IOU UNICAMP REFORÇA IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DOS CÂNCERES DE CABEÇA E PESCOÇO

IOU UNICAMP REFORÇA IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DOS CÂNCERES DE CABEÇA E PESCOÇO

Julho é o mês da conscientização sobre os cânceres de cabeça e pescoço, e a campanha Julho Verde segue mais atual do que nunca: esses tumores ocupam o quinto lugar entre os mais comuns no Brasil e, apesar de muitas vezes apresentarem sinais visíveis desde o início, continuam sendo diagnosticados tardiamente em grande parte dos casos.

No Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOU), da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, o atendimento especializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) oferece recursos modernos para diagnóstico precoce, tratamento avançado e reabilitação humanizada dos pacientes. Especialistas da instituição destacam as principais áreas afetadas como laringe, cavidade oral, tireoide e pele, e chamam atenção para sintomas de alerta, fatores de risco e os avanços que têm melhorado significativamente o prognóstico dos pacientes.

Rouquidão Persistente Pode Ser Sinal de Câncer de Laringe

“A rouquidão por mais de duas semanas, especialmente em homens acima dos 45 anos que fumam ou consomem álcool, é um sinal que merece investigação imediata”, afirma o professor Agrício Crespo, presidente do IOU e titular do Departamento de Otorrinolaringologia da Unicamp.

Segundo ele, o câncer de laringe é o segundo mais frequente entre os tumores de cabeça e pescoço, sendo o tabagismo o principal fator de risco – agravado pelo consumo de álcool. Se diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90% e o tratamento pode ser realizado por meio de cirurgia endoscópica a laser, minimamente invasiva, sem dor e com alta hospitalar em menos de 24 horas.

Contudo, o diagnóstico tardio pode exigir uma laringectomia total, com impactos profundos na qualidade de vida. “O paciente perde a voz natural e passa a respirar por um orifício no pescoço”, explica Dr. Agrício. O IOU foi pioneiro no Brasil na reabilitação vocal por meio de próteses fonatórias pelo SUS, além de ter sido o primeiro serviço público do país a realizar cirurgias a laser para câncer de laringe.

Feridas na Boca que Não Cicatrizam Devem Ser Investigadas

O câncer de boca, que afeta principalmente a língua e o assoalho bucal, costuma se manifestar como feridas persistentes, sangramentos ou caroços. “Se uma lesão não cicatriza em 15 dias, sobretudo em fumantes ou homens com mais de 40 anos, é necessário procurar avaliação médica”, alerta o Dr. Carlos Takahiro Chone, coordenador dos serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e de Cirurgia de Base de Crânio do IOU.

Outros fatores de risco incluem má higiene bucal, uso de próteses mal ajustadas e dieta pobre em frutas e legumes. Estima-se que 75% a 80% dos casos ainda sejam diagnosticados em estágios avançados, o que reduz as chances de cura.

No IOU, o cuidado vai além da cirurgia: equipes multidisciplinares com fonoaudiólogos, nutricionistas, dentistas e fisioterapeutas atuam para preservar funções como a fala, deglutição e mastigação, essenciais para a qualidade de vida do paciente.

Tumores de Tireoide e de Pele: Silenciosos e Comuns

Entre os tipos que mais crescem entre mulheres, o câncer de tireoide muitas vezes é descoberto por acaso, durante exames de imagem feitos por outras razões. “O tipo mais comum, o carcinoma papilífero, é altamente curável. Muitas vezes, uma cirurgia parcial já é suficiente”, explica o Dr. Alfio Tincani, coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Unicamp.

Já o câncer de pele em regiões expostas como orelhas, nariz e couro cabeludo é amplamente associado à exposição solar sem proteção. “Manchas que mudam de cor, coçam, crescem ou sangram precisam ser avaliadas”, alerta Dr. Tincani. O IOU realiza atendimentos complexos também para esse tipo de tumor, incluindo reconstruções em casos avançados.

Acesso Pelo SUS e Excelência no Atendimento Salvam Vidas

Para os médicos do IOU, campanhas como o Julho Verde são fundamentais para alertar a população de que sintomas simples podem ser sinais de doenças graves. “Uma pinta, uma ferida ou uma rouquidão persistente podem ser o começo de um câncer. Ver no começo pode mudar o final”, resume o Dr. Agrício Crespo.

Com estrutura de ponta e atendimento humanizado em parceria com o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, o IOU é referência nacional em diagnóstico e tratamento dos tumores de cabeça e pescoço. “Nosso compromisso é oferecer, pelo SUS, o que há de mais moderno, com qualidade técnica e cuidado integral ao paciente”, reforça o presidente do Instituto.

Foto 1 – Agrício Crespo, presidente do IOU e titular do Departamento de Otorrinolaringologia da Unicamp.

Crédito: Claudinei Fortes.

Foto 2 – Carlos Takahiro Chone, coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e da Cirurgia de Base de Crânio do IOU.

Crédito: Matheus Campos.

Foto 3 – Alfio Tincani, coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Unicamp.

Crédito: Divulgação.

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