COLUNA DA TANTAS COMUNICAÇÃO COM LUIZ FERNANDO BOTTAN

O valor do
profissional jornalista

Luiz Fernando Bottan

Acompanhamos em jornais, revistas e
reportagens especiais de televisão, que o Oriente Médio é a extensão de terra
mais instável do Planeta, e que a violência entre povos divide espaço com a
opressão de ditaduras políticas e religiosas. A guerra Israel x Palestina,
aflorada nos últimos dias, representa todo esse caos e me faz lembrar o 4º e
último ano da faculdade de jornalismo, quando comprei o livro “Dias de Inferno
na Síria”, de Klester Cavalcanti, autor que viajou ao país, conviveu com a
guerra civil e foi torturado.

A intenção do jornalista era produzir
uma reportagem especial para a Revista Istoé, na qual trabalhava em 2012.
Porém, a rigorosidade da ditadura de Bashar Hafez AL-Assad, e as medidas
violentas de censura levaram o jornalista para um roteiro completamente
diferente do que pretendia, quando conviveu com as ameaças violentas, prisão do
exército e o medo de morrer.

Klester é o protagonista da história,
narrada em 1ª pessoa e repleta de diálogos entre ele e os personagens reais. Um
fato tragicamente cômico que chamou minha atenção foi a passagem do autor por
Holms (cidade Síria). Com diversos fuzis apontados para a sua cabeça, Klester
foi classificado como Sahafi brasili (jornalista brasileiro), e começou a ser
indagado sobre futebol, quem é melhor entre Barcelona x Real Madri, Cristiano
Ronaldo x Messi, Pelé x Maradona, etc.

Claro, são países diferentes passando
por situações diferentes, e a intenção não é identificar quem é certo ou errado
nessas constantes disputas políticas, geográficas, religiosas, muito menos
fazer propaganda do livro. Klester foi apenas um dos exemplos de repórteres
correspondentes, que cobrem diariamente o caos instalado na região e que trazem
as notícias para o mundo. Quero exaltar sim a profissão de jornalista, que sempre
“está lá”, que enfrenta, no bom sentido, autoridades, líderes nacionais,
guerrilheiros, terroristas, e até outros jornalistas, que não se intimida com
olhares atravessados, dedo na cara, bombardeios, balas perdidas ou ameaças de
morte. 

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pelos jornalistas Juliana Freitas e Alberto Augusto e elabora estratégias de
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Luiz Fernando Bottan é graduado em jornalismo
pela PUC-Campinas, trabalhou na assessoria de imprensa do Consórcio PCJ e hoje
é assessor da TANTAS Comunicação.