Panorama de Negócios
A Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) prevê que o pagamento
do décimo terceiro salário deve injetar na economia da cidade de Campinas R$
1,82 bilhão, uma alta de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado
quando a bonificação referente às festas de fim de ano paga ao trabalhador foi
de R$1,63 bilhão. Na região Metropolitana de Campinas (RMC) o montante previsto
é de R$ 3,05 bilhões, uma alta de 11,7% quando comparado ao ano passado que foi
de R$ 2,73 bilhões. De acordo com o economista da ACIC, Laerte Martins, o valor
médio do presente deve ficar em R$ 250,00, com uma alta de 11,11% em relação ao
natal do ano passado que foi de R$ 225,00.
Até o fim deste mês, os trabalhadores brasileiros recebem a primeira parcela
do tão aguardado 13º salário. É a hora em que o comércio enfeita as vitrines em
busca de atrair o consumidor com dinheiro no bolso. Porém, de acordo com o
professor do MBA em Gestão Empresarial da IBE-FGV, Paulo Grandi, este dinheiro
pode ser mais bem aplicado se não for gasto por impulso, tanto para pagar
dívidas, quanto para render durante o ano, basta saber planejar. Paulo Grandi,
disse que a região de Campinas vai ter um incremento do 13º um pouco acima da
média nacional. “Isso significa que houve um aumento real de salário e também
um aumento no índice de empregos formais”, diz.
Neste ano, o 13º salário deverá injetar cerca de R$ 139,9 bilhões na
economia brasileira. “A cifra, que corresponde a 3,3% do Produto Interno Bruto
(PIB) nacional, é referente a um contingente de 92 milhões de pessoas
trabalhadoras do mercado formal. O valor deve ser 7,9% maior do que em 2011 e
impulsionar vendas de fim de ano”, informa o professor do MBA em Gestão
Empresarial da IBE-FGV, Paulo Grandi.
Ainda segundo o professor, do total de R$ 139,9 bilhões, 22,5%, ou o
equivalente a R$ 31,4 bi serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$108
bilhões (77,5% do total) serão recebidos pelos empregados formalizados,
incluindo os domésticos. Na divisão por número de pessoas, 34,3 milhões (37,1%
do total), são aposentados ou pensionistas do INSS. Os empregados formais (58,2
milhões de pessoas) correspondem a 62,9% do total e os empregados domésticos
com carteira assinada somam 1,9 milhões, ou 2,1% do total.
De acordo com Paulo Grandi, a tendência é de que as pessoas utilizem esse
bônus de natal para pagar dívidas em atraso. “Isso deve ocasionar uma redução
da inadimplência. Nós tivemos uma subida durante o ano da inadimplência
considerando atrasos de pagamentos com mais de 90 dias. A maioria da população
tem interesse de estar com o nome limpo e com as contas em dia, então esses
atrasos deixam as pessoas preocupadas”, avalia.
A orientação do especialista é de que as pessoas negociem da melhor forma
possível o pagamento dessa dívida com redução dos juros. Paulo Grandi lembra
que houve uma redução na taxa de juros e que esta deve ser abatida e também ser
considerada nessa negociação.Para quem receber o 13º salário, conseguir quitar
a sua dívida e sobrar esse dinheiro para alguma coisa ou para quem não tem
dívidas e pretende utilizar esse dinheiro para alguma coisa é que fuja dos
juros abusivos e que não compre compulsivamente e negocie bem. “Existem muitas
promoções nessa época do ano, então essa é a postura que as pessoas devem ter de
negociar, de pedir desconto, de procurar promoções, de não pagar os juros
passivamente e de negociar juros. Quando você esta comprando algum produto a
prazo você está comprando o produto em si e mais o financiamento desse produto,
portanto convém negociar os juros”, explica.
Paulo Grandi também orienta para que as pessoas tenham um planejamento
financeiro com relação ao 13º salário lembrando que em janeiro tem a matrícula
dos filhos e material escolar. “Lembre-se dos gastos de início de ano, tais
como, material escolar, IPTU e IPVA. Se tiver planos de viajar no futuro,
reserve uma parte agora. Também pode ser o momento de se aproveitar para
começar ou incrementar sua aplicação em poupança”, orienta.
quem pretende aplicar o 13º salário o economista da ACIC, Laerte Martins, também
recomenda a poupança. “Atualmente, a melhor alternativa é a caderneta de
poupança, mesmo com alterações que aconteceram em sua rentabilidade, que agora
está vinculada à taxa Selic, que tem 70,0% dela, mais a TR, e não mais, os 6,0%
+ TR ao ano, como rentabilidade. Além da facilidade na sua aplicação ela está isenta do Imposto de Renda, até R$
50 mil”, orienta.
Laerte Martins diz que as aplicações na Bolsa de
Valores podem trazer mais rentabilidade, mas o risco é muito grande, exigindo
do aplicador conhecimentos sobre o Mercado de Ações, Fundo de Investimentos,
Fundo de Renda Fixa. “Nesta opção, exige-se uma contratação de uma Corretora de
Valores, que na realidade é quem vai administrar para o investidor, as suas
aplicações”, complementa.
tipos de aplicações. “Temos ainda, um mecanismo para aplicar seus recursos em
Títulos Públicos, no caso, as LTN’s (Letras do Tesouro Nacional), que o
investidor pode fazer diretamente com o Banco, e que tem uma rentabilidade
semelhante às CP (Cadernetas de Poupança), cuja garantia é total, dada pelo
Governo Federal. Diante do exposto, se você não tem conhecimento “bursatil”
(Bolsa de Valores), o aconselhável é aplicar na Caderneta de Poupança, para
investimentos até R$ 50 mil. Para aplicações acima desse valor (R$ 50,0 mil),
você pode optar para aplicações de Renda Fixa (CDB), Renda Variável – Fundo de
Investimentos (CDI), e então na Bolsa de Valores através uma Corretora de
Valores, principalmente se você não tem conhecimento desse mercado”, orienta.
