PEDAGOGA DÁ ALGUMAS DICAS E DIZ QUE É POSSÍVEL CURTIR AS FÉRIAS LONGE DA TECNOLOGIA

Tirar o protagonismo do tablet e do computador, durante as férias, é possível? “Sem dúvidas!”, é o que responde a pedagoga Maibí Masimg_6881carenhas, coordenadora da pós-graduação em Educação Inclusiva do IBFE. “As crianças de hoje também querem brincar, assim como as crianças de quaisquer gerações anteriores. Só é necessário criar condições para que isso aconteça. É possível, por exemplo, organizar um piquenique em casa com alguns amigos, frequentar programações locais (das quais muitas são gratuitas) ou separar horários regulares diários para realizar jogos e brincadeiras em família, selecionados de acordo com a idade da criança”, destaca.

O brinquedo, o jogo e a brincadeira já são, intrinsecamente, atividades que promovem a aprendizagem e desenvolvem competências. Segundo Maibí, todas as atividades dos centros de interesse comuns das crianças são educativas, além de recreativas. “Quando a criança de um a três anos brinca com objetos de encaixe, desenvolve a atenção e a coordenação motora. Já quando brinca de “pula, pipoca”, que é uma brincadeira musical, trabalha a percepção, a concentração e a psicomotricidade. Já uma criança de seis anos, quando brinca de pular corda, jogos simbólicos ou ovo choco, automaticamente se relaciona com a contagem, noção de espaço, quantidade, compreensão de regras, espelhamento e socialização. Crianças acima de nove anos, ao participarem de gincanas com desafios e queimada, despertam a coordenação de movimentos, o trabalho em equipe e a criação de estratégias. Estas e outras atividades recreativas desenvolvem aspectos fundamentais para o amadurecimento”, explica.

O ato de brincar é essencial porque desenvolve diversos aspectos e trabalha conceitos através do lúdico. É através do brincar que a criança testa situações, projeta suas próprias leituras sobre contextos específicos e expressa suas habilidades e dificuldades, podendo aprender e colaborar com seus colegas, criar e fortalecer comportamentos e conceitos que refletirão em sua trajetória durante toda a vida. É como um estágio preparatório leve para as etapas posteriores, essencial para todo indivíduo.

São inúmeras as brincadeiras que fazem sucesso entre a criançada. Dentre as internas, estão o ovo choco, adoleta, passa anel, “em que mão está”, detetive, atenção, gato mia e cabra cega. Já entre as externas, estão pega-pega, corda, brincadeiras com bola, queimada, gincanas, ameba e elefante colorido. Parte delas pode ser feita em ambos os ambientes, dependendo do espaço disponível.

A participação da família é fundamental, tanto pela criação e fortalecimento do vínculo afetivo como para, além de divertir-se e reforçar a importância da criança no contexto familiar, promover e mediar situações lúdicas de diversão e aprendizagem. É uma forma importante de conhecer a realidade de cada criança e direcionar eventuais pontos a serem trabalhados, além de ser uma fonte de diversão para todos.

 

Foto: Crianças em atividades tradicionais longe da tecnologia.

Crédito: Divulgação.

 

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