
A Eternit, companhia focada no setor de materiais de construção e líder de mercado no segmento de coberturas, está consolidando uma mudança estratégica que pode redesenhar seu futuro: a aposta firme na construção industrializada por meio de sua linha de sistemas construtivos. A transição representa um novo capítulo para a companhia, que mantém seu tradicional core business, mas mira o médio e longo prazo como provedora de soluções sob medida para a construção civil.
Nos últimos cinco anos, essa linha passou de 2% para 8% da receita da companhia, revelando um avanço sólido e contínuo. E os sinais de tração são evidentes: só no primeiro trimestre deste ano, as vendas desse segmento cresceram 38,8% em relação ao mesmo período de 2024, alcançando 7,2 mil toneladas comercializadas. Com margens superiores às linhas tradicionais, a expectativa é que a linha tenha peso crescente nas receitas futuras. “Não se trata de uma nova frente, e sim da evolução de uma estratégia consistente que vem sendo construída desde 2018. O momento atual é de intensificação de escala, capilaridade e portfólio. A produtividade das obras e o uso racional de recursos já são demandas centrais de nossos clientes”, afirma Rodrigo Inácio, presidente da Eternit.
A estrutura da companhia também tem sido um diferencial na expansão. Com presença em 3.800 municípios brasileiros, a Eternit tem a capacidade de adaptar, a baixo custo, suas fábricas de telhas para atender à demanda por esse tipo de solução, o que representa uma vantagem competitiva relevante. Além disso, a modernização de linhas e equipamentos e a formação de uma diretoria executiva alinhada à nova estratégia reforçam o compromisso da empresa com a inovação e a transformação do setor. “O foco em construção industrializada surge em resposta a transformações estruturais do mercado brasileiro. A escassez de mão de obra qualificada, as exigências crescentes por práticas sustentáveis e a busca por previsibilidade de custos e prazos vêm abrindo espaço para métodos construtivos mais eficientes – um movimento que já é realidade em países como Estados Unidos, Alemanha e Japão”, observa Inácio.
Setores como infraestrutura industrial, habitação popular, educação e saúde já figuram entre os principais consumidores das soluções da Eternit, uma tendência que, segundo a empresa, deve se ampliar rapidamente. “Estamos ganhando tração comercial com soluções que agregam valor ao projeto. Os volumes vêm crescendo de forma consistente e a resposta do mercado reforça que estamos no caminho certo. Queremos ser lembrados no futuro como uma empresa provedora de soluções customizadas para a construção civil”, ressalta o executivo.
Fôlego renovado e eficiência operacional
A nova fase da companhia também é marcada por ganhos importantes de eficiência operacional. Após completar um ano recentemente da saída oficial de seu processo de recuperação judicial, a Eternit inicia um ciclo com fôlego renovado, sob nova diretoria e com diretrizes estratégicas voltadas à geração de valor sustentável.
A empresa tem concentrado esforços em aumentar sua produtividade, otimizar processos e modernizar sua estrutura industrial, com foco na competitividade e na construção de um modelo de negócios mais ágil e resiliente. Esse novo momento reforça o compromisso da companhia com a inovação e solidez financeira. “Nossa prioridade tem sido fortalecer as bases da companhia, com disciplina na gestão, foco em rentabilidade e uma atuação cada vez mais alinhada às melhores práticas de governança. Estamos construindo um novo capítulo com responsabilidade e visão de longo prazo, comprometidos com a criação de valor para todos os nossos stakeholders”, finaliza Carisa Portela, diretora de RI da Eternit.
Fundada há 85 anos, a Eternit, companhia no setor de construção, e líder de mercado no segmento de coberturas, conta com cerca de 1.800 colaboradores e unidades de produção em sete estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás, Bahia, Amazonas e Ceará), além de 15 mil revendedores com presença em todo o território nacional. As ações da companhia são cotadas desde 1948 na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e, desde 2006, fazem parte do Novo Mercado, que agrupa as empresas com mais alto nível de governança corporativa.
Foto: Rodrigo Inácio, presidente da Eternit.
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