Panorama de Negócios
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), do Sesi-SP, do Senai-SP e do Sebrae-SP, Paulo Skaf, disse que o conceito de indústria 4.0 começa a ser discutido no Estado de São Paulo preparando muitas empresas para a chamada 4ª revolução industrial. 
A Indústria 4.0 abrange várias tecnologias e soluções que se integram na organização da empresa, desde o chão de fábrica ao administrativo, e também na cadeia de fornecimento. Alguns exemplos são big data, digitalização, inteligência artificial, internet das coisas, manufatura aditiva, realidade aumentada, robótica, sensores inteligentes e simulações virtuais. “Nós inauguramos um Senai em São Caetano 4.0. Indo lá vai ter uma linha 4.0 montada. Essa é uma realidade. Hoje o que se destaca nisso tudo é a inteligência artificial. Hoje você tem uma riqueza tão grande de informações e uma capacidade tão grande dos computadores, onde essas máquinas chegam a fazer escolhas, ou seja, tem um raciocínio que permite escolher os melhores caminhos. Isso transforma muita coisa. Apesar de se chamar revolução industrial, a revolução não é na indústria,mas na vida das pessoas”, diz.
Paulo Skaf destaca que a inteligência artificial vai levar a um carro autônomo, ou seja, dirigido por uma máquina ou até mesmo levar uma consulta jurídica ser feita por um computador, que terá tantos dados, que vai ser o melhor advogado para responder sobre algum tema jurídico. “A gente tem que olhar isso e buscar oportunidades. Não adianta nos apavorarmos com o possível desemprego. Vão fechar alguns setores, vão fechar alguns tipos de trabalho, mas vão abrir outras oportunidades e possivelmente melhores”, avalia. “O que nós precisamos é nos adaptar a isso. É nesse sentido que a gente está procurando ajudar as pessoas a se adaptarem a esta nova realidade”, completa.
A escola Senai Armando de Arruda Pereira, em São Caetano do Sul, tem um demonstrador de Manufatura Avançada equipado com robôs, célula de soldagem, sensores, gravadores a laser e centros de usinagens.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse ainda que o Senai vai preparar as pessoas para essa nova realidade tecnológica e consequentemente novas modalidades de empregos e Campinas que é um polo de tecnologia é muito importante nesse processo. “É uma cidade que já está muito atenta a essas transformações. Nos próximos 10 anos, as transformações vão ocorrer numa velocidade tremenda e nós temos que correr atrás disso”, conclui.
Na região de Campinas algumas industrias já estão operando no conceito de indústria 4.0 na automação de seus processos fabris. O conceito de indústria 4.0 surgiu na Alemanha em 2013, envolvendo associações, empresas e a academia. A Alemanha optou pelo modelo clássico, com automação, processos e robotização.
Foto: Presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Crédito: Divulgação.
