PROMINP APROVA DEZ AÇÕES EM PETRÓLEO E GÁS

Um novo modelo de
indução ao desenvolvimento dos fornecedores do segmento de petróleo, gás
natural e naval, os Arranjos Produtivos Locais (APLs), que preveem a concentração
de indústrias no entorno dos empreendimentos da Petrobras, começará a ser
implantado a partir de 2013, com a meta de apresentar os primeiros resultados
concretos até o fim do governo Dilma Rousseff. Resultado de parceria entre
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Petrobras e
Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o projeto prevê o
desenvolvimento regional do entorno em cinco áreas-piloto envolvendo Rio Grande
(RS), Itaboraí (RJ), Ipatinga (MG), Ipojuca (PE) e Maragogipe (BA).

O projeto dos APLs
foi uma das iniciativas aprovadas durante o 9º Encontro Nacional do Prominp
(Programa de Mobilização da indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural),
realizado em Belo Horizonte (MG) essa semana. A iniciativa recebeu apoio do
BNDES para a liberação de recursos destinados a projetos que, efetivamente,
demonstrem se localizar em territórios considerados estratégicos para a cadeia
de fornecedores do setor de petróleo.

O modelo hoje
consolidado no País é o da cadeia de fornecedores, cujo foco final é o produto
e pressupõe dispersão geográfica da indústria. A concepção dos APLs localizados
em territórios com baixo grau de industrialização, ou com industrialização
recente, apresenta, segundo o diagnóstico, diversas vantagens competitivas, entre
elas: localização geográfica competitiva; promoção do desenvolvimento econômico
regional; aumento da produtividade; tamanho e escala da demanda; diversidade de
serviços, soluções e equipamentos utilizados; inovação tecnológica, e redução
da taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas.

O coordenador executivo do Prominp, Paulo Sergio Rodrigues Alonso, lembrou que
o modelo dos APLs tem eficácia comprovada há décadas em países como Cingapura,
Malásia, Taiwan e Coréia do Sul. No Brasil, segundo ele, o desafio será
“passar rapidamente do diagnóstico e planejamento para a execução e
atração das empresas-âncora que serão as indutoras da ocupação territorial do
entorno dos empreendimentos, de forma a viabilizar a prestação dos serviços
necessários ao funcionamento da cadeia de fornecedores”.

No Painel sobre
Produtividade: desafios para o setor de petróleo e gás foi definido o
aprimoramento da forma de articulação da cadeia de fornecedores, sob a
coordenação do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval
e Offshore (Sinaval) e a implantação do Programa de Excelência para a
Produtividade, que terá coordenação conjunta da Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e da Confederação Nacional da
Indústria (CNI).

No Painel sobre
Tecnologias para construção e montagem offshore foi aprovado o equacionamento
dos instrumentos de estímulo à pesquisa, desenvolvimento e inovação para atender
às demandas empresariais, projeto para inserção de novas tecnologias de
construção em montagem (modularização) e criação de novas modalidades de
financiamento para alavancagem do conteúdo local. A coordenação caberá ao
Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. A proposta, que trata
da ampliação da viabilidade de inovação para o conteúdo local via projetos
cooperativos e de acordos de cooperação tecnológica (ACT’s), com garantias de
fornecimento, será reformulada e reapresentada ao Comitê Executivo do Prominp.

No Painel que
tratou do Fortalecimento da Engenharia Nacional e Desenvolvimento de Projetos
Básicos no País foi aprovado o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias de
projeto e de processo, através de parceria tripartite: Operadoras, empresas de
consultoria de engenharia e academia e ações sobre previsibilidade da demanda
de serviços de engenharia e desenvolvimento de modalidades de contratação de
projetos básicos no Brasil.

O Painel que
tratou da Empregabilidade, Qualificação, Certificação e Inserção de
profissionais no mercado de trabalho aprovou a atualização de planejamento e
execução do Plano Nacional de Qualificação Profissional do Prominp,
contemplando técnicos para as obras dos empreendimentos de petróleo e gás para
os estaleiros, para a indústria de bens de capital e programas voltados à
formação de engenheiros de projeto. A promoção de ações para inserção dos
profissionais qualificados no mercado ficará sob a coordenação da CNI. A
Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) ficará encarregada de
coordenar o desenvolvimento e a implantação de um sistema de certificação
profissional para trabalhadores do setor de petróleo e gás, contemplando a
inserção da multifuncionalidade para esses trabalhadores.

Prominp

Instituído em
dezembro de 2003 pelo decreto nº 4925 do Governo federal, e coordenado pelo
Ministério das Minas e Energia e pela Petrobras, o Programa de Mobilização da
Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) tem estruturado um
conjunto de mais de 150 iniciativas estratégicas relacionadas aos diversos
fatores que impactam a competitividade da indústria. O objetivo das ações é
auxiliar no equacionamento dos gargalos detectados e, dessa forma, maximizar a
participação da indústria nacional na implantação de projetos do setor de
petróleo e gás natural no País e no exterior.
Crédito da foto:Agência Petrobrás
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