MERCADO REDUZ EXPANSÃO DO PIB A 2,30% E SELIC A 7,50% EM 2012

Diante da dificuldade que a economia brasileira vem mostrando em
deslanchar e dos dados fracos de atividade, o mercado reduziu a projeção
sobre a Selic neste ano e cortou pela sexta semana seguida a
perspectiva para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com relatório Focus do Banco Central divulgado nesta
segunda-feira (18), analistas agora preveem que a taxa básica de juros
do país terminará 2012 em 7,50%, depois de cinco semanas estimando 8%.
Para o PIB, o mercado reduziu a previsão de crescimento de 2,53% para
2,30%. Com isso, os agentes econômicos continuam estimando que o
crescimento em 2012 ficará abaixo do já fraco desempenho do ano passado,
quando a expansão foi de apenas 2,7%.
Para 2013, as previsões agoram apontam para um PIB crescendo 4,25%,
depois dos 4,30% da semana anterior. Já para a Selic no período, o
mercado não mudou suas contas, prevendo a taxa encerrando o ano a 9%.
Diante do ritmo lento da atividade no Brasil, a equipe econômica já
abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5% do PIB para este ano
e fala em algo em torno de 3%.
O PIB cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre do ano comparado com os
últimos três meses de 2011, mostrando que a economia brasileira ainda
patinava. O pior cenário é na indústria, cuja produção registrou a
segunda queda seguida em abril, ao recuar 0,2% frente a março.
Com isso, o governo tem se esforçado para fazer a atividade econômica
no país voltar a crescer com mais vigor, adotando novas medidas de
incentivo. A última foi dada na semana passada, quando anunciou uma
linha de crédito de R$ 20 bilhões para que os Estados possam realizar
investimentos em infraestrutura.
O BC, por sua vez, também tenta ajudar nessa recuperação, ao ter
reduzido a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado, para a
mínima recorde de 8,50% ao ano atualmente.
A ata da última reunião do Copom mostrou que a autoridade monetária
continuou indicando que deve fazer novos cortes na taxa básica de juros
do país com “parcimônia.”

Inflação

Diante de sinais de arrefecimento da inflação nas últimas semanas, o
mercado continuou reduzindo suas estimativas para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano, que passou de
5,03% para 5%. Para 2013, a expectativa foi cortada de 5,60% a 5,54%.
Na sexta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice
Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou em junho para 0,73%, ante alta
de 1,01% no mês passado.
Outro sinal de perda de força dos preços foi o IPCA de maio, cuja alta desacelerou a 0,36% em maio, após subir 0,64% em abril.
Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o
fim de 2012 agora é de R$ 1,95 por dólar, frente a R$ 1,90 por dólar na
semana passada.

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