JORNADA DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL OFERECE CONSULTORIA E SUPORTE PROFISSIONAL PARA PROCESSO DE INDÚSTRIA 4,0

Hoje é comemorado o Dia da Indústria – 25 de maio. Nesta terça-feira (24/05) o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), regional Campinas apresentou a Pesquisa de Sondagem Industrial. Segundo a pesquisa, 90% das empresas associadas apontaram que ‘a desindustrialização é um problema grave e precisa de ações urgentes para ser revertida’. Na verdade, esse processo já ocorre há anos e uma forma importante para colaborar nessa reversão é a Indústria 4.0, que cerca o setor de alta tecnologia com a chamada automação, entre outros pontos importantes de inovação.

O diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirmou que apesar da desindustrialização ocorrida nos últimos anos, são necessárias ações efetivas para reverter esse quadro, como a Jornada de Transformação Digital. “Queremos empresas adequadas a quarta geração da indústria. Nesse sentido, o Ciesp juntamente com o Senai e Sebrae lançaram a Jornada da Transformação Digital. Esse programa prevê oferecer consultoria e suporte profissional para que 40 mil indústrias no Estado de São Paulo, nos próximos quatro anos modernizem seus sistemas. A previsão é aumentar em até 50% a produtividade das empresas que aderirem ao programa”, explicou.

Nessa mesma pesquisa, 50% da indústria da região de Campinas indicou que o recuo na globalização deverá ser um dos efeitos econômicos da pandemia da covid-19 e da guerra Rússia e Ucrânia. Para 36% das empresas respondentes,  ocorrerá um processo inverso, com aumento da globalização e 14% ainda não têm avaliação dos efeitos.

Em relação ao processo de globalização das últimas décadas, o diretor do Ciesp-Campinas, Toledo Corrêa afirmou que a tendência nos próximos anos, principalmente em razão dos efeitos da pandemia da covid-19 é a aproximação geográfica das cadeias produtivas. Isso na sua avaliação, poderá reduzir a vulnerabilidade imposta pelas grandes distâncias entre os fornecedores de insumos e as linhas de produção. “Deveremos ter aumento na produção de peças e componentes por empresas locais, tais como chips, eletroeletrônicos e produtos de química fina, entre outros”, acrescentou Corrêa.

Na Sondagem Industrial de maio, houve um aumento da redução do volume de produção. Em abril 29% dos respondentes apontaram essa diminuição. Em maio esse percentual subiu para 45%. Logicamente, que com esse quadro houve uma queda no faturamento. Em abril 35% das empresas apontaram queda de faturamento. Neste mês de maio, o índice chega a 55% das associadas. A inadimplência permaneceu inalterada em maio para 95% das respondentes.

O levantamento revela também que houve uma sensível redução no nível de capacidade instalada e isso provavelmente deve estar ligado ao fato de diminuição do processo de produção. Para 50% das indústrias da região, o nível de utilização da capacidade instalada de produção ficou entre 70,1% a 100% em maio. Já em abril, 76% das indústrias afirmavam estar nessa mesma faixa de capacidade instalada. Nessa pesquisa, 54% das empresas informaram que não irão realizar  investimentos na ampliação da capacidade produtiva para os próximos 12 meses.

Na avaliação do diretor José Henrique Toledo Corrêa, essa diminuição na produção, faturamento, utilização da capacidade instalada e investimentos não devem representar necessariamente uma tendência, mas refletem as incertezas do momento econômico, tanto do ponto de vista interno, como externo.

Balança Comercial Regional

Em relação aos números da Balança Comercial Regional, em abril de 2022 o valor exportado foi de US$ 294,2 milhões – 18,3% maior que em abril de 2021. Já as importações no mesmo mês foram de US$ 979,9 milhões – 21,7% maior do que em abril do ano passado. O saldo em abril de 2022 foi negativo em US$ 685,6 milhões – 23,3% maior do que o registrado em abril de 2021.

A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em abril de 2022 foi de US$ 1,274 bilhão – 20,9% maior que no mesmo mês do ano passado.

Em abril os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: Paulínia (30%), Campinas (26,3%),  Sumaré (10,7%), Mogi Guaçu (8,9%) e Amparo (5,2%).

Já os municípios que mais importaram foram: Paulínia (41,8%), Campinas (25,8%), Jaguariúna (9,6%), Sumaré (7,2%) e Hortolândia (6,8%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.

Os principais destinos das exportações da Regional Campinas foram Estados Unidos, Argentina e México. As principais importações foram da China, Estados Unidos e Coreia do Sul.

 

Foto: Diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações.

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