FECOMÉRCIOSP QUER MAIS EMPRESAS NA BOLSA

O
“Plano Diretor da Micro e Pequena Empresa: Alternativas para o
desenvolvimento do pequeno negócio”, da FecomercioSP, que deverá ser
levado ao Ministério da Fazenda, tem o objetivo de criar um ambiente mais
favorável para que o segmento atraia investidores e ingresse efetivamente no
mercado de ações. Na semana passada durante reunião do Conselho da Pequena
Empresa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São
Paulo (FecomercioSP), o presidente do Conselho, Paulo Roberto Feldmann, afirmou
a necessidade de ajustar os vários mecanismos envolvidos para que ocorra um
avanço. “Estamos entre as dez principais economias, mas somos a 27ª bolsa
no mundo”. Além de possíveis créditos tributários, ele indica que um dos
caminhos é a criação de bolsas regionais, proposta arrojada e capaz de ajudar
as companhias com faturamento anual abaixo de R$ 400 milhões para a abertura no
mercado de capitais.

Representantes de um grupo de trabalho formado por mais de 35 entidades envolvendo
bancos de investimentos, escritórios de advocacia, auditorias e outros
intermediários, convidados para o encontro, apresentaram propostas que
complementam as intenções da FecomercioSP e ajudam a consolidar o documento.
Antônio Carlos Rocca, diretor geral do Instituto Brasileiro de Mercados e
Capitais (Ibemec), diz que, embora o mercado de ações brasileiro não seja novo,
o ambiente de maior estabilidade macroeconômica é recente, fato que também
coloca o Brasil atrás de países vizinhos. “Se analisar o tamanho do
mercado de capitais em relação ao PIB, Chile, Colômbia e Peru estão mais
avançados e com significativa participação das pequenas empresas, pois
viabilizam emissões menores”, ressalta.

Rocca
pontua ainda que, para avançar nas discussões, é fundamental não ter um olhar
singular sobre o mercado. “Temos a empresa, o investidor, os
intermediários, os órgãos reguladores, os prestadores de serviços, enfim, todos
os componentes precisam estar alinhados.”

Rodolfo Zabisk, diretor-presidente do grupo @titude, reforça que o perfil do
investidor brasileiro está culturalmente voltado para as opções de renda fixa e
mudar essa postura leva tempo. Oferecer programas educacionais às companhias,
que expliquem e até desvendem os caminhos para se entrar na bolsa, também são
alternativas de estímulo. “É trabalhoso fazer a abertura de capital de
MPEs, mas asseguro com um volume de 750 operações, num prazo de cinco anos
haverá uma fila dos melhores intermediários financeiros querendo fazer
operação. Se o Guido Mantega der duas ‘canetadas’, haverá uma onda desenvolvimentista
no País”, destaca.

A
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio
e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do
Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac),
representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de
atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos patronais
que respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando
em torno de cinco milhões de empregos.

 
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