MERCADO VALORIZA SENSO DE ORGANIZAÇÃO

Papéis empilhados, canetas, canecas e uma infinidade de objetos
espalhados pela mesa. A cena pode ser comum para muitos profissionais. A
desorganização acaba sendo o caminho mais curto para as pessoas frente ao
número de atividades diárias. Os compromissos são tantos que as tarefas mais
“simples”, como arrumar a mesa e organizar os arquivos, fica para segundo
plano, o que gera inúmeros problemas de rendimento e afeta a
produtividade. 
O professor de gestão de pessoas dos
cursos de pós-graduação e MBA da IBE-FGV, Sergio Miorin, alerta que a
desorganização pode afetar tanto a imagem do profissional quanto da empresa,
pois impacta diretamente nos resultados. “É uma situação que altera a
produtividade e pode gerar diversos prejuízos para a carreira e para a companhia.
Quando a pessoa procura algo e não acha, por exemplo, provoca uma insatisfação
geral. Ademais, esse momento normalmente acontece quando todos estão com muita
pressa. Assim, um problema começa a puxar o outro”, aponta.
A especialista em recrutamento e
diretora da Business Partners Consulting, Viviane Gonzalez, aponta que a
desorganização de um profissional pode afetar toda a equipe. Se o desorganizado
em questão for o líder, a situação gera consequências ainda maiores.  “A
grande perda é financeira. Além disso, a imagem fica sempre desgastada e a
relação mais complicada. As reuniões de feedback são
estrategicamente importantes nessas situações. É nesse momento que tanto
líderes como liderados podem externar as suas dificuldades e incômodos e crescerem
juntos”, diz.
Miorin e Viviane revelam que,
atualmente, o senso de organização dos profissionais é motivo de preocupação
por parte das empresas até mesmo nos processos de seleção. “Algumas empresas,
quando vão contratar um chefe de cozinha, por exemplo, vão até a casa desse
candidato sem avisar e pedem para conhecer a sua cozinha. Deduzem que se o
profissional não tem organização na sua própria casa, também não terá no
ambiente de trabalho. Quem é desorganizado em casa geralmente é em outros
lugares, pois, normalmente o comportamento se repete”, afirma o professor.

Os especialistas orientam que a
primeira atitude rumo à mudança é identificar se a pessoa é mesmo
desorganizada. Para isso, uma simples conversa entre amigos e até mesmo com os
gestores imediatos pode revelar se o colaborador possui esse perfil ou não. “Em
seguida, é preciso ter muita disciplina, senso de percepção e, em alguns casos,
buscar conhecimentos específicos em cursos de gerenciamento de tempo e
capacitações voltadas à organização corporativa. Na mudança, é preciso se
policiar o tempo todo”, explica Viviane.
Foto 1 – Especialista em recrutamento e diretora da Business Partners Consulting, Viviane Gonzalez.
Foto 2 – Professor de gestão de pessoas dos cursos de pós-graduação e MBA da IBE-FGV, Sergio Miorin.

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

VIRACOPOS DEVE RECEBER 248 MIL PASSAGEIROS NO FERIADO DE PÁSCOA

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), deve receber 248 mil passageiros entre esta …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn