Panorama de Negócios
A profissionalização das empresas, muitas vezes, tem como motivos incentivadores a concorrência e o estágio de desenvolvimento que o empreendimento alcançou no mercado.
Para contornar essa situação com ações similares entre os estágios, a proposta inicial para a profissionalização da empresa começa por focar na capacitação de colaboradores familiares e passa necessariamente pela criação de regras e pré-qualificações, para que estes atuem de forma profissional na corporação. Essa é uma ação importante para aqueles que já atuam na empresa identifiquem a preocupação em alocar profissionais com conhecimento técnico. Já para aqueles que estão chegando a importância da ação demonstra que haverá cobranças com relação a formação ou aptidão exigida e a ser demonstrada.
A iniciativa de trazermos aos quadros funcionais familiares capacitados indica, também, o grau de profissionalismo em termos de perfil de colaboradores que pretendemos dar ao negócio.
Profissionais capacitados, com funções definidas, com objetivos e metas pré acordadas e principalmente com contrapartida salarial aceita entre as partes, são alicerces para o bom desempenho da empresa. Atualmente essa situação – profissionalização – tem apresentado um grau de avaliação com novas variáveis. Essas variantes têm relação direta com a condição econômica de muitas empresas no cenário em que a nossa economia se apresenta. Em outras palavras, no momento atual, muitos negócios necessitam de parceria para sobrevivência; que pode ter escopo somente operacional e comercial, ou mesmo financeiro através, até, de um aporte societário de capital.
Este momento motiva planejamentos econômicos e societários que poderão resultar em cisões, fusões ou incorporações. Base para concretizar essas operações são os controles, registros, sistemas gerenciais e sistemas societários utilizados para os registros dos fatos resultantes do dia a dia da empresa. Esse, também, é um item de vital importância na profissionalização da empresa – sistemas de controles. Esses sistemas têm sua implantação e uso relacionados a processos e procedimentos que apresentam vinculação a controles orçamentários, planos de metas e outras ferramentas de suporte ao acompanhamento econômico e financeiro do negócio.
Colaboradores, familiares ou não, alocados nas atividades profissionais devem ter suas competências reconhecidas e definidas para atuação na estrutura empresarial, bem como suas responsabilidades e remunerações devem ter o pleno acordo dos envolvidos na operação. Esse pilar importante da estrutura empreendedora, deve ter a parceria de outros pilares, entre eles, o do controle e do histórico das operações, que é realizado através de sistema de informações – outro pilar -que permita atender os quesitos gerenciais e obrigações fiscais, tributárias e contábeis junto a órgão fiscalizadores relacionados a três esferas de arrecadação (União, Estados e Municípios).
Dessa forma a profissionalização de empresas familiares, no momento econômico atual, não pode estar alinhada somente com regras de admissão ou desenvolver de atividades por familiares, esse é um quesito a considerar. Outros de importância fundamental tem relação a controles, procedimentos, processos, históricos e ferramenta sistêmica que evidencie e comprove essas etapas organizacionais.
A empresa familiar deve estar, sempre, preparada para disponibilizar informações financeiras consistentes voltada a análise do mercado, bem como para captar investimentos mantendo controles gerenciais que os investidores tenham compreensão dos seus dados, e para firmar parcerias que poderão trazer alterações a sua estrutura societária. Os pilares precisam estar alinhados para o sucesso do empreendimento.
Jorge Carlos Bahia, bacharel em administração de empresas, contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, sócio proprietário do Grupo Bahia Associados, com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando na área fiscal, tributária, contábil e controladoria.
