DIRETOR DO CIESP CAMPINAS AVALIA MANIFESTAÇÕES COMO UM INSTRUMENTO POSITIVO

O Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo (Ciesp) regional Campinas está vendo de forma positiva e democrática as
manifestações que estão sendo realizadas em todo o país às reivindicações do passe
livre para estudantes, melhoria no transporte público, melhoria e mais recursos
para saúde e educação, entre outras. Para o diretor titular do Ciesp Campinas,
José Nunes Filho, acabou o silêncio e o povo está manifestando a sua
insatisfação.  “Toda manifestação
democrática é válida. Tem que ser respeitada e o povo está se manifestando
contra tudo o que tem acontecido e agora acabou o silêncio”, diz. 

José Nunes afirma, no entanto, que a
manifestação é legítima, democrática e pacífica e não tem nada a ver com os
vândalos que estão se intrometendo promovendo quebra quebra. “Esses vândalos
para eles o problema é polícia, portanto polícia neles”, afirma.

O diretor do Ciesp afirma que o povo está
dando uma demonstração clara de sua insatisfação. “O povo está saturado de ver
que está sendo feito com o dinheiro público. O povo quer participar agora do
que está sendo feito com o dinheiro que é recolhido dos impostos. A questão
ética é fundamental. Hoje nós não temos mais partido políticos. Nós temos um
conglomerado participando de um projeto de poder em busca de privilégios
pessoais e benefícios próprios. O povo está revoltado contra isso. O povo quer
que o governo seja feito para o país e não para a base de governo, não para os
39 ministérios e para os partidos”, comentou.

Na avaliação de José Nunes Filho a população
já descobriu o desvio de dinheiro público, a corrupção e as falhas éticas na
política. “A população já descobriu que faltou investimentos para os estádios
da Copa e o governo saiu rapidinho dentro do prazo e dentro do padrão Fifa, mas
as escolas e os hospitais não tem padrão Fifa e não tem investimento”, afirma.

Com relação ao posicionamento do governo do
Estado de São Paulo de não reajustar o preço dos pedágios para a população e
assumir esse ônus junto às concessionárias de rodovias, José Nunes foi claro
“Ninguém é maluco de dar qualquer aumento agora na situação de revolta que hás
no país. Eu não sou contra pagar pedágio, particularmente não. Eu sou contra
pagar IPVA. Se eu pago pedágio eu não preciso pagar IPVA. O reajuste do pedágio
é contratual. Ele tem que ser pago se não for pago vai ser pago com dinheiro
público”, diz.

O diretor titular do Ciesp Campinas, José
Nunes Filho, defende que as agências reguladoras devem ser independentes.  “Nós temos agências reguladoras que devem ser
independentes para controlar essas concessões e por isso chamam-se agências
reguladoras. Elas não devem ser de partidos. Elas devem ser autônomas e
atravessar as diversas gestões sem mudar o seu conjunto de pessoas que atuam.
Cada vez que muda o governo transfere-se toda a direção das agências
reguladoras para o partido que assume o poder. O pedágio é uma necessidade que
você tem para ter infraestrutura, já que não há investimento do governo em
todos os níveis de infraestrutura, nós precisamos fazer concessões privadas e
as pessoas não vão fazer investimento sem cobrar. Quem tem que ver se o valor é
justo ou não é justo é a agência reguladora”, defende.

Com relação à reforma política, José Nunes
Filho, acredita que ela só vai sair do papel se não for feita pelos políticos
atuais. “Eles não vão querer abrir mão do privilégio deles e sem a reforma
política nós não vamos ter as outras reformas porque eles vão querer manter os privilégios
que eles tem. São políticos representando pequenos grupos e privilégios para
esses grupos não representando a maioria da população”, comentou.

José Nunes Filho destacou também a falta de
gestão do governo federal na condução de projetos importantes, como por exemplo,
o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da mobilidade. “Tem três no país
e não funcionaram até agora e o dinheiro está lá. São R$ 50 bilhões para o PAC
da mobilidade. PAC da mobilidade da Copa, PAC da mobilidade urbana e PAC das
cidades. O dinheiro não foi usado porque falta estão, falta competência, falta
controle para que o Tribunal de Contas da União não bloqueie tudo. O Tribunal
de Contas entra quando há corrupção, quando há desvio de dinheiro. Se o projeto
é bem feito e é competente faz.. Agora não adianta ter dinheiro e não ter
competência”, conclui.

Fotos 1 e 2 – Diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
Crédito – Roncon & Graça Comunicações           

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

SAIBA USAR O TEMPO COMO ALIADO NO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO

ARTIGO DE JOÃO GUILHERME CAENAZZO O planejamento sucessório – que por décadas chegou a ser …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn