IMPACTO DO CORONAVÍRUS NA CHINA PODE AFETAR INDÚSTRIA DA REGIÃO DE CAMPINAS

O Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, na primeira apresentação de pesquisas no ano, nesta terça feira (18/02), estimou que 91,6% das indústrias associadas esperam algum tipo de impacto em razão a paralisação de fábricas na China, devido a ocorrência do Coronavírus. Cerca de 16,67% das associadas afirmam que esse impacto poderá ser no abastecimento de matéria-prima; 8,33% no custo dos insumos importados da China e 66,67% na alta do dólar e elevação dos custos de produção. Para 8,33% dos respondentes não haverá impacto na indústria regional.

O diretor do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho, afirmou   que a expectativa é que esse impacto ocorra em um período relativamente curto, de no máximo   30 dias. No entanto, Nunes explicou que os principais segmentos de atividades da indústria regional são extremamente dependentes dos insumos chineses para as suas linhas de produção. “Esse impacto pode ser forte se as paralisações nas fábricas chinesas persistirem pelos próximos meses, principalmente os insumos para o setor farmacêutico nacional, que é quase 100% dependente daquele país”, diz.

O diretor da entidade também manifestou preocupação com  o aumento no custo desses insumos, na sua avaliação, uma  tendência natural, caso ocorra queda prolongada na produção.

O diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, destacou a preocupação com relação à paralisação de fábricas na China em função do Coronavírus e dos reflexos na região. “Mais de 80% dos insumos importados pelas indústrias da região de Campinas, notadamente dos segmentos eletro e eletrônico, automotivo e de máquinas e equipamentos, são provenientes da  China”, comenta.

O Ciesp-Campinas apresentou diversos indicadores regionais como capacidade instalada, vendas, acesso ao crédito e investimentos, entre outros, que na avaliação de José Nunes Filho, mostram uma tendência para a melhora do desempenho da indústria  e do mercado em geral. “A expectativa da Fiesp e do Ciesp é que o PIB tenha um crescimento de 3% em 2020”, destaca.

O diretor do Ciesp-Campinas manifestou otimismo para os próximos meses, mesmo com a Regional fechando o mês de dezembro de 2019 com saldo negativo  de 1.485  demissões. No acumulado de janeiro a dezembro do ano passado, o saldo também foi negativo com a diminuição de 1.717 postos de trabalho. A partir de dezembro de 2019, essas pesquisas elaboradas pela Fiesp-/Ciesp  tem como fonte os dados do Caged-Rais.

A Regional Campinas no acumulado de 2019, registrou exportações de US$ 3,3 bilhões, cerca de 6,6% inferior as registradas em igual período de 2018. Já as importações em 2019 foram de US$11,21 bilhões, 9,8% maiores que em 2018.

Em janeiro de 2020, a indústria da região de Campinas contabilizou exportações de US$ 224,3 milhões, 11,9% menor que em janeiro de 2019. As importações foram de US$ 881,9 milhões, 3,6% menor que no mesmo período de 2019.

O Ciesp-Campinas conta com 494 empresas associados, distribuídas em 19 municípios da região. Conjuntamente essas   associadas faturam R$ 41,52 bilhões ao ano e empregam 98.894 colaboradores.

 

Foto 1 – Diretor do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho.

Foto 2 – diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações

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