ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS CONSUMIDORES REGISTRA QUEDA EM CAMPINAS

A mais recente crise política que se instalou no final de maio e ainda segue indefinida no Brasil afetou o humor dos consumidores campineiros. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido no começo deste mês registrou queda de 2,4 pontos em relação a junho. É a terceira queda seguida desde maio. Segundo a pesquisa realizada pelo SindiVarejista de Campinas e Região em parceria com a FecomercioSP, em julho o ICC marcou 111,2 pontos. No mês anterior era de 113,6 e em maio o mesmo índice era de 114,1. A escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Apesar da série em queda o ICC ainda segue positivo.comercio de Campinas 14800235301_90afd5d732_h

O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que revela a disposição em consumir neste momento, ainda é pessimista e apontou nova queda em relação ao número do mês passado. Este mês desceu para 20,6 pontos enquanto que em junho havia marcado 25,5 pontos. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que aponta a perspectiva das pessoas em comprar no futuro, sem considerar o cenário atual, também apresentou queda e chegou a 171,6 pontos. No mês passado marcava 177,5 pontos.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a queda da confiança em relação ao futuro mostra a insegurança do consumidor em relação ao cenário político, que se revela cada vez mais instável. “O ICC subiu até abril, o que era de se esperar. Os últimos três meses estão sendo marcados com essa falta de definição em relação ao presidente, Michel Temer. Estamos nesse compasso de espera. Porém, por outro lado a economia não está parada. Tivemos resultados positivos em relação a economia. A situação política realmente não está ajudando, mas percebo que a economia está se descolando da política e conseguiu resultados positivos”, afirmou assessor econômico da Fecomercio Fábio Pina.

Para Fábio Pina, se não tivesse tantos problemas políticos, a economia teria resultados bem melhores. “Mas, aparentemente as coisas estão sendo encaminhadas de uma forma que não haja perda de controle. A inflação está controlada, outros números também. Agora, segundo a pesquisa não é hora de comprar bens duráveis. As pessoas estão em compasso de espera”, explicou.

O levantamento de julho é o nono de uma série de indicadores iniciada pelo SindiVarejista em novembro do ano passado. Com os dados pesquisados, o empresário varejista da cidade consegue ter uma noção de como anda o “humor” do consumidor para novas compras. “A intenção desses dados é dar informação aos empresários do varejo para que ele saiba o momento exato de tomar determinadas decisões”, explicou a presidente do SindiVarejista Sanae Murayama Saito.

O assessor econômico da Fecomércio, Fábio Pina, disse ainda que desde que começou a ser feita a projeção o índice está dentro da linha positiva, porém pautado na expectativa. “O consumidor tem se mostrado paciente e cauteloso. Ou seja, ele não quer comprar algo durável agora. Mas acredito que o cenário econômico irá melhorar e com isso a confiança volta, assim como a estabilidade do trabalho e também a intenção de compra de bens duráveis, por meio de parcelamento. Por enquanto os consumidores entendem que o momento ainda é grave. Houve uma mudança de governo há cerca de nove meses e vários passos foram dados para a estabilidade e retomada da economia. Ainda tem muita gente desempregada à espera de uma oportunidade”, explicou Pina.

Foto: Comércio de Campinas.

Crédito: Divulgação.

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