CAMPINAS REGISTRA QUEDA NAS VENDAS DO COMÉRCIO

A Associação Comercial e Industrial de Campinas (SP) (ACIC) divulgou que segundo os dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) de dezembro de 2012 demonstram que as vendas do final do ano ficaram abaixo do previsto em Campinas, quando a expansão foi de 6,21%, distante dos 11% esperados pelo comércio. No acumulado do ano, compreendendo janeiro a dezembro de 2012, a expansão ficou em 3,75%. O faturamento de dezembro de 2012 chegou a R$ 1,74 bi, e no acumulado do período ficou em R$ 10,09 bilhões, crescendo 5,04% sobre 2011. Portanto, as vendas no comércio varejista de 2012 ficaram 1,46 ponto percentual abaixo das vendas do comércio varejista de 2011, que foi de 6,50%.

O economista da ACIC, Laerte Martins, disse que o nível de endividamento do consumidor ficou maior devido a um aumento do volume de compras a prazo em decorrência das facilidades de aquisição do crédito. “O ano de 2012 como um todo começou bem, mas a partir de março, aquela percepção da economia que estava em evolução começou a sofrer desaceleração. No final do ano, as pessoas optaram pelo pagamento das dívidas e redução do consumo para poderem em muitos casos reabilitarem o crédito”, avaliou.

O nível de endividamento dos consumidores muito elevado, mais o crescente índice da inflação e o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano foram os fatores que condicionaram os consumidores a adquirirem menos produtos no comércio varejista.

A inadimplência em dezembro apresentou uma forte redução fechando o ano de 2012 com 165.576 carnês vencidos há mais de 30 dias e não pagos, contra os 161.658 de 2011, indicando uma taxa de inadimplência de 2,42%, a mais baixa do ano, onde para cada 100 vendas a prazo, 2,5 não são pagos. O total da inadimplência atinge atualmente cerca de R$ 207 milhões, saldo que reflete o forte impacto do pagamento das dívidas pelo consumidor campineiro. “A perspectiva para 2013 no comércio varejista está atrelada ao crescimento da economia, que projeta uma expansão do PIB entre 3,0 e 3,5%. Dentro desse universo, o comércio pode esperar uma expansão entre 6 e 7%, um pouco acima dos 5% de 2012”, disse.

Os dados de dezembro de 2012 na Região Metropolitana de Campinas (RMC)  demonstram também que as vendas do final de ano ficaram bem abaixo da expectativa, quando o crescimento chegou a 6,15%, distante dos 11% previstos. No acumulado do ano, janeiro a dezembro de 2012, a expansão acabou ficando em 3,72%. O faturamento de dezembro de 2012 chegou a R$ 2,9 bi, e no acumulado ficou em R$ 22,1 bi, expandindo 4,62% sobre 2011. Isto demonstra que o crescimento do comércio varejista na RMC, ficou 1,88 ponto percentual abaixo do comércio varejista de 2011, que foi de 6,5%.

A inadimplência também apresentou uma forte redução, fechando o ano de 2012 com 408.830 carnês vencidos há mais de 30 dias e não pagos, contra os 392.300 de 2011, indicando uma taxa de inadimplência de 4,21%, onde para cada 100 vendas a prazo, 4,2 não são pagos. O total da inadimplência atinge atualmente, cerca de R$ 511,0 milhões, saldo que reflete o forte impacto do pagamento das dívidas pelos consumidores da região.

A perspectiva do comércio varejista na região para 2013 também está atrelada ao crescimento da economia, o que poderia provocar uma expansão entre 6 a 7%, um pouco acima dos 4,62% de 2011, verificado na RMC.

A devolução de cheques sem fundos no período de janeiro a novembro de 2012 mostra que na RMC, em quantidades nominais, houve uma redução 4,37%, mas no índice relacionado ao total de cheques sem fundos sobre o total de cheques compensados (falta de fundos/compensados), houve uma elevação de 0,13 ponto percentual, passando de 1,71 em 2011 para 1,84 em 2012. Para cada 100 cheques emitidos, 1,84 são devolvidos por falta de fundos.

Com relação aos juros, Laerte Martins diz que apesar das taxas de juros de dezembro de 2012 terem apresentado uma elevação média de 1,53% sobre novembro de 2012, elas fecharam o ano em queda livre de (-15,68%) na avaliação com dezembro de 2011.

O efeito da redução da taxa básica, que foi de (-34,09%) em relação a dezembro de 2011, mostra, no entanto, que a queda da taxa na ponta foi de (-15,68%), praticamente a metade.

Os destaques foram as reduções de 9,63% nas taxas de desconto de duplicata, 8,41% no crédito pessoal, 7,82% no cartão de crédito e 3,95% no cheque especial.

A expectativa para 2013 é de uma taxa básica de 7,5% a 8,0% a.a., com as taxas na ponta, mantendo uma certa estabilidade, dependendo do nível da inflação. A Selic se eleva ou diminui frente ao comportamento da inflação. “A taxa de juros vinha decrescendo. Quando chegou em dezembro, os bancos subiram as taxas devido a um aumento na procura das pessoas pela busca de crédito”, explica.

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