EMPRESAS DE FOMENTO MERCANTIL PARTICIPAM DE CONGRESSO EM CAMPINAS

Acontece nesta quinta feira (29/05) em Campinas (SP) o “IV Congresso Regional
dos Empresários de Fomento Mercantil” no Royal Palm Plaza Resort Campinas, que
fica na Avenida Royal Palm Plaza. 277, das 8h45 às 12h30. Na oportunidade serão
discutidas questões referentes à estagnação econômica que afeta as empresas da
Região Metropolitana de Campinas (RMC) com queda de 5,5% nos negócios de
comércio exterior no quadriênio 2009-2013 em relação ao quadriênio 2004-2008,
aliada aos parcos resultados trazidos por uma expectativa superestimada em
relação à Copa do Mundo, o “sinal amarelo” acendeu de vez entre os empresários
locais.
O evento promovido pelo Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil –
Factoring do Estado de São Paulo (Sinfac-SP) pretende discutir a dificuldade
enfrentada pelas pequenas empresas no que se refere à obtenção de crédito para
investimentos em seus negócios. O presidente da entidade, Hamilton de Brito
Junior, acredita que o encontro vai ser extremamente positivo. “O que a gente
verifica é que as empresas  estão com dificuldades
porque as vezes você pensa será que estou perdendo mercado? O que está
acontecendo com esse cliente? Daí você vai checar e vê que o cliente é que está
vendendo menos , mesmo porque com o advento da nota fiscal eletrônica e a
sequência dessas notas você consegue até acompanhar e monitorar para ver se o
cliente está sendo fiel a você ou não. Você vê que o cliente está sendo fiel,
só que ele está com um movimento muito mais reduzido que ele tinha”, comenta.
Segundo o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional
Campinas, nos últimos 12 meses foram fechados 4.950 postos de trabalho na RMC,
o que configura o panorama de estagnação econômica. “Com crédito escasso na
praça, é cada vez maior o número de empresas que busca no fomento comercial  recursos para
girar o caixa e adquirir matéria-prima. Nosso setor, que já movimenta em torno
de R$ 130 bilhões por ano, tem se consolidado como um meio eficaz no
desenvolvimento das micro e pequenas empresas”, afirma Hamilton de Brito Junior.
Promovido anualmente pelo Sinfac-SP e com inscrições gratuitas, o encontro receberá
o deputado federal Guilherme Campos (PSD-SP), presidente da Frente Parlamentar
da Micro e Pequena Empresa, que tem apoiado os empreendedores brasileiros,
incluindo o setor de fomento comercial. A atividade é uma modalidade de
operação financeira pela qual uma empresa vende seus direitos creditórios, que
seriam pagos a prazo, por meio de títulos a um terceiro, que os compra à vista,
mas com um desconto.
O parlamentar vai expor aos empresários da região de Campinas a atual
situação em torno do PLP 221/2012, recentemente aprovado na Câmara dos Deputados
e enviado ao Senado. O texto, em seu art. 73-A, proíbe a vedação dos grandes
sacados à negociação de títulos com terceiros. Este problema causa enormes
prejuízos às empresas de fomento comercial.
A propósito do tema abordado pelo deputado Guilherme Campos, o consultor
jurídico do Sinfac-SP, Alexandre Fuchs das Neves, dará aos empresários uma
visão jurídica do tema, ao falar sobre a “Vedação à Negociação de Títulos – PLP
237/2012 e 221/2012”. Já a advogada Camila do Vale Jimene, do escritório Opice
Blum, Bruno, Abrusio e Vainzof Advogados, abordará os “Documentos Digitais na
Operação de Fomento Mercantil”. “O fato de a região de Campinas ser uma das
mais desenvolvidas do Estado de São Paulo tem ajudado a expandir os negócios em
torno do fomento comercial. Tanto, que atualmente 154 das 2.154 empresas
registradas em nossa base, segundo dados de março de 2014, estão presentes em
13 das 19 cidades da Região Metropolitana de Campinas”, comenta o presidente do
Sinfac-SP.
Deste total, Campinas está no topo da lista, com 97 empresas associadas
ao Sindicato, enquanto Valinhos aparece em segundo, com 15, e Americana, em
terceiro, com 12. As demais são Indaiatuba (9), Itatiba (5), Santa Bárbara
d’Oeste (4), Vinhedo (3), Sumaré (2) e Nova Odessa, Hortolândia, Pedreira,
Paulínia e Jaguariúna (1).
Hamilton de Brito Junior disse ainda que o mercado é positivo para as
empresas de Factoring todas as vezes em que existem restrições de crédito por
parte dos bancos para as empresas. “O pessoal sai do banco e procura a gente
porque nós temos mais flexibilidade. O banco não é muito parceiro. Na hora que
tem qualquer restrição, o banco já fecha as portas e a gente está sempre olhando
para aquele que vai pagar a conta, o sacado. Começou a aumentar a inadimplência
com os bancos no capital de giro porque o pessoal está vendendo menos e não
consegue pagar porque está vendendo menos e não consegue pagar. Daí o banco se
retrai esse cliente procura a gente. O nosso negócio não é empréstimo. Nós
trocamos duplicata ou antecipação de matéria prima”, explica.

Hamilton disse ainda que muita gente pensa que a Factoring é cara, mas
explica que isso não é verdade. “Na hora que você vai olhar o pacote que o
banco te oferece e o pacote que a Factoring cobra. A Factoring cobra e é
aquilo. O banco tem a taxa dele, mas depois vem com uma serie de reciprocidades
que ele pede como título de capitalização, seguro e saldo médio. Na hora que
você avalia o pacote no final, o banco às vezes é até mais caro que a gente.  Tem muita Factoring que tem FDIC (Fundo de
Direito de Investimento Creditório). O conceito da Factoring e do FDIC, eles
olham para o sacado. Quem vai pagar a conta. O meu cliente só precisa  Sr sério e honesto. Ele pode até ter
restrições. Só não pode emitir duplicata fria, mas eu olho principalmente para
quem ele está vendendo. Se aquele que ele está vendendo tem crédito para me
pagar. O banco dá um crédito para aquela empresa. Chegou naquele limite, ele
para. No caso da Factoring, ela é um pouco mais flexível e pode ir até o limite
do faturamento”, conclui.
Foto – Presidente do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring do Estado de São Paulo (Sinfac-SP), Hamilton de Brito Junior. 
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