GOVERNO INVESTE PARA REDUZIR CUSTOS DE LOGÍSTICA NO PAÍS

O
ministro dos Transportes, Cesar Borges, afirmou nesta segunda feira (28/10),
durante Almoço-Debate promovido pelo
LIDE – Grupo de Líderes Empresariais,
liderado pelo empresário João Doria Jr.,
que o Governo está empenhado em reduzir o custo de logística no País. “O custo
da logística representa um ônus médio de 13% do faturamento das empresas”,
afirma o ministro.

Cesar
Borges disse que os investimentos necessários para resolver os gargalos de
infraestrutura no País estão previstos no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) e no Programa de Investimento Logístico (PIL). Para o PIL, por exemplo, a
previsão é de alavancar recursos que totalizam R$ 52 bilhões. Os recursos
desses programas usados, principalmente, para duplicar e equipar as rodovias
nos eixos estratégicos, para melhorar o acesso aos portos marítimos e para
promover a integração com países vizinhos. O ministro enfatizou que o sucesso
dos programas (PAC e PIL) passa pelas parcerias público-privadas.

Um dos
objetivos da nova malha viária é acessar os diversos portos brasileiros,
especialmente para desafogar o Porto de Santos na exportação de grãos. Nesse
ponto, o sistema de cabotagem tem grande prioridade e os projetos estão sendo
retomados.

O
transporte rodoviário opera hoje no limite de sua capacidade e com baixa
produtividade, com um frota com idade média de 18 anos, longa espera para carga
e descarga, excesso de peso nos veículos. O ferroviário é moderno, porém com
pouca penetração. Por isso, está se investindo para que a malha ferroviária se
iguale à rodoviária em termos de quantidade de carga transportada. “A situação
geral das malhas rodoviária e ferroviária é precária. Estamos muito aquém das
necessidades do Brasil”, avalia.

O
ministro afirma que, com os investimentos já realizados e em curso, apenas 12%
de estradas se encontram em má condição. “E a meta para 2014 é chegar a zero e
ter todas as estradas em boas condições de tráfego”, destacou.

A
infraestrutura de transporte é fundamental para os atuais desafios brasileiros.
O setor, na opinião do ministro, é um catalisador do desenvolvimento nacional
e, por isso, está contemplado em um planejamento de longo e médio prazo.

Sobre o
trem de alta velocidade, o ministro comentou que a concessão, com investimentos
previstos de R$ 36 bilhões, foi adiada, sem nova data prevista. Ele acrescentou
que esse é um debate que deve ser travado pela sociedade para avaliar qual a
melhor forma de integrar de maneira rápida e eficiente as duas maiores
metrópoles brasileiras. “Esse é um debate que está em aberto e o governo
participa. Se a sociedade brasileira achar que não deve ser feito, ele não será
feito”, reforçou. Mas pesquisas mostram que essa seria uma solução adequada
para dar conta do fluxo crescente entre São Paulo e Rio de Janeiro.

O
presidente do LIDE Conteúdo e responsável pelo índice LIDE-FGV de Clima
Empresarial, Fernando Meirelles, disse que começa a aparecer um paradoxo no
clima empresarial. Segundo a 91ª edição da pesquisa, a penúltima do ano,
realizada com os 302 empresários presentes aos Almoço–Debate, há mais otimismo
no curto prazo e mais pessimismo no longo prazo. “Isso demonstra que estamos
caminhando para uma consolidação de um 2014 pior do que 2013”, avalia.

Com uma
nota de 5,3, o clima empresarial está melhor do que no mês passado, mas ainda
não atingiu o pico de março, que foi de 5,8. O índice, calculado pela Fundação
Getúlio Vargas, é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o
mesmo peso: governo, negócios e empregos.

Houve uma
ligeira melhora no âmbito federal, de 2,8 em setembro para 3,1 em outubro, e
leve piora no municipal, de 3,2 para 3,0, alcançando a pior nota obtida por
esta esfera desde o início das pesquisas, há 10 anos. No nível estadual há uma
estabilidade, mas é importante notar que todas as notas abaixo de 5, o que é
muito pouco numa escala de 0 a 10. No fator que impede crescimento, a carga
tributária permanece na dianteira, com 57%, mas está cedendo lugar para
preocupação com cenário político e nível de procura.

Em
relação à infraestrutura, temos uma descrença de que o governo conseguirá cumprir
o que prometeu (43% não acreditam, 51% acreditam em parte e apenas 6%
acreditam). A percepção de que é péssima a situação atual da infraestrutura é
opinião de 50%, ruim, 38%, regular, 10%, boa, 1%, e ótima, 1%. A situação dos
aeroportos também foi considerada péssima ou ruim pela grande maioria dos
respondentes: 88%.

Foto – Ministro dos Transportes, Cesar Borges e o presidente do LIDE João Dória Jr.
Crédito: Divulgação

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