Panorama de Negócios
A indústria de private equity e venture capital no Brasil deve dar um salto no quesito oportunidades de investimento em 2021. De acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira de Private
Equity e Venture Capital (ABVCAP) e pela consultoria KPMG, o segmento investiu R$ 23,6 bilhões em empresas brasileiras no ano passado, o segundo maior montante registrado. De acordo com Rodrigo Fiszman, CEO do Grupo Solum, holding que conecta pequenas e médias empresas a investidores, esse aumento se deu, em grande parte, por conta da redução da taxa de juros. “Uma das alternativas para acessar esse tipo de ativo é por meio da modalidade específica de captação regulada pela Instrução CVM 588, que fala da oferta de títulos emitidos por PMEs, o equity crowdfunding. Este é, hoje, o meio mais acessível para o investidor que não é qualificado encontrar boas oportunidades de investimento”, avalia o executivo.
Segundo dados da pesquisa, o montante acumulado só fica atrás dos números de 2019, que apresentou 7% a mais em volume que em 2020. A pesquisa ainda mostra que, pela primeira vez, a indústria de venture capital ultrapassou o volume investido nos fundos de private equity: R$ 14,6 bilhões ante R$ 9 bilhões, respectivamente. “O interessante de atuar nesse segmento é que investir em participações de empresas privadas é diferente de alocar em mais um instrumento financeiro, que nem todo mundo sabe como funciona. Vemos o ano de 2021 com olhos muito otimistas e prevemos cerca de 20 ofertas de captação de recursos que cheguem perto de R$ 100 milhões neste ano, entre os modelos de equity crowdfunding e dívidas imobiliárias”, aponta Patricia Stille, a CEO da beegin, plataforma de investimentos em empresas privadas lançada em setembro do ano passado pelo grupo.
Foto: Rodrigo Fiszman, CEO do Grupo Solum.
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