CIESP CAMPINAS REGISTRA LIGEIRA MELHORA EM COMÉRCIO EXTERIOR

Os resultados de comércio exterior dos 19 municípios atendidos pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas apresentou um saldo comercial deficitário de US$ 439 milhões em janeiro deste ano, o que significou uma queda de 1,1% em relação a janeiro de 2016 que ficou em US$ 444 milhões. As exportações apresentaram uma expansão de 8,7% passando de US$ 230 milhões em janeiro de 2016 para US$ 250 milhões em janeiro deste ano. As importações avançaram 2,2% passaram de US$ 680 milhões em janeiro do ano passado para US$ 690 milhões no mesmo mês deste ano.5358_Ciesp-Campinas_credito_Roncon&Graça Comunicações

Na pauta exportadora do Ciesp Campinas a categoria de produtos que teve principal destaque no mês de janeiro foi Veículos e suas partes. Houve um aumento de 147,2% passando de US$ 12,3 milhões para US$ 30,5 milhões. O segmento Produtos plástico e derivados foi o segundo grupo de maior exportação no mês de janeiro, totalizando US$ 30,3 milhões, com um crescimento de 94,4% em relação a janeiro de 2016. A terceira categoria  mais exportada em janeiro de 2017 foi a de Máquinas, aparelhos mecânicos e suas partes. Apesar da queda de 12,9% no valor exportado que passou de US$ 29,8 milhões em 2016 para US$ 26 milhões em janeiro deste ano.

Em relação às importações o grupo de maior contribuição entre os produtos importados pelas empresas associadas ao Ciesp Campinas em janeiro deste ano foi o segmento de Máquinas e aparelhos eletro eletrônicos com um crescimento de 15,1% movimentando US$ 277,6 milhões. No mesmo período de 2016 movimentou US$ 241,1 milhões.

A segunda categoria de produtos mais importados pela região em janeiro de 2017 foi Máquinas, aparelhos mecânicos e suas partes. Com relação a janeiro de 2016 houve um avanço de  9,5% passando de US$ 91,1 milhões para US$ 99,7 milhões.

A categoria Produtos químicos aparece na terceira posição. As importações desse segmento atingiram US$ 55,5 milhões em janeiro deste ano. Houve uma queda da ordem de 10,5% quando foram movimentados em janeiro de 2016 US$ 62,3 milhões.

O diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, afirmou que o crescimento das exportações da região no mês de janeiro deste ano a US$ 250 milhões em relação a janeiro de 20126 que foi de US$ 230 milhões é pontual e refere-se a reposição de estoques do setor de autopeças, o que não acontecia desde agosto de 2016. “Ficamos animados, mas não deve ser uma tendência para os próximos meses. A balança regional deve continuar negativa nos próximos meses” finaliza.

O economis5324_Ciesp-Campinas_credito_Roncon&Graça Comunicaçõesta e professor da Facamp (Faculdades de Campinas), José Augusto Ruas, disse que o dólar no patamar em que está oscilando na faixa de R$ 3,10 é um dólar muito barato. “Isso favorece as empresas que compram insumos importados ou que deviam em dólar  e estão num cenário um pouco melhor. Por outro lado o dólar no patamar em que está atrapalha quem exporta e quem produz aqui dentro boa parte de seus insumos, mas de fato a inflação hoje controlada para a região de Campinas, que é uma região predominantemente importadora de insumos é um cenário positivo. O dólar na faixa de R$ 3,10 aperta muito os custos de quem produz especialmente produtos industrializados para exportar que já tem a margem um pouco mais apertada”, explica.

Segundo o economista José Augusto Ruas, o que se discutia no ano passado é de que um dólar na faixa de R$ 3,50 seria um valor razoável. “O importante do câmbio é você manter ele num patamar não muito valorizado e relativamente estável ao longo do tempo. Essa flutuação que a gente está observando, ela na verdade gera um movimento de especulação. Se a gente olhar os dados de comércio exterior de janeiro deste ano, o que a gente observa é um crescimento de importações que não guarda proporção com o que está acontecendo na economia real. A produção não cresceu tanto, mas as importações cresceram porque parte das empresas aproveitou esse momento de dólar barato para recompor seus estoques e aí importaram partes, peças, importaram algumas máquinas para fazer manutenção aproveitando esse câmbio”, conclui.

Foto 1 – diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso.

Foto 2 – Economista e professor da Facamp, José Augusto Ruas

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