INDÚSTRIA ROMI APOSTA EM RECUPERAÇÃO

A Indústrias Romi S.A., empresa líder entre os
fabricantes brasileiros de Máquinas-Ferramenta e Máquinas para Processamento de
Plásticos, além de importante produtor no mercado de Fundidos e Usinados,
listada no Novo Mercado da Bovespa (ROMI3) — apresentou, no 3T12, crescimento
de Receita Operacional Líquida em todas as suas unidades de negócios, ante o
2T12, no entanto, continua registrando prejuízo. Neste 3T12 o prejuízo foi da
ordem R$ 7,99 milhões. O diretor de Relações com os Investidores da Romi, Fábio
Taiar, explicou que foram feitos ajustes operacionais na companhia para adequa-la
ao patamar de atividades esperadas para o futuro. “Com isso a gente teve uma
recuperação de margem bruta, uma elevação em 50% da receita, que nos permitiu
diluir um pouco melhor as despesas fixas. É claro que ainda está bastante aquém
que é de trazer a companhia para uma posição de lucratividade e não de prejuízo
líquido, mas ele é melhor do que o trimestre passado onde nós auferimos R$21,8
milhões de prejuízo”, diz.

No trimestre, todas as unidades de negócio
apresentaram crescimento em relação ao 2T12. Em Máquinas-Ferramenta, a Receita
Operacional Líquida atingiu R$ 111,9 milhões, dos quais R$ 23,8 milhões
referem-se à consolidação da receita operacional líquida da B+W (Burkhardt +
Weber Fertigungssysteme GmbH). Este valor consolidado representou um
crescimento de 3,5% se comparado ao mesmo período no ano anterior e de 52,8%
quando comparado ao 2T12. As vendas físicas dessa unidade, no 3T12, totalizaram
443 unidades, quantidade 42,4% superior à obtida no 2T12 (311 unidades).

Já o faturamento líquido da unidade de negócios
Máquinas para Plástico totalizou R$ 25,1 milhões, crescimento de 61,7%, ante o
2T12. O principal fator para esse crescimento é o aquecimento das indústrias de
bens de consumo, como embalagem, linha branca e utensílios domésticos. As
vendas físicas de Máquinas para Plástico totalizaram 64 unidades, aumento de
48,8%, na comparação com o período anterior (43 unidades).

As vendas físicas da unidade de negócios Fundidos e
Usinados somaram 3.561 toneladas no 3T12. Em comparação ao 2T12, esta unidade
de negócios cresceu 15,2%. Nessa mesma comparação, a receita operacional
líquida, apresentou crescimento de 28,1%, reflexo do aumento no volume de
negócios relacionados à energia eólica.

No 3T12, a geração operacional de caixa medida pelo
EBITDA foi positiva em R$ 0,3 milhão, representando uma margem EBITDA de 0,2%
no período.

O CEO da
Romi, Livaldo Aguiar dos Santos, disse que em junho a companhia fez ajustes para
reverter o prejuízo de R$ 21,8 milhões registrado no 2T12 e que neste trimestre
ao que tudo indica os resultados começam a dar sinais de recuperação. “Na nossa
avaliação o pior já passou e nós já estamos adequados ao novo patamar do nível
de atividade econômica e que nós estamos agora numa recuperação e voltar a
rentabilidade”, afirma.

O CEO da Romi
disse que ainda tem máquinas para serem vendidas e entregues dentro do
trimestre o que pode representar um quarto trimestre melhor do que o terceiro.

A
perspectiva para 2013 é de estabilidade na avaliação de Livaldo Aguiar, pois a
Europa ainda tem um grau de volatilidade e incertezas muito grande, no qual a
própria Alemanha que vinha num crescimento e numa estabilidade muito sólida, a
indústria de automóvel, que é muito forte, tem sofrido bastante nos últimos
meses. Ainda, segundo Aguiar, China e Rússia reviram para baixo os índices de
crescimento. Livaldo disse que os Estados Unidos está tendo um crescimento
consistente. “No nosso negócio lá a gente está investindo em colocar pessoas na
área de vendas e prestação de serviços. Inclusive nós vamos colocar um gerente
especificamente para venda das máquinas da Burkhardt + Weber porque o mercado
está se mostrando vigoroso e começando a responder positivamente”, diz.

Livaldo
disse que a unidade da Romi na Itália está estável e que a Burkhardt + Weber na
Alemanha por ser uma empresa de alta tecnologia permanece com seu nível de
atividade aquecido. “Na semana passada nós recebemos um pedido de uma nova
máquina da Burkhardt + Weber que vai ser fornecida na China para uma indústria
de tabaco”, revelou.

Neste trimestre, considerando a receita da B+W, a
Europa representou 82,2% da receita obtida no mercado externo. A entrada do
mercado asiático no portfólio é resultante das receitas obtidas pela B+W na
China. Os Estados Unidos tiveram sua participação no portfolio de vendas da
Romi diluída, representando 3,8%. Já a América Latina passou a representar
11,6%.

Dentro do
planejamento estratégico da Romi a companhia pretende trazer para o Brasil
algumas máquinas da Burkhardt + Weber. O Brasil tem máquinas instaladas da Burkhardt
+ Weber de muitos anos atrás. A própria Romi tem três máquinas da Burkhardt +
Weber que foram compradas na década de 60 e 70 e de lá até então não houve
novas máquinas compradas. Segundo Livaldo, essa máquina trás ganho de
produtividade devido a sua tecnologia de automação e ela se aplica bastante
para a realidade da Romi. “Nós através do Conselho de Administração aprovamos
um projeto. Nós estamos comprando três máquinas da Burkhardt + Weber que nós
vamos instalar no nosso parque. Elas vão ser produzidas no ano que vem. Duas
vão ser instaladas no ano que vem e outra em 2014 e a operação da máquina em
regime comercial está previsto para 2014. O investimento é da ordem de R$ de 15
milhões a R$ 20 milhões. A ideia é transformar essa máquina que nós estamos
instalando no nosso parque como uma vitrine para vender máquinas da Burkhardt +
Weber como um exemplo de ganho de produtividade para diversas indústrias aqui
no Brasil que a gente acredita que tem grande potencial”, disse.

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