INDÚSTRIAS DA REGIÃO DE CAMPINAS ESTÃO CAUTELOSAS COM RELAÇÃO A INVESTIMENTOS

As empresas do setor industrial da região de Campinas ainda estão cautelosas com relação aos rumos da economia nos próximos meses. Pesquisa de sondagem industrial elaborada pelo centro de pesquisas econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas) junto às empresas associadas ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas aponta que no mês de julho de 2017,  66,7% dos respondentes operam na segunda categoria de capacidade instalada, entre 50,1% e 80%. Outros 18,5%, operam na primeira faixa de 0 e 50% e apenas 14,8% declaram estar operando na faixa de 80,1% a 100%. Em comparação com julho de 2016 houve uma melhora nos resultados quando se enquadravam na primeira categoria 28,6% dos respondentes. Na segunda categoria eram 65,7% e na terceira apenas 5,7%.7348_Coletiva_Ciesp-Campinas_crédito_Roncon&Graça Comunicações

Com relação ao investimento em ampliação da capacidade instalada, 59,3% disseram que não pretendem investir e 3,7% pretendem reduzir  a produção. Por outro lado,  11,1% pretendem ampliar o número de máquinas e 25,9% disseram que vão atualizar o maquinário existente.

Para o economista da Facamp, José Augusto Ruas, a Pesquisa de Sondagem Industrial apontou alguma perspectiva de modernização do parque industrial regional, no entanto, não é possível se pode falar em retomada e há a necessidade de avaliar esse comportamento do empresário, nas pesquisas dos próximos meses.

Com relação ao planejamento do investimento para os próximos 12 meses, nenhum dos respondentes declarou que irá aumentar os investimentos. Nessa mesma linha, 40,7% afirmaram que vão manter o planejamento dos investimentos. Os respondentes que não vão investir somaram 59,3%. Por outro lado nenhum dos respondentes apontou intenção de diminuir o investimento planejado. Na visão do economista José Augusto Ruas, o empresário não está investindo, exceto aqueles que conseguem se agregar a movimentos de crescimento setoriais. Se observar alguns segmentos começaram a exportar mais. “O setor do agronegócio cresceu bastante. Se você se vincular a essa cadeia produtiva, você tem demanda. O setor do agronegócio é muito importante para o país, mas ele representa uma parcela muito pequena do PIB e uma cadeia produtiva limitada do ponto de vista de quem ele puxa. Como Campinas é uma região industrializada  com peso muito grande  nos setores metal mecânico, no automobilístico, que são setores cuja a retomada depende do emprego, da qualidade do emprego, da capacidade de endividamento e de tomar crédito do consumidor, esses são setores que vão continuar vagarosamente reagindo”, avalia.

Ruas destacou também que a maioria dos empresários apontou na sondagem industrial que os custos de transporte tiveram um impacto significativo afetando a lucratividade face ao aumento nos preços dos combustíveis.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP) apresentou ligeira alta em agosto. O indicador atingiu 52,1 pontos ante os 50,9 pontos registrado em julho de 2017. O ICEI-SP permanece ligeiramente acima dos 50 pontos, sinalizando confiança por parte dos empresários paulistas. O Indicador de Condições Atuais permaneceu estável em 46,9 ponto, ao passo que o índice de Expectativas mostrou avanço do otimismo ao passar de 53,2 pontos para 54,6 pontos. Destaque mais uma vez ficou para o Índice de Expectativas da Empresa que segue em elevado patamar de 57,3 pontos.

Foto: Economista da Facamp, José Augusto Ruas.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações

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