OPEN BANKING AVANÇA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE E IMPULSIONA INOVAÇÃO E INCLUSÃO FINANCEIRA

OPEN BANKING AVANÇA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE E IMPULSIONA INOVAÇÃO E INCLUSÃO FINANCEIRA

A transformação digital do setor financeiro está ganhando força na América Latina e no Caribe com a crescente adoção do Open Banking, um modelo que permite o compartilhamento seguro de dados entre instituições financeiras por meio de APIs abertas. Impulsionado por regulamentações emergentes e pela demanda por serviços financeiros mais acessíveis, o Open Banking vem se consolidando como uma força motriz de inovação e inclusão econômica na região.

De acordo com o Latam Fintech Hub, mais da metade dos países latino-americanos já iniciaram a implementação de regulamentações externas relacionadas ao Open Banking. Países como Brasil e México estão na vanguarda, com estruturas regulatórias mais robustas, enquanto outros como Colômbia, Chile, Argentina e Peru ainda estão em estágios exploratórios, com avanços variáveis.

Durante a Fintech Americas deste ano, Lily Mendia, Head de Global Banking para a América Latina da Galileo Financial Technologies, destacou os benefícios e os desafios do modelo. “O Open Banking permite que instituições compartilhem dados de forma segura para negociar serviços terceirizados, promovendo concorrência, reduzindo custos e melhorando a experiência do consumidor”, afirmou Mendia. Ela também chamou atenção para os obstáculos estruturais e regulatórios enfrentados por diversos países da região, além das dificuldades relacionadas à padronização e interoperabilidade entre sistemas.

Desafios regulatórios, tecnológicos e de confiança

Apesar do avanço significativo, o Open Banking ainda encontra barreiras importantes. A ausência de regulamentações unificadas em muitos países da região gera incertezas jurídicas e operacionais, tanto para instituições quanto para consumidores. “É essencial proteger dados sensíveis, harmonizar estruturas entre países e educar os usuários sobre os riscos e benefícios do modelo”, explicou Mendia.

A confiança do consumidor também é um entrave. Segundo o relatório EY Fintech Adoption Index, apenas 28% dos consumidores latino-americanos aderiram plenamente às plataformas de Open Banking, em grande parte devido a preocupações com a segurança dos dados e a privacidade.

Além disso, a infraestrutura tecnológica de muitas instituições financeiras ainda não está preparada para suportar a integração com APIs. Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revelam que 40% dos bancos da região ainda estão nos estágios iniciais de implementação do Open Banking.

Crescimento do ecossistema fintech

Em paralelo ao avanço do Open Banking, o ecossistema fintech latino-americano vive um período de crescimento acelerado. Em 2024, o número de startups fintech ultrapassou 3 mil na América Latina e no Caribe — um aumento de 25% em relação ao ano anterior. Brasil, México e Argentina lideram em número de iniciativas, consolidando a região como um hub de inovação financeira.

Na Colômbia, a adoção recente de padrões de Open Finance tem sido vista como um passo estratégico para ampliar a inclusão financeira e fomentar a criação de soluções transfronteiriças. “Aconselhamos que bancos e fintechs se engajem com esses padrões desde cedo, mesmo antes de sua obrigatoriedade, para garantir vantagem competitiva”, disse Mendia.

O papel da Galileo Financial Technologies

A Galileo Financial Technologies, operada de forma independente pela SoFi Technologies, Inc., tem desempenhado um papel essencial no avanço do Open Banking na região. A empresa oferece uma plataforma segura, escalável e orientada por APIs que permite a bancos e fintechs criarem soluções financeiras diferenciadas. “Um dos grandes desafios é integrar APIs sem substituir sistemas legados. Na Galileo, atuamos junto aos clientes para construir uma base digital robusta, que viabilize os serviços de Open Banking”, concluiu Mendia.

À medida que a América Latina e o Caribe continuam a trilhar o caminho da inovação financeira, o Open Banking se destaca como uma oportunidade concreta para promover inclusão, modernização e competitividade. Vencer os desafios regulatórios, tecnológicos e de confiança será fundamental para transformar o potencial do Open Banking em benefícios reais para milhões de consumidores da região.

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