EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA VÃO ENFRENTAR OBSTÁCULOS EM 2014

De acordo
com relatório da Fitch Ratings, as empresas da América Latina enfrentarão
desafios em 2014. “Em 2013, os rebaixamentos de ratings superaram as elevações,
o que se refletiu em 24 emissores com Perspectiva Negativa, frente a apenas
sete com Perspectiva Positiva”, explica Joe Bormann, diretor-executivo da
agência. “Das companhias que apresentam Perspectiva Negativa, nove são da
Argentina, que continua enfrentando altos índices de inflação, interferência do
governo, incertezas na economia e acesso limitado aos mercados de dívida”,
completa o analista.

As
empresas brasileiras, por sua vez, permanecem pressionadas. Segundo Bormann, a
Fitch está pessimista sobre a capacidade de as companhias brasileiras fortalecerem
significativamente seus perfis de crédito em 2014, devido ao enfraquecimento
das condições macroeconômicas. As principais preocupações incluem a redução do
crescimento do crédito, cautela por parte do consumidor e os reduzidos níveis
de utilização de capacidade instalada em determinados setores. Por outro lado,
o risco de inadimplência varia de moderado a baixo, devido às fortes posições
de liquidez e à ausência de instrumentos derivativos tóxicos.

No Chile,
o risco de aquisições é elevado, pois as empresas deste país continuam
financiando as aquisições internacionais com dívida. As mudanças no governo,
com as eleições presidenciais, deverão resultar no aumento dos impostos. Os
custos de energia no Chile estão entre os mais altos da região, o que tem
prejudicado a competitividade das companhias.

As
empresas da Colômbia, por sua vez, apresentam Perspectiva Estável a
ligeiramente Positiva a curto prazo. A maioria delas tem baixa alavancagem e se
beneficiará do crescimento econômico de 4,4% em 2013, segundo as estimativas.
Os principais riscos referem-se às agressivas estratégias de crescimento, que
resultarão em fluxos de caixa livre negativos. O acesso aos bancos e aos
mercados de capitais locais resultou em fortes estruturas de capital, com
baixos riscos de liquidez.

No
México, as perspectivas para as empresas em 2014 são ligeiramente positivas. A
estimativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 3,5%,
devido à expectativa de fortalecimento da economia dos Estados Unidos,
principal parceiro comercial do México. Os investimentos do governo deverão
apoiar a expansão dos setores de construção e de cimento. O governo aprovou
várias reformas importantes em 2013, mas o impacto de muitas dessas medidas
levará algum tempo para se fazer sentir na economia.

A
Perspectiva para as empresas do Peru é Estável, com o crescimento do PIB se
refletindo em fortes fluxos de caixa operacional para as empresas. O fluxo de
caixa livre será fraco, devido à agressiva atividade de expansão. As empresas
peruanas possuem robustas estruturas de capital.

 
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