MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES VISITA CPqD E CONSTATA AVANÇO DE TECNOLOGIAS

O
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo esteve na última terça feira (19/03)
no CPqD em Campinas onde participou da inauguração da primeira fase de um novo
laboratório que vai funcionar como ambiente de teste e medição para as
tecnologias móveis de quarta geração (4G) padrões LTE (Long Term Evolution) e
LTE-Advanced. Paulo Bernardo também acompanhou a primeira demonstração pública da
solução de rede sem fio de quarta geração (4G) que vem se desenvolvendo no CPqD
com base na tecnologia LTE (Long Term Evolution) na faixa de 450 MHz, já com o
modelo industrial dos equipamentos que compõem a rede de acesso. O ministro das
comunicações, Paulo Bernardo acompanhou ainda no CPqD uma transmissão experimental
entre Campinas e São Paulo (ida e volta, num total de 330 quilômetros) que atingiu
a velocidade de 2 Terabits por segundo (Tb/s) em um único canal no laboratório
de comunicações opticas da instituição.

A inauguração do novo laboratório de teste e medição para as tecnologias móveis
de quarta geração (4G) permitirá realizar testes simulando todas as condições
de operação em campo dos equipamentos destinados a redes 4G, o que inclui a
interoperabilidade entre produtos de fornecedores diferentes, de acordo com os
padrões brasileiros e internacionais. “Para isso, estamos montando uma infraestrutura
moderna, que hoje não tem similar na América do Sul”, afirma Hélio Graciosa,
presidente do CPqD. “Por meio dela, pretendemos atender essa nova necessidade
tanto da indústria como das operadoras que atuam no país”, completou.

O gerente
responsável pelo projeto Lab 4G e também pelos laboratórios de testes em
terminais e equipamentos do CPqD, Roberto Noritaka, disse que o diferencial
dessa infraestrutura está na possibilidade de realizar testes de conformidade
dos terminais de acordo com as especificações da Anatel e, também, do 3GPP (3rd
Generation Partnership Project), do GCF (Global Certification Forum) e do PTCRB
(fórum de certificação para operadoras móveis da América do Norte).

O
objetivo do projeto é pesquisar e desenvolver métodos e testes no padrão 4G, de
modo a atender às necessidades da indústria brasileira de equipamentos – que
poderá obter no Brasil o selo de conformidade com padrões internacionais -, da
Anatel e ainda das operadoras de telecomunicações, que poderão utilizar a
infraestrutura do CPqD em simulações de ambientes reais de redes LTE. Além da
interoperabilidade, os testes disponíveis no novo laboratório permitirão
avaliar a conformidade técnica de rádio e de protocolos, levando em conta
características específicas da tecnologia sem fio de quarta geração – como a
inteligência da rede para realizar o próprio balanceamento de carga. Também
estão previstos ensaios de compatibilidade dos novos terminais 4G com o legado
(redes 2G e 3G).


O
ministro Paulo Bernardo ficou muito satisfeito com o que viu na infraestrutura
do laboratório. “Esse laboratório de testes é muito importante, não só porque
vai trazer receita para o CPqD, mas porque vai permitir garantir a qualidade
dos equipamentos vendidos no país”, afirmou o ministro.

Durante
o teste da solução LTE em 450 MHz do CPqD, o
ministro
fez uma
chamada de voz com vídeo para uma escola, a partir das instalações do
laboratório do CPqD onde a solução vem sendo desenvolvida.Para tornar possível a demonstração, foram instalados na
escola protótipos do modelo industrial de estações radiobase LTE em 450 MHz e,
ainda, de terminais de acesso fixo/nomádico com interfaces para telefone e
internet.
“Estamos trabalhando na implantação da tecnologia 4G, apostando que vai ser um
salto muito grande para o país”, disse Paulo Bernardo. “Isso inclui a área
rural, que poderá ser atendida com qualidade com a tecnologia LTE na faixa de
450 MHz, como acabamos de ver na demonstração realizada aqui”, acrescentou.

A nova
tecnologia, que permitirá levar a banda larga a áreas rurais e suburbanas do
país, foi testada por Paulo Bernardo, que na demonstração a utilizou para
conversar com crianças de uma escola pública municipal de Campinas, localizada
nas proximidades do CPqD – e que apresenta limitação de acesso à internet pelos
meios de comunicação convencionais.

No
laboratório de comunicações ópticas Paulo Bernardo acompanhou um marco importante dentro do
projeto que vem conduzindo com o objetivo de desenvolver uma nova geração de
sistemas ópticos de altíssima velocidade, voltados para aplicações de banda
larga. O resultado obtido nessa experiência de campo foi possível graças ao uso
da tecnologia de transmissão Supercanal (SuperChannel), na qual o laboratório
de comunicações ópticas do CPqD vem trabalhando desde 2011 – e que já havia permitido
alcançar a velocidade de 1 Tb/s. “Foi a primeira transmissão do país a alcançar
essa velocidade em campo, usando uma rede experimental já implantada – a Rede
GIGA”, afirma Julio César Rodrigues de Oliveira, gerente de Sistemas Ópticos do
CPqD. “Trata-se de uma capacidade, por canal, 20 vezes maior do que os sistemas
de 100 Gb/s atualmente disponíveis”, acrescenta. Para dar um exemplo do que
isso significa, ele diz que essa velocidade permitiria transmitir dez filmes
completos em alta definição (ou Blu-ray) por segundo.

O
resultado obtido nessa experiência de campo foi possível graças ao uso da
tecnologia de transmissão Supercanal (SuperChannel), na qual o laboratório de
comunicações ópticas do CPqD vem trabalhando desde 2011 – e que já havia
permitido alcançar a velocidade de 1 Tb/s. “Agora fizemos mais um avanço, que
mostra que estamos alinhados com o estado da arte mundial na área de
comunicações ópticas”, enfatiza Oliveira.

Com a
tecnologia Supercanal, é possível ter várias portadoras (feixes de luz) em um
único canal, o que amplia sua capacidade de transportar informações e a
eficiência espectral. Na experiência realizada pelo CPqD, para chegar a 2 Tb/s,
foram geradas 45 portadoras em um canal, cada uma delas transportando 50 Gb/s.

Batizado
de 100 GETH (Gigabit Ethernet), o projeto do CPqD na área de sistemas de
comunicação óptica para banda larga, com base na tecnologia WDM (Wavelength
Division Multiplexing), vem sendo desenvolvido há cerca de três anos. As
tecnologias geradas dentro desse projeto são transferidas para a Padtec, empresa
brasileira responsável pela industrialização e comercialização dos produtos no
mercado global.

O ministro Paulo Bernardo destacou o interesse do
governo federal em investimentos nessa área. “Estamos planejando grandes
investimentos em fibra óptica no país, para atender uma determinação da própria
presidente de dar um salto nessa área”, disse.

 

 

 

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