posto no ranking de compradores dos nossos produtos. Com
a conquista de eficientes sistemas de controle sanitário, monitoramento e
rastreabilidade animal, esperamos ampliar nossa participação nesta
região”, complementa o presidente da ABIEC, Antônio Jorge
Camardelli. 

Mesmo não
exportando para a Europa, o setor de carne suína esteve na feira, com três
empresas que fizeram contato com compradores de outros países visitantes. A
Dalia recebeu cerca de 100 visitantes, sendo 60 novos contatos. A Alibem se
reuniu com 70 compradores e distribuidores e a Cotrijui fez 80 reuniões de
negócios, “todas importantes”, segundo o representante da empresa,
Alessandro Mayer.

Já o
setor de balas e confeitos participou com cinco empresas que apresentaram cerca
de 30 novos produtos. “Estar em feiras como essa estimula as empresas a
inovarem e serem mais competitivas. As vendas externas dessas exportadoras
crescem em média 5% depois da participação em  uma feira como a 
Anuga”, disse Solange Isidoro, vice-presidente da Associação Brasileira da
Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB). A
entidade também anunciou durante a feira, que o Brasil será o país parceiro da
feira ISM, a ser realizada na Alemanha em janeiro de 2014. “Esta é a maior
feira mundial do setor de balas e confeitos, e o Brasil estará em evidência, o
que abre importantes oportunidades de negócios para nossas empresas”,
comenta Solange.

Cinco
empresas representaram o segmento de biscoitos, com alguns lançamentos como
produtos integrais, novos sabores e novidades em embagalens. Para Fernando
Maruyama, gerente da Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (ANIB), a
participação nas feiras traz benefícios extras, além do impacto nas exportações
do setor – ” a presença na maior feira de alimentos do mundo ajuda a
qualificar a empresa em sua maturidade exportadora e a fortalecer a presença
das marcas no mercado, além da oportunidade de encontro com compradores
altamente selecionados e focados”, disse.

Joao
Paulo Sattamini, diretor da Brasilbev, trouxe pela primeira vez à feira Anuga o
energético Organique, feito com açai, guaraná e erva-mate. “Já exportamos
o produto para os Estados Unidos, Canadá, China e Japão, e agora queremos
entrar no mercado europeu, a partir da Alemanha, que é o maior consumidor de
orgânicos da Europa”, disse o empresário que também fez contatos com
compradores do Oriente Médio, Rússia e Israel.

A Cereser
participou da feira com o objetivo de ampliar presença no mercado árabe, com
uma linha especial de espumantes não alcoólicos. “Fizemos reuniões com
clientes que já temos no mercado e também com novos contatos, que certamente
resultarão em bons negócios”, disse Wagner Cruz, diretor da empresa.

A
Bauducco lançou na Anuga uma linha de displays e embalagens de biscoitos
desenvolvida exclusivamente para o mercado europeu, com produtos já preparados
para a disposição no ponto de venda, diminuindo a necessidade de mão de obra.
“Com essa inovação estamos conseguindo vender para grandes distribuidores,
não somente na Europa, mas também no Oriente Médio e na Ásia, clientes com os
quais só conseguimos começar a negociar depois de desenvolver esse tipo
específico de display“, afirma o diretor Edgar Matos.

Recém
lançada na Alemanha, a linha Brazilian Soul, da vinícola Aurora, foi um dos
destaques do pavilhão brasileiro. “Desenvolvido exclusivamente para o mercado
internacional, o vinho é leve e com teor moderado de álcool, seguindo a
tendência do mercado mundial”, explica a diretora Rosana Pasini.  O
rótulo foi premiado este ano pela Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), na
categoria “competitividade internacional”.  A empresa recebeu 50
importadores na Anuga, com destaque para os vindos da Lituânia, Japão e Rússia.

Um dos
lançamentos da feira foi a bala de frozen iogurte da Dori.  A
empresa esteve pela segunda vez na Anuga  e espera ampliar o volume
exportado para a Europa e para o Oriente Médio.  “As feiras criam a
oportunidade para podermos mostrar o produto, lançar novidades e, principalmente,
fazer contato com novos compradores”, comenta o gerente Carlos Assis.

Novos
produtos tambem foram apresentados ao público pela Maricota, que lançou, na
Anuga, o pão de queijo apimentado, desenvolvido especialmente para o mercado
árabe, e uma versão bem brasileira, chamada Romeu e Julieta, com recheio de
goiabada e requeijão. “Por termos um produto pouco conhecido, uma
especialidade da culinária brasileira, precisamos do ambiente da feira para
colocar o comprador em contato com essa novidade e degustá-la”, disse o
diretor de exportação Julio Ribeiro. A empresa já exporta pão de queijo para
oito países do Oriente Médio, África, Europa e Estados Unidos, e fez contatos
com novos compradores da Inglaterra, França e Alemanha. “A
feira nos permite reforçar a presença da marca e, ainda, acompanhar as
inovações e tendências do mercado europeu em termos de embalagem, por
exemplo”, comenta Evandro Weber, presidente da cachaçaria gaúcha Weber
Haus. Produtora de cachaça orgânica certificada, a empresa fez quase 50
contatos durante a feira, “oito com grandes possibilidades de resultarem
em negócios, inclusive para novos mercados como Israel e Turquia”,
completa.

A cachaça
também foi destaque, degustada em forma de caipirinha, no espaço de
relacionamento do pavilhão brasileiro. O produto foi tema de uma das
mini-palestras realizadas no Boteco. “A cachaça representa a história e a
cultura brasileiras e tem obtido reconhecimento no mercado internacional como
produto tipicamente brasileiro. Hoje, exportamos menos de 1% da produção
nacional, e nosso esforço, juntamente com a Apex-Brasil, é no sentido de
ampliar essa participação”, disse o consultor do Ibrac Jairo Martins.

 

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