LEVANTAMENTO FEITO PELA MERCER APONTA QUE O CUSTO DE VIDA PODE VARIAR ATÉ 14% NAS CIDADES BRASILEIRAS

O custo de vida nas cidades brasileiras pode variar até 14%, segundo a pesquisa “Custo de Vida Nacional” feita pela Mercer. O estudo analisou, em 17 cidades brasileiras, 10 categorias diferentes de serviços como cuidados pessoais, esportes e lazer, refeições em casa e fora de casa, roupas e calçados, serviços de utilidade pública, serviços domésticos, álcool/ tabaco, suprimentos domésticos e transporte. Na metodologia, que segue os rigorosos padrões globais da consultoria, cada categoria tem um peso diferente e, dentro do cálculo, a média ponderada de todas as categorias é comparada à média de São Paulo, cidade usada como referência.

O levantamento surgiu da demanda crescente das empresas, principalmente após a pandemia, para obter dados relativos ao poder de compra em diferentes cidades do país, que servem de base para elaboração ou equalização de pacotes de remuneração de profissionais transferidos e/ou contratados em outras regiões. O estudo também tem como inspiração a tradicional pesquisa “Custo de Vida Internacional” da Mercer, focada na população expatriada e realizada desde 1990. “Para a realização da pesquisa nacional, “tropicalizamos” a cesta de produtos da nossa pesquisa global, mantendo as mesmas premissas, categorias e metodologia”, explica Inaê Machado, líder de Mobilidade Nacional e Internacional na Mercer Brasil. “Procuramos considerar uma abordagem justa, neutra e o mais simples possível. Cada cidade é avaliada usando as mesmas mercadorias e marcas, por exemplo, para fornecer esta comparação de custos de maneira assertiva”, comenta.

A pesquisa sobre custo de vida nacional revela que a categoria “serviços domésticos”, que inclui itens como diária para limpeza, babá e serviços de lavanderia, é a que mais pesa no orçamento. A cidade de Porto Alegre (RS), por exemplo, é a mais cara nesta categoria, com custo de vida 7% maior que em São Paulo, cidade usada como referência. Já Fortaleza (CE) e Recife (PE) registram um custo menor nesta categoria sendo 34% abaixo da média paulista.

Outro ponto mostrado pelo estudo é que a cidade do Rio de Janeiro (RJ) apresenta, na categoria “refeição fora de casa”, custo 4% maior que o praticado na capital paulista. Fortaleza, na outra ponta, apresenta o menor custo nessa categoria (-32%).

Esporte e lazer é a categoria que ocupa a terceira posição do ranking. Esta categoria analisa itens como aluguel de quadra de futebol e tênis, ingressos de cinema e shows entre outros. O estudo mostrou que o diferencial de nesse Item, pode variar em até 51% entre as cidades. Manaus (AM), lidera como a cidade mais cara para a prática esportiva e de lazer (16%), seguida por Camaçari (BA) (13%), Balneário Camboriú (SC) e São José dos Campos (SP) (6%). Belo Horizonte (MG) apresentou-se como a cidade mais barata nesse tópico (-23%).

Seguindo o ranking, o Rio de Janeiro (RJ) lidera como a cidade mais cara nas categorias cuidados pessoais e roupas e calçados, nos dois casos com valores 11% acima dos praticados em São Paulo (SP). Nesse tópico, Campo Grande (MS) é a mais barata (-25%).

O consumo de álcool e tabaco é mais dispendioso em Recife (PE), sendo 4% mais alto do que em São Paulo. Já em Manaus (AM), o custo é 25% menor.

Já a categoria “refeição em casa” tem a cidade de Camaçari (BA) com maior valor praticado, 7% acima do município referência, seguida de perto por Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT) e Campinas (SP), todas com 6%. Na outra ponta, João Pessoa (PB), tem o custo mais baixo nesse quesito, sendo 19% menor.

Serviços de utilidade pública, que inclui itens como energia elétrica e telefonia, podem variar em até 30%, entre a cidade mais barata e a mais cara. A cidade de Curitiba (PR) é mais cara (28%), seguida Fortaleza (CE) (20%), por Rio de Janeiro (RJ) (18%), Belo Horizonte (MG) e Campo Grande (MS) (17%). Essa cesta é menos dispendiosa em Camboriú (SC) (-2%).

Goiânia (GO), aparece como a cidade mais cara (15%) na categoria de suprimentos domésticos, que inclui itens como máquina de lavar roupas, micro-ondas, geladeira, ferro elétrico entre outros. Em contrapartida, Recife/PE e Campinas (SP) estão listadas como as cidades mais baratas (ambas 6%).

Fechando o ranking, a categoria transporte, que analisa desde preço de veículos 0 KM, como valor do transporte público, litro da gasolina, IPVA, tarifa de táxi, e itens de seguro e manutenção automobilística, traz a cidade de Porto Alegre (RS) como a mais cara (6%), tendo Campinas (SP) a mais barata (-2%).

A pesquisa

A pesquisa “Custo de Vida Nacional” mede a variação de preços comparativos de aproximadamente de 200 itens divididos em 10 categorias. Utilizando essa cesta e premissas, São Paulo foi usada como base e comparada a outras 16 cidades brasileiras. A escolha de São Paulo como referência se deve ao fato de a metrópole ser o maior centro comercial do Brasil.

Pesquisadores independentes baseados em cada cidade foram responsáveis pela coleta de preços de aproximadamente 200 itens reagrupados nas categorias: Serviços Domésticos; Refeição fora de casa; Esporte e Lazer; Cuidados Pessoais; Álcool e Tabaco; Roupas e Calçados; Refeição em casa; Serviços de utilidade pública; Suprimentos Domésticos; e Transporte.

Mercer

A Mercer acredita na construção de um futuro brilhante, redefinindo o mundo do trabalho, remodelando a aposentadoria e os resultados dos investimentos e proporcionando saúde e bem-estar reais. São aproximadamente 25.000 funcionários da Mercer, que estão baseados em 43 países e com operação em mais de 130 países. A Mercer é uma empresa da Marsh McLennan (NYSE: MMC), empresa líder mundial em serviços profissionais nas áreas de risco, estratégia e pessoas, com 76.000 colegas e receita anual de mais de US$ 17 bilhões. Por meio de seus negócios líderes de mercado, incluindo Marsh , Guy Carpenter e Oliver Wyman , a Marsh McLennan ajuda os clientes a navegar em um ambiente cada vez mais dinâmico e complexo.

 

Foto: Inaê Machado, líder de Mobilidade Nacional e Internacional na Mercer Brasil.

Crédito: Divulgação.

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