O MELHOR PARTO É O QUE É MAIS INDICADO PARA A GESTANTE

O COVID-19 chegou e transformou tudo no mundo. O momento da gestação e do parto, que para muitas mulheres e famílias é uma fase única e gratificante, pode tornar-se, durante a pandemia, um tempo de dúvidas e ansiedade.

Uma das questões mais recorrentes é quanto ao parto. De acordo com a Coordenadora do Pronto Socorro de Ginecologia do Vera Cruz Hospital, Dra. Vanessa de Souza Santos Machado, muitos acham que a cesárea é mais segura para evitar a contaminação pelo vírus, no entanto, não é verdade. “O tipo de parto deve levar em conta a indicação médica para cada paciente e a vontade da mulher. Esse fator não mudou com a pandemia”, frisa.

Outra dúvida que pode pairar na mente das gestantes é se pode sair de casa para fazer o pré-natal ou se é melhor ficar reclusa de quarentena. Dra. Vanessa salienta que a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é manter a rotina de acompanhamento, tomando os devidos cuidados de higiene. Em consulta deve manter-se firme quanto a lavagem de mãos ou uso de álcool em gel, evitar tocar o rosto, usar máscaras e evitar aglomerações. “As grávidas com síndrome gripal devem adiar as consultas em 14 dias para dar tempo do Novo Coronavírus se manifestar, se for o caso. Se necessário, deve seguir para o hospital para atendimento em local adequado para evitar contágio de outros pacientes”, alerta.

Dra. Vanessa diz que o ideal é a gestante procurar atendimento médico precocemente se estiver com febre, cansaço tosse ou dificuldade de respirar. “Às vezes os sintomas da própria gestação, como cansaço e leve falta de ar ao esforçar-se, podem confundir a gestante e, na persistência dos sintomas e da dúvida, sempre procure o médico”, recomenda a especialista.

Pense em si e no bebê

Para desviar a atenção dos temores infundados e curtir as peculiaridades da gravidez, a médica aconselha à mulher reservar momentos para cuidar de si, exercitar-se, comer adequadamente, hidratar-se e procurar ter horas de lazer. “Ligue para parentes ou amigos queridos e mantenha contato com a equipe de saúde”, sugere.

Outra iniciativa que mantém a tranquilidade da grávida é montar um plano de parto e o pós parto. Entre as dicas que Dra. Vanessa dá para apaziguar a ansiedade é incluir nas anotações a quem telefonar quando entrar em trabalho de parto, quem acompanhará o nascimento (sim, por lei a gestante pode ter um acompanhante), quem ficará na maternidade, quem cuidará dos filhos em casa (se houver), quem ajudará no puerpério, entre outras providências. “Durante a pandemia, as maternidades permitem um visitante apenas e é importante restringir as visitas ao recém-nascido também”, avisa.

A médica lembra de um relato recente de um caso francês que trouxe o primeiro recém-nascido que supostamente foi infectado dentro da barriga da mãe. “Mas ainda é muito precoce fazermos mais especulações, pois os estudos ainda estão sendo realizados e sabemos que a maioria dos bebês não nasce contaminado mesmo se a mãe estiver com COVID-19 no momento do parto”, tranquiliza.

Segundo ela, a amamentação deve ser estimulada e mantida mesmo em pacientes com COVID – claro se a mãe estiver em condições de saúde para isso – com as devidas precauções, como uso de máscara, lavagem das mãos, estar com os cabelos presos, entre outros cuidados. “Se a mãe não se sentir confortável para amamentar, pode ser feita a ordenha do leite e oferecer no copinho ao recém-nascido”, aponta.

Futura mamãe tem atendimento exclusivo

O diretor presidente do Vera Cruz Hospital e Vera Cruz Casa de Saúde, Erickson Blun, reforça que pacientes que chegam com sintomas do COVID-19 são direcionados para o Vera Cruz Casa de Saúde, que tornou-se um centro de cuidado na fase da pandemia. Gestantes e seus familiares e pessoas a procura de terapias diversas têm um acolhimento diferenciado.

Desde que a pandemia começou, o Vera Cruz Hospital, que tem duas entradas em endereços diferentes, mudou o fluxo de atendimento das gestantes. Elas passaram a entrar pelo acesso de internação, na Rua Onze de Agosto, e não pelo Pronto-Socorro, na avenida Andrade Neves, como era anteriormente. “A segurança da futura mamãe é muito importante para nós!”, destaca Blun.

Álcool em gel na entrada e distribuídos nos interiores, disponibilização de máscara, procedimentos que conduzem ao distanciamento social, entre outras iniciativas contribuem para o que os demais processos do hospital ocorram com confiança. “Investimos e seguimos investindo em conhecimentos e recursos que visam segurança e eficiência no combate à COVID-19. O nosso compromisso de qualidade abrange os colaboradores, pacientes e médicos”, ressalta.

É importante lembrar que recentemente, o setor de obstetrícia do hospital foi reforçado pelo Centro de Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal, na unidade estendida à Rua Gonçalves César, 158, no Jd. Guanabara.

O local tornou-se referência na missão de auxiliar as mães neste momento tão delicado, que é o de enfrentar uma gravidez complicada. O serviço, que proporciona acompanhamento integral da paciente desde a concepção, pré-natal e parto, tem por objetivo proporcionar um diagnóstico precoce e assertivo por meio de um atendimento cuidadoso, que une especialistas assistenciais de renome e equipamentos de última geração e que segue todos os protocolos adequados para diminuir os riscos maternos e neonatais. “Estamos preparados para realizar todos os serviços e procedimentos em torno da gestação de risco, como o aconselhamento genético pré-concepcional para situações de risco potencial e todo cuidado especial para trazer conforto e a segurança que a gestante precisa”, destaca o coordenador do Centro, Dr. Marcelo Nomura.

 

Foto 1 – Dr. Marcelo Nomura, coordenador do Ambulatório de Gestação Alto Risco do Vera Cruz Hospital.

Foto 2 – Entrada para a ala exclusiva para gestantes no Vera Cruz Hospital.

Foto 3 – Parte da estrutura da unidade Gestação de Alto Risco, unidade externa do Vera Cruz Hospital no Jd. Guanabara

Foto 4 – Apartamento equipado na medida para acolhimento da futura mamãe no Vera Cruz Hospital.

Crédito: Divulgação.

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