CPqD DESENVOLVE CHIPS PARA SISTEMAS DECOMUNICAÇÃO ÓPTICA

O CPqD,
que tem sede em Campinas, está iniciando dois projetos importantes na área de
microeletrônica que envolvem design de circuitos integrados avançados para as
placas utilizadas na fabricação de equipamentos para sistemas de comunicação
óptica. Estratégicos para a indústria brasileira que atua nesse setor  e que hoje depende de componentes importados,
com poucos fornecedores no mundo, esses projetos representam um passo
fundamental para a autonomia e a competitividade do país na área de sistemas
ópticos. O gerente de Sistemas Ópticos do CPqD, Júlio César de Oliveira, disse
que são projetos de alta complexidade que envolvem tecnologias avançadas, nas
quais não existe capacitação no Brasil. “Com o projeto desses chips, estamos
dando um passo além no desenvolvimento das placas de circuito impresso para
equipamentos ópticos, o que, sem dúvida, dará mais competitividade à indústria
brasileira”, diz.

Um dos
circuitos integrados em desenvolvimento no CPqD utiliza tecnologia de 16
nanômetros e tem cerca de 100 milhões de portas lógicas (gates). Para se ter
uma ideia da precisão um nanômetro é igual a um milésimo de milimetro “É uma
tecnologia avançada e um projeto bastante complexo, porque envolve um grande
número de portas lógicas que são construídas com um transistor muito pequeno”,
explica Eudes Prado Lopes Filho, pesquisador do CPqD especializado em
microeletrônica. “Poucas empresas no mundo detém essa tecnologia”, completa.

O
projeto, que conta com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das
Telecomunicações (Funttel) do Ministério das Comunicações, tem duração prevista
de três anos, devendo ser concluído no final de 2015. O resultado será um
processador de sinais digitais (DSP, na sigla em inglês) para módulos
transceptores ópticos, que realizam a transmissão por fibra óptica, com
tecnologia de modulação coerente.

O outro
projeto, também de três anos de duração, conta com recursos do BNDES e tem como
objetivo o desenvolvimento de um processador OTN (Optical Transport Network)
utilizando tecnologia de 40 nanômetros e com aproximadamente 40 milhões de
portas lógicas. Seu papel é fazer a manipulação e combinação de sinais com
diferentes taxas de transmissão e protocolos distintos, transmitindo-os em
seguida a 100 Gbits por segundo.

Para
desenvolver esses dois projetos, o CPqD está montando uma equipe de
profissionais com experiência na indústria de microeletrônica. A equipe será
composta pot cerca de 40 pessoas. Os circuitos integrados projetados no CPqD
serão produzidos pela TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), uma
das principais fabricantes independentes (foundry) de chips dedicados do mundo.

O CPqD é uma instituição independente, com foco na inovação em
tecnologias da informação e comunicação (TICs). As soluções do CPqD são
utilizadas por empresas e instituições no Brasil e no mercado internacional, em
setores como telecomunicações, energia elétrica, financeiro, industrial,
corporativo e administração pública. Atuando há 36 anos, o CPqD conta com mais
de 1.400 profissionais altamente capacitados, reconhecidos por sua criatividade
e comprometimento com elevados níveis de qualidade. Possui hoje o maior
programa de P&D da América Latina na sua área de atuação e tem como
objetivo contribuir para a competitividade do País e a inclusão digital da
sociedade, levando ao mercado tecnologias de produto, sistemas de missão
crítica, serviços tecnológicos e consultorias que beneficiam grandes e pequenas
empresas, aumentando a eficiência desses negócios e alavancando o
empreendedorismo no Brasil.

Fotos 1 e 2 – Laboratório de óptica do CPqD.
Foto 3 – Eudes Prado Lopes Filho, pesquisador do CPqD

 
 

 
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