EMPREENDEDORISMO JOVEM: INOVAÇÃO E TECNOLOGIA MOVEM EMPRESÁRIOS DA GERAÇÃO Y

Se com 20 e poucos anos costuma ser difícil escolher quais rumos tomar na vida profissional e acadêmica, pode ser ainda mais complicado decidir, nesta fase da vida, investir em um negócio. No entanto, para alguns jovens, a vontade de empreender é tanta que eles apostam todas as cartas em suas próprias empresas.

Dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada no Brasil pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), mostraram que, em 2017, já eram 15,7 milhões de jovens levantando informações para ter um negócio ou que já tinham uma empresa, um aumento de sete pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A pesquisa apontou que 20,3% dos jovens de 18 a 24 anos estão envolvidos na criação de novos negócios. Grande parte deles obtendo sucesso com startups e empresas ligadas ao setor tecnológico. É o caso do Rívero Felipe, de 25 anos, e Rodrigo Oliveira, de 37 anos, que desde cedo já sonhavam em empreender.

Com 18 anos, Rodrigo, abriu seu primeiro negócio. A inexperiência e a falta de preparo fizeram com que ele retornasse ao mercado de trabalho poucos meses depois, buscando recolocação. Mas mesmo depois da experiência mal sucedida, o DNA empreendedor norteava todas as ações dele dentro da empresa em que trabalhava, mostrando que o caminho era realmente aquele que enxergou ainda na adolescência. “Eu comecei a fazer cursos do Sebrae pela internet, fiz curso de gestão, cursos de planos de negócios, de marketing, financeiro e administrativo para, só então, voltar a empreender”, conta.

Em 2010, dois anos após a fundação, sua agência de criação que começou com 15m2, já ocupava um escritório de 150m² e o publicitário comandava uma equipe com cerca de 20 profissionais. “Mas vieram os problemas novamente: eu era o principal vendedor, o responsável por gerar negócio. Como gestor, falhava muito. Não consegui selecionar uma boa equipe e, numa determinada fase, ainda tive um e-commerce e uma empresa de reciclagem funcionando ao mesmo tempo. Era muita coisa, porque eu centralizava tudo. Então vendi os negócios, enxuguei a agência e recomecei. Foi aí que conheci a tecnologia”, revela.

Nesta época, Rodrigo conheceu algumas tecnologias diferentes e começou a estudar sobre o assunto, até que percebeu a possibilidade de gerar uma tecnologia de posicionamento on-line. Ao lado do Rívero Felipe, já seu sócio, foi feita a transição de agência para um negócio que envolvia tecnologia, conteúdo e marketing. Nascia então, em 2014, a Blob Web. “Quando montamos a Blob Web nós notamos que quando falávamos sobre esses conceitos [de ranqueamento e SEO], todos já subentendiam saber sobre que era, que já tinham ou que já contavam com outra agência que fazia. Então estudamos a possibilidade de criar uma nomenclatura própria para que as pessoas pudessem ter ao menos a curiosidade de entender o que era essa tecnologia, que era diferente de tudo o que havia no mercado. Foi quando a gente começou a investir realmente no nome TPI – Tecnologia de Posicionamento Inteligente”, explica Rodrigo.

Com isso, o interesse dos clientes começou a surgiu, gerando os primeiros contratos.  “Isso começou a tomar um rumo de crescimento e as empresas passaram a compreender que não somos uma agência e sim uma empresa de tecnologia”, reitera o empreendedor. A TPI, diferente de ferramentas de marketing digital de ranqueamento, é uma tecnologia própria que posiciona os clientes na primeira página do Google ou outros sites de busca através da busca orgânica. A empresa garante resultados em até 60 dias, com técnicas que atendem a todos os parâmetros dos sites de busca, incluindo códigos e conteúdo.

E o crescimento é alto: em 2015, quando abriram o negócio, contavam com três clientes, hoje, são mais de 100. Apenas de 2017 para 2018 o crescimento foi de 120%. Também cresceu o número de funcionários: de 4 funcionários em 2016 para 14 em 2018 – com metas de mais vagas em aberto nos próximos anos. “Nosso grande desafio foi ter uma equipe pequena e competente para manter todos os processos internos mais rápidos e garantindo um contato mais próximo com o cliente. Como todas as empresas, tivemos altos e baixos, mas com o tempo aprendemos a aprimorar nosso trabalho, pois sempre surgem novas tecnologias e quem estagna acaba não alcançando um desenvolvimento contínuo”, conta Rívero. “A experiência anterior do Rodrigo em outros negócios e o meu conhecimento em tecnologia, somados, garantiram uma empresa sólida e com crescimento sustentável”, completa.

Dentre os clientes dos jovens empreendedores estão desde pequenas empresas locais de Jundiaí, cidade sede da Blob Web, até empresas reconhecidas nacionalmente em seus setores de atuação. “Nós não temos um negócio focado para o pequeno ou para o médio ou para o grande e multinacional, nós temos um negócio focado para quem quer ter resultados”, afirma Rodrigo.

Investimento ao longo dos anos

Desde a sua abertura, a Blob Web se preocupou em investir em capital humano, dando extrema importância à formação dos profissionais colaboradores, com cursos e treinamentos inseridos no dia a dia dos funcionários.

A empresa também participou de mais 100 eventos entre feiras, cafés de negócios, palestras e encontros do segmento de tecnologia, em São Paulo e no Sul do país, gerando networking e agregando conhecimento profissional. Neste ano, o investimento foi em ferramentas de automatização de vendas e atração de clientes. E, desde a sua abertura, a comunicação externa e interna também foram prioridades. “Nós temos planos de, em no máximo em quatro anos, nos tornarmos a maior empresa de tecnologia para ranqueamento no Google do Brasil. Nós queremos trabalhar isso”, afirma Rodrigo Oliveira. “Temos um plano de crescimento já desenhado e em fase de estruturação, o que vai nos possibilitar alcançar a meta de se tornar uma das maiores empresas de tecnologia em posicionamento inteligente do país’”, finaliza o empreendedor.

 

Foto: Sócios da Blog Web – jovens empreendedores.

Crédito: Divulgação.

 

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