QUE EXEMPLO O COMÉRCIO, PRINCIPALMENTE O VAREJO, PODE TIRAR DA ATUAL CRISE

COLUNA DO CEO DO GRUPO BAHIA ASSOCIADOS, JORGE BAHIA

No auge da atual crise, identificamos a importância da população atender as determinações médias sanitárias,  identificamos a importância  dos profissionais dessas áreas e de tantas outras no cuidado com a população em geral, mas também, como em todos momentos análogos, podemos identificar ensinamentos e possíveis novas perspectivas  em mercados e negócios.

Pontos relacionados a perspectivas e a possíveis revisões de estratégias operacionais tem aplicação ao comércio, de forma mais específica, ao varejo. Principalmente o fechamento dos shoppings centers fez com que as empresas comerciais que tivessem outras alternativas de oferta de suas mercadorias, patrocinassem verdadeiras operações de guerra, para retirar estoques de lojas localizadas nos shoppings para destiná-los a essas outras possibilidades de comércio.

Quanto a essas outras possibilidades temos as chamadas lojas de rua que também tiveram orientação de quarentena, e as atividades de e_commerce. Verificamos grandes varejistas  que possuem infraestrutura logística e infraestrutura  operacional realizando forte trabalho de realocação de estoques visando explorar essas outras possibilidades de comercialização. Pequenos e médios varejistas não tiveram essa mesma oportunidade considerando que a estratégia dos seus negócios não suporta  os custos dessas infraestruturas.

Assim, o que nos parece surge de indicativo e novas perspectivas operacionais para o varejo é explorar como um suporte suplementar  as suas atividades as chamadas vendas online seja através e lojas virtuais, seja através de marketplaces, seja através e redes sociais. Essas possibilidades devem ser analisadas com atenção pois estarão associadas, muitas vezes, a administrar outro canal de vendas que associa-se a mais um controle financeiro, a mais um controle de estoque, a outras ferramentas de gestão econômica e financeira como orçamento específico, fluxo de caixa específico, ponto de equilíbrio específico, ou seja, trata-se de um perfil de controle diferenciado.

Mas, como fazer para os pequenos e médios varejistas poderem  se estruturar e ter alternativas operacionais de vendas em momentos como o atual? É fato a importância de parcerias e de pesquisas que identifiquem o fornecedor ideal seja no aspecto de tecnologia da informação, seja na gestão dos estoques. Importante, também, trabalho dedicado a redução de custos da operação, como por exemplo, em sendo o caso, o gestor do estoque se terceiro, ter possibilidade de  ratear o custo da armazenagem com outros usuários que utilizem o espaço de armazenagem.

O e_commerce , que se demonstrou no passado como uma estratégia a médio e longo prazo para o comércio, no sentido de ser mais uma vertente na oferta de produtos ao consumidor – comércio online – apresenta uma linha de análise interessante  e importante para o setor varejista na visão de que ele (e-commerce) representa a possibilidade ampla de compra e venda com suporte em ferramentas de comunicação e de tecnologia, definindo o lojista a forma de que forma vai utilizá-lo.

Trata-se da busca de alternativa para se ter como segunda opção comercial a venda online, com estoque mínimo destinado a  suportar essa operação. Sem dúvida a estrutura não pode encarecer o custo operacional da atividade considerando estarmos tratando de uma segunda opção de atender o mercado em paralelo a primeira,  carro chefe  da operação, que é  a loja física, ou,  pode ser uma opção a ser utilizada se e quando interessante à empresa – a carta na manga – a alternativa ideal.

O que entendemos é importante analisar na questão é a necessidade de uma estratégia voltada a um dia ela poder ser rapidamente operacionalizada, destinada a trazer maior rentabilidade ao negócio, ou mesmo, ser operacionalizada por força maior como no momento atual.

A análise do custo “x” benefício da operação, o perfil gerencial do empreendedor, as parcerias e pesquisas  desenvolvidas com fornecedores de serviços de tecnologia, assim como de logística  e de gestão de estoque, e finalmente a agilidade em sair de uma linha de conforto do dia a dia para uma operação de guerra devem estar sempre no radar do empreendedor.

O momento atual mostra que o comércio,  principalmente o varejo, precisa analisar essas alternativas como componentes de sua operação, podendo nunca ser usada, mas  sendo pelo menos analisada.

 

Jorge Bahia, consultor e sócio proprietário do Grupo Bahia Associados – bacharel em administração de empresas, contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando na área fiscal, tributária, contábil e controladoria.

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