ESTUDO APONTA MACROTENDÊNCIAS DAS EMBALAGENS ATÉ 2020

As principais macrotendências da indústria da embalagem serão
apresentadas nesta sexta-feira (19), durante o IV Fórum Inovação, Agricultura e
Alimentos, realizado no auditório do Instituto de Tecnologia de Alimentos
(Ital), em Campinas (SP). O evento é promovido pela Associação Nacional de
Defesa Vegetal (Andef) e pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), com
apoio da Organização Mundial das Nações Unidas para Agricultura e Alimento
(FAO).

Denominado “Brasil Pack Trends 2020”, o estudo foi desenvolvido por uma
equipe de pesquisadores do Centro de Tecnologia de Embalagens (CETEA) e da
Plataforma de Inovação Tecnológica do Instituto de Tecnologia de Alimentos
(Ital), com o apoio da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). “Somos
entusiastas do Brasil Pack Trends desde 2005, quando apoiamos o estudo pela
primeira vez”, afirma Auri Marçon, presidente da Abipet. “Muitas das
características apontadas pelo estudo vão ao encontro das características e dos
desenvolvimentos que o nosso setor vem realizando.”

Sob a coordenação da especialista Claire Sarantópoulos, foram
identificadas as macrotendências que deverão nortear a atuação da indústria de
embalagens nos próximos anos: Conveniência e Simplicidade; Estética e
Identidade; Qualidade e Novas Tecnologias; Sustentabilidade e Ética; e
Segurança e Assuntos Regulatórios.

Conveniência e Simplicidade

O consumidor busca o chamado time-saving. “Está cada vez mais
atento às características que trazem praticidade à sua vida, como facilidade de
abertura, possibilidade de refechamento, ou o consumo em trânsito”, afirma
Claire Sarantópoulos. A facilidade de abertura, que já está presente em uma
série de produtos, passa a levar em conta consumidores com necessidades
especiais, como os idosos, por exemplo. De acordo com o estudo, também foi
detectada a preferência por produtos que consigam agregar praticidade ao
preparo e no momento do consumo, minimizando uso de copos, talheres e outros
utensílios, além daqueles que sejam porcionados, com possibilidade de uso em
micro-ondas.

Estética e Identidade

O novo consumidor se caracteriza cada vez mais pela maior consciência,
nível de exigência e busca de informações que auxiliem na decisão de compra. A
demanda tenderá para produtos premium, que são associados ao luxo e ao
hedonismo, ou por itens que remetam à sensação de “fazer parte do grupo”, que
valorizam a qualidade de vida e o bem-estar. O levantamento verificou que há
espaço para edições limitadas e produtos atestados por celebridades, que são
lançados em ocasiões específicas e atraem as pessoas que buscam algo diferenciado.

Qualidade e Novas Tecnologias

As inovações estarão associadas a embalagens ativas e inteligentes, a
novos materiais de menor impacto ambiental e à nanociência e nanotecnologia.
São os absorvedores de oxigênio, controladores de umidade, removedores de
colesterol, os filmes antimicrobianos, antioxidantes, as embalagens self
heating
ou self cooling. Essa tendência passa pelos componentes
eletrônicos menores e mais baratos, que vão favorecer a interatividade, o
entretenimento e personalização, além dos biossensores e nanosensores, que
serão indicadores de tempo, temperatura, frescor, presença de microorganismos
patogênicos e toxinas. O mercado de biopolímeros está crescendo e a nanotecnologia garante
melhoria de propriedades como a barreira a gases, à umidade, à radiação UV,
flexibilidade e resistência térmica. O uso da nanotecnologia também está
relacionado à sustentabilidade, por meio da redução do peso das embalagens
(lightweighting), como vem ocorrendo com as garrafas PET.

Sustentabilidade e Ética

Pode ser resumida por “repensar a embalagem associada ao seu ciclo de
vida”. Nela, destacam-se a otimização do sistema de produto/embalagem (doing
more with less
), o reuso & reciclagem, gerenciamento de resíduos &
logística reversa e credibilidade e ética. Com todas essas propriedades, a
embalagem não pode ser uma fonte de contaminação química, física ou
microbiológica do alimento.

Segurança e Assuntos Regulatórios

Destacam a confiabilidade, legislação e conformidade, que variam entre
os países, apesar dos esforços para harmonização por parte de importadores e
exportadores. A tendência é pelo desenvolvimento de sistemas eficientes que
estimulem a melhoria contínua e transparência dos processos de fabricação da
embalagem, que incluem certificações de sistemas de qualidade (ISO, FSSC, PAS)
e sistemas de gerenciamento de segurança de processo. A rastreabilidade de
materiais de embalagem já é uma exigência de algumas legislações. “Como ela se
torna cada vez mais necessária para a segurança e identificação de origem dos
produtos, oferece oportunidades significativas para os fabricantes, varejistas
e consumidores”, conclui Claire Sarantópoulos, coordenadora do estudo.

 
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