ITALIANOS LANÇAM MUNDIALMENTE MARCA DE GELATO A PARTIR DE CAMPINAS

Campinas
(SP) foi escolhida por cinco empresários italianos, descendentes de sorveteiros
da província de Belluno, região do Veneto, na Itália, para lançar mundialmente
a marca Bella Idea Autentico Gelato Italiano. Campinas, a exemplo de Curitiba,
apresenta o perfil ideal para o lançamento de novos produtos e marcas. O ponto
de venda, de 170 metros quadrados, é uma loja-conceito e a partir dela o
empreendimento será expandido para o restante do país. Os investimentos
iniciais somam R$ 700 mil e a projeção de retorno do capital é para daqui a
dois anos. A Bella Idea tem capacidade para produzir até 300 quilos de gelatos
por dia.

O sócio
proprietário da Bella Idea, Davide Franzin, disse que o projeto estava em
estudo há dois anos na qual foram feitas pesquisas  em algumas cidades para o lançamento da marca
no Brasil. “Em particular escolhemos Campinas porque hoje é uma cidade que está
crescendo muito. Tem um desenvolvimento muito grande somado ao desenvolvimento
do aeroporto de Viracopos e de muitas empresas instaladas na região. Escolhemos
o Cambuí que é um bairro nobre de Campinas porque tem muita gente que viaja
para a Europa e conhece a qualidade do produto”, explica.

O projeto
consiste na abertura de mais três unidades próprias em dois anos. A ideia é
abrir uma loja no Shopping Iguatemi em Campinas e duas lojas em São Paulo nos
bairros Jardins e Itaim. Davide Franzin descarta a possibilidade de transformar
o empreendimento numa franquia. “A franquia seria complicado da nossa parte sob
a questão da qualidade. O produto é feito de maneira artesanal diariamente e
precisa de muito trabalho e muita paixão. Ele é produzido na própria loja e não
posso centralizar a produção porque vou perder a qualidade do produto. No caso
da franquia é muito difícil você encontrar um empresário que possa dar certo
com você”, diz.

Davide Franzin afirma que a concepção do empreendimento foi embasada nas
tendências do segmento de gelatos nas cidades de Milão, Roma, Florença e
principalmente Veneza e Torino. David Franzin disse que a ideia é fazer o que
existe nos melhores restaurantes do mundo utilizando 100% de frutas brasileiras
e de época na confecção dos sabores com matéria prima de qualidade. A avelã da variedade Tonda Gentile é cultivada
no Piemonte; o pistache vem de Bronte, ambos na Itália; a baunilha é importada
de Madagascar e o chocolate é proveniente da Bélgica (marca Callebaut) e
Venezuela. David Franzin afirmou que na Europa o gelato é um alimento.
Pesquisas feitas por nutircionistas em universidades européias indicam que o
gelato é um alimento completo com proteínas e vitaminas. Para se ter uma ideia
100 gramas do produto tem menos calorias que uma mussarela. “Os italianos e os
alemães consomem 60 quilos por ano de gelato”, afirma.

As matérias-primas dos gelatos são processadas em dois maquinários
importados da Itália, um equipamento para processo de pasteurização e um
batedor, que possibilitam produzir até 300 quilos do produto por dia, em 16
diferentes sabores, chocolate,
abacaxi, morango, baunilha, stracciatella, entre outros, servidos em casquinhas
de biscoito, ou em embalagens para viagem, acondicionadas em sacolas
personalizadas. O preço varia de R$ 7,50 (100g), a R$ 9,00 (150g), ambos com
até dois sabores e R$ 11,00 (200g), com até três sabores.

No processo de pasteurização, a mistura é aquecida a até 85ºC e resfriada
bruscamente até 4°C, de forma a eliminar os organismos nocivos que podem se
encontrar no leite e demais ingredientes. A pasteurização não só garante um
sorvete saudável como também aumenta a capacidade da calda de se misturar com o
ar e com os estabilizantes. Já o batedor estabiliza a temperatura (estrutura do
gelato) a até -12º garantindo a alta qualidade do produto e a sua cremosidade.

Ao transportar para o Brasil a tradição na
fabricação artesanal de gelato, os empresários mantiveram as receitas criadas
há 100 anos pelos antepassados de seus nonnos,
propriedades intelectuais que garantem a qualidade, por exemplo, da stracciatella, de sabor parecido com o
nosso sorvete de flocos.

Os gelatos da Bella Idea são produzidos
diariamente no laboratório da loja, à vista dos clientes, livres de gordura
trans e hidrogenada, sem corantes ou aromatizantes artificiais. O creme de leite fresco e o leite
tipo A utilizados no preparo das receitas são provenientes do Laticínio Ati
Latte, cujo processo de produção é realizado na Fazenda sustentável Atibainha,
em Itatiba. O açúcar (Native Alimentos) é orgânico, resultado de um processo
natural, no qual a cana é cultivada com fertilizantes orgânicos, submetida a
controle biológico de pragas e colhida verde, sem queimada, o que mantém
intactas suas qualidades e preserva o solo e o meio ambiente. Já os cafés,
cappuccinos, macchiatos, affogatos, marocchinos e lattes macchiatos servidos
são da torrefadora italiana Illy Café.

Loja

Instalada no bairro Cambuí, um dos mais nobres de Campinas, a loja Bella
Idea tem 170 metros quadrados. O projeto arquitetônico foi criado pelos
próprios sócios, com inspiração nas gelaterias italianas, em especial as de
Veneza e Torino, e foi executado pelas designers de interiores Andrea Garcia e
Ana Paula Toledo. A paleta de cores remete às diferentes nuances do chocolate.
As paredes, o teto, o piso e o mobiliário carregam tons que variam do branco ao
cacau, passando pelas diferentes tonalidades da casca e polpa da fruta, até
chegar ao marrom do chocolate.

Na parte frontal da casa um deck
de 21 metros quadrados acomoda mesinhas rodeadas de cadeiras confortáveis. No
interior, o balcão de madeira com detalhe em mármore branco que acomoda a
vitrine dos gelatos ganhou duas cascatas de chocolates (branco e amargo 70%)
para aguçar ainda mais o paladar dos gourmets.

Referências à Toscana estão presentes nos objetos de decoração, como
potes e utensílios de cozinha. As receitas e a história do gelato estão
retratadas no idioma italiano e traduzidas para o português, contribuindo para
a ambientação de uma autêntica gelateria da Itália, com toques contemporâneos e
sistema wireless.

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