
A Inteligência Artificial (IA) generativa está moldando uma nova era para o varejo físico, revolucionando desde a exposição de produtos até o atendimento personalizado ao consumidor. Segundo o especialista em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor executivo da Mix Fiscal, Fabrício Tonegutti, a tecnologia vem promovendo mudanças profundas ao transformar o ponto de venda em um ambiente inteligente, adaptável e altamente responsivo.
Vitrine viva e precificação dinâmica
Um dos principais impactos da IA generativa no varejo físico está na criação do conceito de “vitrine viva”. De acordo com Tonegutti, a ferramenta analisa variáveis como histórico de compras, comportamento na loja e até condições externas, como clima e fluxo de pessoas, para ajustar dinamicamente os produtos expostos e suas promoções. “Hoje, a IA generativa é como uma vitrine viva, que entende e se adapta ao perfil dos consumidores em tempo real. Com ferramentas como o Mix Pricing, as lojas conseguem recomendar não apenas o preço certo, mas também a oferta mais relevante no momento ideal, com base em dados históricos e tendências do mercado”, explica o executivo.
Essas soluções resultam em ganhos expressivos, segundo Tonegutti, empresas que adotam IA para precificação dinâmica registram aumentos de 20% a 30% na conversão de vendas, crescimento do ticket médio e da quantidade de itens por compra, além da maior saída de produtos correlacionados.
Atendimento personalizado com inteligência
A personalização também chegou ao atendimento ao cliente. A IA generativa tem sido utilizada para treinar assistentes virtuais e vendedores com base em scripts customizados, que consideram o perfil e histórico de cada consumidor. “Esses scripts são atualizados continuamente com feedback humano, permitindo argumentações de venda mais eficazes e superando objeções sobre preço, tributação ou concorrência. É essencial, no entanto, manter a naturalidade nas interações e investir em treinamentos constantes para que os vendedores confiem na tecnologia e transmitam segurança ao cliente”, afirma o diretor da Mix Fiscal.
Desafios técnicos e integração de sistemas
Apesar das vantagens, a implementação da IA generativa ainda enfrenta barreiras no varejo físico. Tonegutti aponta como desafio principal a integração com sistemas legados, comuns em muitas redes varejistas. “Muitas lojas ainda operam com plataformas antigas que não conversam com tecnologias modernas. Por isso, soluções que já nascem integráveis saem na frente, oferecendo mais agilidade e menos atrito na transição para o digital”, destaca.
A segurança da informação é outro ponto crítico. De acordo com o especialista, as soluções mais avançadas do mercado já são desenvolvidas com foco em compliance e proteção de dados sensíveis, tanto de consumidores quanto das estratégias comerciais dos varejistas.
Experiência omnichannel fluida
A IA generativa também se consolida como peça-chave nas estratégias omnichannel, ao unificar a jornada de compra entre os canais físico e digital. Tonegutti ressalta que a integração tecnológica proporciona uma experiência de alto valor percebido pelo consumidor, além de fortalecer a fidelização. “A IA generativa funciona como um elo entre o físico e o digital. Ela garante coerência de preços, ofertas e comunicação em todos os canais. O cliente pode ver uma promoção no aplicativo e, ao visitar a loja, encontrar a mesma oferta personalizada, já com todos os parâmetros tributários adequados. Isso cria uma experiência integrada e positiva, que aumenta o engajamento e a lealdade do consumidor”, completa.
Foto: Diretor executivo da Mix Fiscal, Fabrício Tonegutti.
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