NA ESTEIRA DA COP26, COMPREGADOS VÊ SEU VALOR DE MERCADO EXPLODIR

O aplicativo CompreGados, lançado em 2019 com o objetivo de fomentar a compra e venda de animais, maquinários agrícolas e propriedades rurais pela internet, viu sua valorização “explodir” depois da COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada no mês passado, em Glasgow, na Escócia. O valuation futuro da empresa pode atingir até R $ 8 bilhões. “Após a COP26, nosso app saiu fortalecido, pois ele está alinhado ao que o mundo espera hoje das empresas ligadas ao agronegócio: fazendas sustentáveis, privilegiar o bem-estar animal, ter boas práticas ambientais. Os pecuaristas precisam de implementar, por exemplo, um ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) … E tudo isso faz nossa plataforma crescer ”, explica o empreendedor paulista Ciro Thiago Neto, idealizador do app.

O CompreGados é um aplicativo que une a ponta vendedora de gado e outros animais à ponta compradora, em qualquer parte do País, a poucos cliques no celular. O negócio gerado durante a pandemia com a suspensão dos leilões presenciais, que na avaliação de Thiago Neto não precisa mais espaço neste mundo pós COP26. “Os leilões presenciais vão acabar, porque o manejo até os locais do leilão causa muito estresse aos animais, gerando perca de peso e um custo alto ao produtor. Isso sempre existiu, mas hoje há uma preocupação e um interesse real em mudar essa realidade. E o principal propósito do nosso aplicativo é a sustentabilidade, além de promover o bem-estar animal ”, diz.

Durante a COP26, diante de representantes de 190 países, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir como baixar de carbono em 50%, até 2030. Isso impacta diretamente na agropecuária nacional. De acordo com uma estimativa do Observatório do Clima, como taxas de gás metano no rebanho bovino representam 17% de todos os gases de efeito estufa do País.

A partir de agora, será necessário passar conforme as mudanças para diminuir as transferências, como fazer uma rotação de pastagem, para que a vegetação tenha tempo de se recuperar; usar suplementos alimentares para reduzir a presença de capim na alimentação dos bois, e cuidar da fertilidade do solo, com uso de nutrientes e leguminosas, além de implementar o sistema ILPF nas fazendas e diminuir o tempo de abate dos animais. Apesar de já ser uma realidade, no Brasil ainda são bilionários como fazendas sustentáveis que abatem animais com 12 meses.

É no esteio dessas mudanças que o CompreGados se valorizou. Desde sua criação, o app já gerou mais de R $ 1,8 bilhão em anúncio pela plataforma, com mais de 500 mil animais atualmente cadastrados, individualmente ou em lotes, principalmente em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso , Bahia, Goiás e Paraná.

A taxa de conversão (de negócios concretizados) em dois anos é de 42%. “Se a gente cobrasse, por exemplo, 4% em cada transação, isso daria quase R $ 3 milhões de lucro mensal”, diz.

Atualmente, o aplicativo não cobra dos usuários que utilizam uma plataforma para gerar negócios, mas pretende cobrar futuramente. “Estamos mudando o CompreGados e estudando uma forma de cobrança no estilo gateway, como Mercado Livre. Com isso, o valuation da empresa vai ficar muito maior. Fizemos uma simulação que deu entre 4 e 8 bilhões de reais o valor do aplicativo ”, afirma Thiago Neto.

 

Foto:  CEO do CompreGados, Ciro Thiago Neto.

Crédito: Divulgação.

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