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De acordo com o MEC, é obrigatória a matrícula de crianças na escola a partir dos quatro anos. Anteriormente, a lei determinava crianças na escola a partir dos seis. Mas, a verdade é que cada vez mais cedo a rotina escolar se inicia devido ao cotidiano agitado e a um cenário em que os pais trabalham fora.
Segundo a professora do curso de pós-graduação em Psicopedagogia do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores (IBFE), Débora Corigliolano, a adaptação na primeira escola gera uma ansiedade tanto na criança como nos pais. “A escola com certeza tem um plano para acolher a família e adaptar a criança de forma segura e harmoniosa. O mais sensato é não perguntar todos os dias o que a criança fez ou deixou de fazer. Pois se a criança percebe que os pais estão ansiosos ou com dúvidas sobre o que acontece na escola, pode gerar uma insegurança e a adaptação pode ficar mais difícil”, recomenda.
A escola deve ser apresentada sempre de forma positiva. Contar as próprias experiências, de quando os pais eram crianças, pode motivar o filho a querer ir para a escola sem medo.
Cristina Porto Gregato tem um filho mais velho e agora vai passar, mais uma vez, por este processo com a caçula, Agatha. “Estou inserindo durante essas semanas algumas estratégias que a envolva no desejo de mudar e ingressar em uma escola maior, com uma nova rotina. Portanto a levei comigo no dia da matrícula, assim ela já conheceu a coordenadora pedagógica pessoalmente, foi também comprar o uniforme e na primeira reunião, antes mesmo do início das aulas. Quero que ela já esteja familiarizada com o novo ambiente quando as aulas começarem pra valer”, comenta a mãe que matriculou a filha no Anglo Taquaral, em Campinas (SP).
A especialista em Psicopedagogia do IBFE, Débora Corigliolano, aponta ainda duas dicas para facilitar o ingresso da criança no mundo escolar. “Acostume o relógio biológico da criança ao novo horário /rotina que terá a partir do início das aulas. Mas isso deve ser feito somente na última semana e de forma gradativa. Isso também vale para rotina de alimentação e sono. A outra dica é que a boa escola já tem um programa de adaptação de forma gradativa e no tempo de cada criança/família. Às vezes a criança fica bem, mas a mãe ou o pai precisam de um acolhimento diferenciado. Às vezes a mãe ou o pai estão seguros e a criança chora muito ao entrar, desta forma é imprescindível que haja uma comunicação muito estreita entre escola e família para alinharem as condutas”, finaliza.
Foto: Crianças em atividade escolar.
Crédito: Divulgação.
