IMOBILIÁRIA DE CAMPINAS USA DRONES PARA DRIBLAR A CRISE

Em período de ritmo fraco da economia, com juros altos, crédito escasso,
compras e vendas baixas, quem utiliza de criatividade certamente tem um
diferencial no mercado e pode tirar bons proveitos disso. A imobiliária
homehunters, de Campinas (SP), apostou na tecnologia e passou a usar
drones para captar imagens dos imóveis disponíveis para locação ou
venda.  

O uso desse equipamento também  permite a visualização do
bairro, assim, o cliente não precisa ir ao local para sentir o clima da
vizinhança. Além disso, o interior do imóvel também é filmado  e as
imagens vão para o site da empresa. Diferente das fotografias, dessa forma há a
sensação de que o indivíduo está dentro da casa ou apartamento e a
possibilidade de conhecer detalhes de cada espaço  pela tela do computador 
ou smartphone.

O investimento na nova ferramenta para atrair clientes custou R$ 300
mil, incluindo drones, lentes, câmeras, tripé, uma Kombi e treinamento da
equipe para a realização dos vídeos. O diretor da Homehunters, Mauro Vanti
Macedo, disse que estudou detalhadamente o projeto para ser um diferencial no
mercado. “Eu tive a luz de pensar nisso porque a maioria dos condomínios tem
lazer, tem piscina, quadra de tênis, então resolvi fazer as imagens aéreas
disso. Eu estudei o assunto para fazer vídeos de 1 a 2 minutos em média,
pensando no internauta. Drone é um negócio caro ainda, mas uma vez que eu filmo
a parte aérea dos condomínios sejam eles prédios de apartamentos ou condomínios
de casas eu faço uma vez só esse trabalho e depois cada imóvel que estiver naquele
condomínio eu filmo a parte interna com os meus corretores. Eles foram
treinados para isso. Hoje quando eles vão aos imóveis para avaliar e falar com
o proprietário para trazer o imóvel para a homehunters eles filmam em vez de
fazer fotos”, explica.

Mauro Macedo disse que a empresa é pioneira no país em escala de vídeos.
Hoje a homehunters tem um banco de dados com mais de dois mil imóveis. Por mês,
são produzidos em média 25 vídeos e a meta é dobrar.  O objetivo até o
final do ano é ter todos os imóveis filmados. “Não há imobiliária no Brasil que
tenha essa quantidade de vídeos disponíveis num site”, completou.

Segundo ele, para quem procura um imóvel, através dos vídeos é possível
que a pessoa no conforto de sua casa possa ver todos os vídeos dos imóveis com
credibilidade muito maior do que as fotos, que muitas vezes são ruins e se são
boas estão maquiadas. “Eu transporto a pessoa para dentro do imóvel, sem ela se
deslocar. É uma economia de tempo e uma comodidade fantástica. Para o
proprietário está acontecendo algo muito interessante. Os imóveis que eu filmo,
na realidade eles tem um número menor de visitas dentro deles, porém quando eu
levo alguém, a pessoa está extremamente interessada. Com o vídeo eu invado
muito menos a privacidade dos proprietários, pois a maioria dos imóveis que
estou vendendo, principalmente residencial, a pessoa mora. Ela tem que vender
primeiro para comprar outro. Eu estou com fila de espera para fazer vídeo”,
conta.

Aproveitando as inovações tecnológicas em que já é possível resolver
quase tudo com alguns toques na tela do smartphone, a imobiliária também
desenvolveu um aplicativo para quem está à procura de um imóvel para alugar ou
para comprar. O aplicativo está disponível gratuitamente para IOS e Android e
oferece na palma da mão uma série de vídeos dos imóveis que estão disponíveis
na localização desejada. A tecnologia permite que os interessados assistam
vídeos com duração média de um minuto dos imóveis que estão à venda ou para
locação de forma simples e rápida.

Os resultados dos investimentos  já apareceram.  “As locações
dos imóveis que foram apresentados em vídeo cresceram 30%, nos últimos 60 dias,
por causa do encurtamento do processo de busca que esse sistema permite. As
vendas também foram impulsionadas. Antes um imóvel demorava em média seis meses
para ser vendido, agora pode chegar a 60 dias”, disse.

Fotos 1 e 3 – Treinamento de corretores da Homehunters.

Foto 2 – Diretor da Homehunters, Mauro Vanti Macedo.

Crédito: Divulgação.