IBEF CAMPINAS, KPMG E FACULDADE DE JAGUARIUNA LANÇAM ANUÁRIO DE TRANSPARÊNCIA CONTÁBIL E GOVERNANÇA CORPORATIVA

O
Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) seccional Campinas em
parceria com a KPMG e com a Faculdade de Jaguariúna (FAJ) acabam de divulgar o
IV Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa da Região
Administrativa de Campinas (SP). O anuário foi elaborado com base na pesquisa
de demonstrações financeiras publicadas de 100 empresas localizadas na região
administrativa de Campinas. Os dados foram coletados por 20 alunos dos cursos
de administração e contábeis da FAJ que foram a campo na busca dessas
informações nos balanços das empresas, no que é divulgado nos sites e nos
jornais. Com base nos dados coletados os alunos começaram a construir os
indicadores sob a supervisão dos profissionais da KPMG e do IBEF Campinas.

O IV
anuário mostra que em 2012, as empresas pesquisadas geraram resultado líquido
positivo de aproximadamente R$ 19 bilhões, um incremento de 32% em relação a
2011. Esse percentual é fruto do crescimento das Sociedades de Grande Porte
(SGP) que foram pesquisadas, as quais aumentaram o lucro líquido em
aproximadamente 32%, enquanto que as empresas de pequeno e médio portes (PMEs)
tiveram um aumento de 16% em relação ao ano de 2011. “O incremento de 32% no
resultado líquido positivo é reflexo do crescimento das sociedades de grande
porte que foram pesquisadas, que conseguiram gerir melhor seus custos, e
consequentemente recuperaram seus lucros operacionais, apesar dos aumentos do
custo financeiro e do aumento do comprometimento da renda para o pagamento de
impostos e contribuições, e os custos com pessoal”, afirmou Jean
Paraskevopoulos Neto, O sócio da KPMG no Brasil e responsável pelo escritório
de Campinas.

A receita
líquida gerada pelas empresas pesquisadas no exercício de 2012 foi de
aproximadamente R$ 142 bilhões, o que representa um aumento de 11% em relação a
2011. Já os custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados apresentaram
incremento de apenas6% que contribuiu para uma ligeira recuperação do lucro
operacional dessas empresas em relação a 2011.  

Nenhuma
das empresas pesquisadas apresentou margem líquida superior a 50% em 2012, um
declínio em relação a 2011, quando 3% das empresas apresentaram esse percentual
ou maior de margem líquida.

Assim
como os percentuais de margem líquida, as empresas pesquisadas também apresentaram
redução nos percentuais de margem bruta e margem operacional. A maioria das
empresas pesquisadas apresenta margem bruta e operacional em percentuais “abaixo
de 25”, sendo que em 2011 a concentração é em percentuais “abaixo de 50”.

No
cenário dos níveis atuais de inflação as empresas tendem a ter as suas margens
de lucro ameaçadas, visto a pressão de dissídios coletivos e reajustes anuais
de contratos, principalmente de prestadores de serviços. Os níveis atuais de
inflação também tendem a manter e ou reduzir o consumo brasileiro, que também
podem influenciar no aumento nos níveis atuais de inadimplência.

O sócio
da KPMG no Brasil e responsável pelo escritório de Campinas, Jean
Paraskevopoulos Neto lembrou que quando o anuário foi lançado a ideia era gerar
algum valor aqui na região. No primeiro anuário correspondente ao período
2009-2010, Jean destacou que  na ocasião
estava no início a lei 11.638 que promoveu mudanças referentes às novas
práticas contábeis seguindo um padrão internacional cercada de um emaranhado de
novas normas e o viés foi muito contábil. Na segunda edição do anuário
(2010-2011) o foco continuou sendo a onda contábil, mas adotando índices
financeiros. A terceira edição (2011-2012) trouxe  a visão de setor das empresas, no entanto o
grupo constatou que essas seriam informações importantes e  interessantes para técnicos mas de difícil
entendimento para os não técnicos. A partir das experiências dos três anuários,
o grupo entendeu que a quarta edição da publicação deveria constar de
informações resumidas e diretas facilitando a análise. “Pensamos num formato
que tivesse como objetivo permitir que tanto o presidente da empresa quanto ao
analista da empresa pudesse avaliar o nosso anuário entre 10 e 15 minutos,
então a gente não poderia ter um material de 30 páginas. Resolvemos fazer um
material mais conciso, objetivo aonde a gente não precisa estar trazendo o questionário,
mas sim as nossas conclusões do questionário aplicado e a nossa visão de
futuro”, explicou.

Apesar
deste crescimento, o levantamento indica que, no cenário de manutenção dos
níveis atuais de inflação, as empresas tendem a ter as suas margens de lucro
ameaçadas, visto a pressão de dissídios coletivos e reajustes anuais de
contratos, principalmente de prestadores de serviços.

O diretor
da FAJ, José Carlos Pacheco Coimbra, disse que o material dessa edição é muito
rico com um resumo que serve para uma interpretação imediata dos executivos e
também como um subsídio para o plano de ação estratégica para a empresa em
função da análise comparativa que trás. “O executivo consegue fazer um
planejamento para ver aonde ele vai atuar para conseguir posicionar melhor a
sua empresa frente a esse mercado”, diz.

A
presidente do IBEF Campinas, Gislaine Heitmann, salienta que os alunos
envolvidos na pesquisa e compilação do material já saíram na frente. “O mercado
é competitivo e é necessário diferenciar-se para impulsionar as carreiras
destes profissionais que iniciam”, pontua. Por isso, o IBEF Campinas, por meio
do IBEF Jovem, isentou estes estudantes das taxas de inscrição e pagamento
durante um ano. “O IBEF Campinas contribui muito nesta profissionalização por
meio dos eventos que promove, como Grupos de Estudos e palestras, entre
outros”, finalizou.

Este
estudo mantém como principal objetivo analisar o grau de transparência e a
aderência das empresas situadas na região frente às regras contábeis atuais,
suas práticas de governança e ações voltadas às questões de sustentabilidade,
bem como a apresentação de indicadores financeiros selecionados, calculados com
base nos dados financeiros compilados do universo de empresas que serviram de
base para o estudo.

Dentre os
pontos analisados no anuário, estão transparência contábil e governança
corporativa; lucratividade e receita líquida; liquidez e geração de caixa;
retorno sobre investimento; e endividamento, organizados em capítulos que
trazem em um formato de simples leitura a síntese dos dados pesquisados e uma
visão prospectiva sobre os temas. “Os dados coletados em nossas pesquisas ao
longo destes quatro anos evidenciam a preocupação das companhias com a adesão
aos padrões contábeis internacionais e às melhores práticas de governança
corporativa, bem como os desafios enfrentados pelas empresas de pequeno e médio
porte para acompanhar estas tendências de mercado”, finaliza Jean Paraskevopoulos
Neto.

 
Foto 1 – Sócio da KPMG, Jean Paraskevopoulos Neto; presidente do IBEF Campinas, Gislaine Heitmann e o diretor da FAJ, José Carlos Pacheco Coimbra.
Foto 2 – Entrevista coletiva
Foto 3 – Jean, Gislaine e o diretor da Fórmula & Cia, Marcos Ebert
Foto 4 – Marcos Ebert e o ex-presidente do IBEF Campinas e direto da Embark, Saulo Duarte

 

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