COLUNA DA ESPECIALISTA EM RH VIVIANE GONZALEZ

Do Departamento Pessoal para Recursos
Humanos
Viviane Gonzalez
O mercado está aquecido para os profissionais de RH. E não é de hoje.
Afinal, de acordo com uma pesquisa encomendada pela revista Você S.A. e
divulgada no final do ano passado, o executivo de recursos humanos está entre
os três mais procurados. E ele também é um dos mais difíceis de achar.
Não é à toa que os salários estão cada vez mais altos, resultado deste
desequilíbrio entre oferta e demanda. Ainda a mesma pesquisa demonstrou que a
remuneração do RH em geral mais do que dobrou nos últimos dois anos e, que de
2012 para 2013, o salário para a função de diretor da área cresceu 18%.
O cenário é reflexo das mudanças ocorridas no setor, que transformaram o
antigo departamento pessoal (DP), em um setor com status de diretoria, mais
moderno, dinâmico e proativo: o Recursos Humanos (RH). E se antes a rotina se
resumia em um processo meramente operacional, onde a atividade diária era
baseada na contratação do funcionário, preenchimento de fichas, folha de
pagamento e outras, agora a ordem é atuar como um gestor de negócios.
A burocracia ficou para trás. Hoje os profissionais da área são peça
fundamental dentro do planejamento estratégico, gerenciando o capital humano
que, enfim, é visto como um dos principais patrimônios das organizações.
Esta nova realidade mais acentuada nos últimos 10 anos no Brasil e 5 na
RMC (Região Metropolitana de Campinas) é fruto de mudanças ocorridas no mundo
corporativo como os avanços da tecnologia, apagão de talentos, além da chegada
e instalação de multinacionais no interior.
A conjuntura, em contínuo movimento e agente de transformação do
cenário, forçou as companhias a agirem rapidamente para se adaptar ao contexto.
Assim, o departamento pessoal teve que começar a mostrar mais a sua cara, oferecer
ferramentas estratégicas e buscar as soluções de situações que passavam,
obrigatoriamente, pelas suas mãos.
Como atrair e reter os talentos que estavam cada vez mais escassos, como
manter o quadro motivado para evitar demissões, buscar pessoas bilíngues para
negociar com as matrizes ou filiais estrangeiras, incluir profissionais de
outras formações para complementar as necessidades do setor e daí por diante.
Hoje, procura-se profissionais de RH desesperadamente. E por quê? Porque
o mercado criou expectativas altas. Eles têm funções de diretores ou
vice-presidentes, precisam falar fluentemente inglês e se possível um terceiro
idioma, além do português. São pensadores estratégicos que podem ser formados
em qualquer outra faculdade além de Psicologia, como era antigamente, mas que
possuem especialização, pós, MBA e experiência em liderança.
O mercado está agitado e com razão. Pois esse novo profissional de
recursos humanos também tem que ir além da teoria, ele precisa demonstrar
resultados e quando isso não ocorre, a empresa sai em busca de outro executivo.
É o que se percebe claramente neste início de ano.
Afinal, o RH agora é o rei do pedaço. Ele implanta projetos e mensura
resultados. É responsável pelo recrutamento e seleção de profissionais e mais:
se responsabiliza pela retenção do quadro, pois sabe quanto é caro perder um
talento. Ele fala bem. Em português e inglês e mais: sabe se comunicar em
qualquer ambiente e nível hierárquico, pois vive administrando situações,
conflitos e impasses.
Ainda depende dele o clima organizacional. Sim. A organização deve se
preocupar em construir e manter um ambiente e clima de trabalho propício ao bem
estar, motivação e satisfação de todos os colaboradores. A tarefa cabe ao RH e
nem sempre é fácil, mas esse super profissional tem que estar a postos para
criar ações, para não afetar a rentabilidade do negócio.
Pois é, por isso está tão difícil encontrar um profissional de recursos
humanos no mercado e por isso mesmo são tão valorizados. Penso que a preparação
como formação, especialização e domínio de outro idioma ainda seja a parte mais
fácil. Hoje há diversos programas de treinamentos, escolas, Universidades,
cursos e outros. As competências como boa comunicação, comprometimento, poder
de negociação e experiência é que são mais difíceis por serem características
inerentes de cada um. O bom é que sempre há tempo para aprender, aperfeiçoar ou
mudar! Vamos em frente.

Viviane Gonzalez é consultora de RH
com ampla experiência em Executive Search para todos os segmentos da indústria.
É graduada em Administração de Empresas pela PUC-RS e tem MBA em Marketing pela
FGV-RS. Tem Inglês fluente e vivência internacional.

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