PARALISIA DA ECONOMIA PROVOCA 750 DEMISSÕES EM MAIO NO CIESP CAMPINAS

A indústria da região de Campinas registrou o segundo pior saldo negativo para um mês de maio nos últimos 16 anos desde o início da série histórica em 2003 com 750 demissões. No ano o acumulado também é negativo, com 1,4 mil postos de trabalho fechados. Esses números foram divulgados pela diretoria do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas. O diretor em exercício do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, disse que a economia está parada e os empresários estão aguardando um fato novo que é a Reforma da Previdência e depois a Reforma Tributária. “As empresas estão paradas na expectativa das reformas e ninguém quer colocar dinheiro novo nesse momento, portanto o emprego é prejudicado”, explica

Para o diretor em exercício do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, alguns sinais positivos apontam para a retomada nos próximos meses, como o crescimento da arrecadação anunciado recentemente, mas ele frisa, que esse quadro pressupõe a aprovação pelo Congresso dessas reformas mais urgentes. “A partir do momento em que houver uma reforma da previdência, o empresário começa a investir na empresa. Havendo oferta de produto, venda, aumentam as contratações. O governo está tentando liberar créditos para colocar dinheiro na economia. Tudo isso faz a economia girar”, diz.

A pesquisa de sondagem industrial feita junto aos empresários associados ao Ciesp Campinas aponta que o volume de produção em maio na comparação com abril diminuiu para 35,9% dos respondentes. Permaneceu estável para 28,21% e aumentou para 35,9%.

O faturamento da empresa diminuiu para 25,64% dos entrevistados. Ficou estável para 35,9% e aumentou para  38,46% dos respondentes.

O nível de utilização atual da capacidade instalada de produção aponta que 20,51% estão na faixa entre 0% e 50%. Entre 50,1% e 70% estão 35,9% dos respondentes. Na faixa entre 70,1% e 80%, estão 25,64% e na faixa entre 80,1% e 100%, uma faixa reduzida de 17,95%.

A sondagem aponta ainda que 46,15% dos empresários não pretende realizar investimentos nos próximos 12 meses. Outros 23,08% pretendem atualizar o maquinário existente e 28,21% pretende ampliar o número de máquinas. Apenas 2,56% vai reduzir o nível de produção.

A pesquisa também acompanhou a avaliação dos industriais se está faltando articulação política do governo para a aprovação das reformas e nesse sentido 61,54% disseram que sim e 10,26% que não. Para 28,21% é impossível aprovar reformas com esse Congresso.   

O diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, afirmou que as exportações da indústria regional em maio foram de US$ 280,6 milhões, 26,3% maiores que maio de 2018 que haviam sido de US$ 222,2 milhões e  as importações de US$ 992,86 milhões, 21,8 % maiores que maio de 2018, quando ficaram em US$ 815, 4 milhões. O déficit comercial em maio de 2019 foi de US$ 712,3 milhões. A corrente de comércio exterior, que é a soma das exportações e importações em maio foi de US$ 1,27 bilhão.

Na apresentação das pesquisas, o diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, destacou a expectativa positiva com a desburocratização nos processos de exportações, principalmente para os micro e pequenos empresários. “Avaliamos que alguns nichos de exportações, principalmente na área de alimentação, como doces diferenciados, cachaças e vestuários personalizados com pedras brasileiras, tem possibilidade de grande atração no mercado internacional, principalmente para os chineses, que podem se tornar grandes compradores desses produtos brasileiros”, acrescentou Riso.

 

Foto 1 – Diretor em exercício do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa.

Foto 2 – Diretor de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações

 

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