SINDUSCON-MG QUESTIONA PROPOSTA DE MACROZONEAMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

O Conselho Deliberativo de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) discutiu nesta terça feira (11/07) as adequações das propostas do Macrozoneamento. Esse é um programa do governo de Minas, complementar ao Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI), que busca estabelecer o desenvolvimento sustentável de 34 municípios, nas próximas décadas. renato michel sinduscon mgGLR_3538

As recomendações do PDDI foram elaboradas por uma equipe de 180 especialistas de diversas áreas lideradas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas) e Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), além da participação de representantes da sociedade civil e das gestões públicas municipais e estadual.

Se por um lado o PDDI tem sido visto com bons olhos por alguns segmentos da sociedade, o Macrozoneamento, como tem sido proposto, suscita alguns questionamentos. “O Plano Diretor é um instrumento de planejamento interessante, porque tem um caráter de integração, já que temos várias cidades na RMBH muito próximas umas das outras. No entanto, o Macrozoneamento é um subproduto dessa iniciativa e não passou por um processo de consulta popular tão denso quanto o do PDDI”, afirma Renato Michel, diretor de Projetos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e membro do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana.

Entre as medidas que precisam ser mais debatidas, Renato Michel ressalta a que retira dos municípios, localizados nas chamadas Zonas de Interesse Metropolitano (ZIM), a atribuição de legislar sobre o próprio território e delega essa função ao Estado. Outro item questionável, segundo o diretor do Sinduscon-MG, é que o Macrozoneamento obriga os novos parcelamentos de solo a doarem 10% da área dos lotes para habitação de interesse social. “Essa é uma prática que pode impactar o preço dos imóveis para o consumidor final”, diz.

A proposta, que poderá se tornar lei em janeiro de 2018, precisa ser mais estudada pelas cidades abrangidas. “Dos 34 municípios envolvidos na questão, somente seis ou sete, tal como Nova Lima e Contagem, estudaram e verificaram a fundo as implicações do Macrozoneamento”. “Por isso, falta conhecimento das demais cidades para que possam perceber a discrepância entre o que está sendo sugerido e as realidades dessas localidades”, avalia.

Foto: Renato Michel, diretor de Projetos do Sinduscon-MG.

Crédito: Divulgação.

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