Panorama de Negócios
A operação padrão dos auditores da Receita Federal do Brasil tem causado inúmeros transtornos às empresas que atuam na área de comércio exterior no aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas (SP) e também nas demais alfândegas do país. A categoria reivindica 38% de aumento, mas por enquanto o governo Federal não abriu um canal de negociação com a categoria.
O diretor de comércio Exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, Anselmo Riso, afirma que a situação está trazendo problemas para as empresas da região de Campinas. “Isso está agravando ainda mais o nosso custo Brasil, pois o exportador está tendo a sua mercadoria com um tempo maior parada na área de embarque, onde está tendo um custo de armazenagem acima daquilo que ele tinha a perspectiva. Na exportação os tempos de liberação que para as empresas que tem regimes especiais como Linha Azul e Recof, que variavam horas hoje estão demorando de dois a três dias e para as empresas que não tem esse regime já estão demorando de oito a 10 dias e isso faz com a gente perca a credibilidade em atendimento aos nossos clientes”, explica.
Na avaliação de Anselmo Riso a melhor ação nesse momento é sensibilizar o governo para que receba uma comissão dos fiscais para entender as reivindicações. Caso isso não ocorra o Ciesp Campinas vai tentar ações jurídicas como um mandado de segurança, mas para isso é necessário argumentos para validar este tipo de ação. “A tendência é de piora da situação, uma vez que os fiscais podem a qualquer momento redirecionar as mercadorias que estão no canal que tem a sua liberação. Eles podem interromper a operação padrão e fazer efetivamente uma paralisação e isso nesse momento em que nossas indústrias estavam começando a reagir, apesar de toda a crise no exterior, com algumas exportações mais uma vez a gente vai perdendo a credibilidade e a competitividade na questão da logística e na flexibilidade de atender as necessidades do cliente”, afirma.
