CIRURGIA ROBÓTICA MUDA A VIDA DE 250 PACIENTES EM UM ANO EM CAMPINAS

A empresária Rosiane Lepique dos Santos Rissotto comemora a qualidade de vida depois de sofrer por oito anos com seu intestino funcionando somente à base de laxantes; o comerciante Paulo José Bisco de Alvarenga é só contentamento por manter os dois rins mesmo depois de contrair um câncer no órgão direito; a arquiteta Vera Coutinho Manhae festeja a retirada de tumor maligno no endométrio em procedimento sem estresse, sem sangramento e com alta no dia seguinte.

A satisfação dos três e de mais de 250 pacientes deve-se à cirurgia robótica, que há um ano opera no Hospital Vera Cruz. O equipamento possibilita o acesso da população de Campinas e região ao o que há de mais moderno no campo da medicina. Os procedimentos robóticos são considerados menos invasivos e, consequentemente, conferem menos dor, traumas, sangramento e possibilitam altas precoces aos pacientes, comparados às cirurgias convencionais.

Conhecer essa lista de benefícios fez toda a diferença para Vera. Nos últimos dois anos, a arquiteta passou por duas cirurgias traumatizantes, na cabeça e na mama, o que a deixou tensa e apreensiva. A notícia de que precisava passar por outro procedimento a desgastou ainda mais, por isso recorreu ao robô. “Foi tudo excelente, não tive o menor problema e saí do hospital no dia seguinte. Fiquei muito satisfeita”, conta.

Para Paulo José, o importante era não perder o rim direito. O paciente pensava: ‘vai que um dia ele venha a fazer falta?’. Com a exatidão atingida pelas manobras do robô, foi possível extrair o nódulo e preservar 2/3 do rim, alternativa inexistente numa operação comum, pela qual o órgão é extirpado totalmente. “Praticamente continuo com os dois rins, foi o que o médico me disse”, explicou, todo animado.

A rotina simples de ir ao banheiro todos os dias, algo imperceptível para a maioria das pessoas, é hoje a sensação mais valorosa para Rosiane. A empresária chegava a ficar 15 dias com o intestino preso e mesmo assim, só regulava com purgante. Por quase uma década, ela se consultou com dezenas de especialistas, que se negavam a operá-la pelo alto risco de infecção que o procedimento envolvia. Até que a paciente foi informada sobre a cirurgia robótica, que mudou a sua vida. “É uma bênção! Uma ciência extraordinária, um procedimento futurístico que pode ser feito no presente”, descreve.

Vanguardismo

Primeira instituição privada fora das grandes capitais a realizar cirurgia robótica, o Hospital Vera Cruz utiliza o robô Da Vinci, importado dos Estados Unidos, para procedimentos nas especialidades de urologia, ginecologia, coloproctologia, gastroenterologia, cirurgia geral e cirurgia torácica. A iniciativa tem atraído pacientes não só de Campinas e região, mas também de outras partes do País, como Bahia, Amazonas e Goiás.

A maior demanda foi registrada na urologia: 64% destinado às técnicas para extração de câncer de próstata, de câncer de rim, entre outros tipos. A cirurgia pancreática, a de câncer colo retal, correção de hérnia, do refluxo gastroesofágico, dominadas pelo cirurgião geral, também ocorreram em grande número, totalizando 30,8% do total para a especialidade. O restante, 5,2%, foram de cirurgias ginecológicas, como histerectomia, endometriose e retirada de tumor.

O urologista Sandro Faria, um dos três especialistas que mais operam com sistema robótico no País, afirma que a técnica é conhecida mundialmente na abordagem e preservação dos nervos responsáveis pela ereção. “A precisão confere resultados superiores no controle do câncer e da prevenção da continência urinária e da função sexual”, explica.

Em 75 anos de existência, o Hospital Vera Cruz é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. O Vera Cruz dispõe de 167 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos) e UTIs e maternidade. A Instituição conta também com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Câmara Hiperbárica Monoplace, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e Raio X), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde.

Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz tendo 65% das ações. Os outros 35% se mantém com 115 médicos acionistas. Em dois anos, a aliança registra importante avanço na prestação de serviços gerado por investimentos em inovação e tecnologia. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital, totalizando 17 mil m2 de áreas construídas a mais.

Desde maio, o Hospital Vera Cruz passou a gerir a Casa de Saúde, também em Campinas, viabilizando a continuidade da prestação de serviços na centenária instituição. Desde então, ações de melhorias tem sido feitas no hospital, desde recuperação do patrimônio histórico até adaptações dos quartos e consultórios e atualização dos equipamentos.

Há 30 anos o Vera Cruz inaugurou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor, quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.

 

Fotos 1 a 3 – Cirurgia robótica.

Crédito: Divulgação.

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