POLÍCIA FEDERAL REALIZA OPERAÇÃO PARA APURAR CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO E LAVAGEM DE DINHEIRO

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11/05), a Operação Black Flag para apurar crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro. No total, 220 policiais federais e 50 auditores servidores da Receita Federal participaram da operação Black Flag. 

A investigação, que resultou em 15 mandados de prisão e 70 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Primeira Vara Federal de Campinas, começou há dois anos e contou com a atuação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal. Os 15 mandados de prisão foram cumpridos em dez municípios de quatro estados do Brasil Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. No total 11 pessoas foram presas, três estão foragidas e uma se apresentou espontaneamente. As prisões são temporárias de cinco dias.

As fraudes foram descobertas a partir de ações fiscais da Receita Federal que detectou movimentações financeiras suspeitas.

Com a instauração do inquérito policial e o avanço das investigações descobriu-se uma complexa rede de pessoas físicas e jurídicas fictícias que chegou a movimentar R$ 2,5 bilhões em operações financeiras, tendo por único objetivo sustentar os integrantes da organização criminosa com alto padrão de vida com a aquisição de veículos de luxo, imóveis, lancha no valor de R$ 5 milhões e até ao patrocínio de esporte automobilístico.

Para proteger o patrimônio foram criadas empresas para assumir a propriedade de bens e blindá-los de eventuais ações fiscais, cujos créditos já apurados pela Receita Federal ultrapassam R$ 150 milhões.

A origem de recursos que iniciou um sistêmico processo de fraude é pública, já que a primeira empresa fictícia obteve um contrato com uma agência de fomento econômico estatal a Desenvolve SP – Agência de Fomento Paulista e outro com a Caixa Econômica Federal, no valor total de R$ 73 milhões em 2011, o que, em valores corrigidos estaria em aproximadamente R$ 100 milhões.

Entre as medidas cumpridas está o bloqueio de contas e investimentos no valor de R$ 261 milhões, sequestro de bens imóveis e congelamento de transferências de bens móveis. Durante as buscas, 20 carros de marcas de luxo, entre elas Porsche, Ferrari, BMW, Mercedes-Benz, Land Rover e Volvo, foram apreendidos. Os agentes também recolheram lanchas em Paraty (RJ).

Também foram apreendidos R$ 1,2 milhão em dinheiro, 302 jóias, 97 relógios, 76 bolsas, 147 garrafas de vinho, 2 quadros, 27 celulares, documentos e uma caixa de RGs falsos que eram usados para abrir as empresas fictícias.

Também foi determinado o afastamento de um Delegado de Polícia Federal do exercício do cargo por 30 dias por conta de uma troca de informações.

O nome da operação é uma alusão à cessação das atividades criminosas da organização assim como ocorre na desclassificação de corredores automobilísticos que infringem os regulamentos e recebem uma bandeirada preta, já que parte dos recursos originários dos crimes financiava o esporte automobilístico dos principais investigados.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, crimes contra a ordem tributária, estelionato, falsidade ideológica e material e organização criminosa.

 

Fotos 1 a 3 – Carros de luxo apreendidos pela Polícia Federal.

Crédito: Polícia Federal

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