Panorama de Negócios
Diferente do que muitos pensam, o mercado de produtos veganos não atinge somente veganos e vegetarianos, mas também as pessoas que buscam reduzir o consumo de produtos de origem animal, além do público intolerante à lactose. Desta forma, oferecer opções veganas no cardápio pode fazer a diferença no faturamento mensal e atrair mais clientes para o estabelecimento.
De acordo com a última pesquisa do IBOPE sobre o assunto, 14% da população brasileira se declara vegetariana. Nas regiões metropolitanas das cidades de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro o número sobe para 16%. Esses dados mostram um crescimento significativo quando comparado às pesquisas anteriores.
Atualmente no Brasil, funcionam cerca de 240* restaurantes vegetarianos e veganos, mas cada vez mais estabelecimentos optam por oferecer em seus cardápios algumas opções livres de ingredientes de origem animal.
Um exemplo é o sorvete da Nice Foods, marca curitibana de produtos veganos, feito à base de leite de castanha de caju, extremamente saboroso e cremoso, igual a um sorvete à base de leite de vaca. Thiago Lorusso, um dos sócios da empresa, conta que diversos restaurantes que incluíram seus sorvetes nas opções de sobremesa perceberam um aumento considerável na demanda. “Tem clientes nossos que a cada mês aumentam a quantidade de sorvete no pedido, e alguns não são estabelecimentos focados no público vegano, mas perceberam uma demanda por este tipo de produto”, conta.
Ter essa opção para os vegetarianos, veganos, intolerantes à lactose, ou até mesmo para os simpatizantes com a causa, pode fazer diferença no faturamento da empresa. “Vamos imaginar um cenário no qual metade dos clientes do restaurante pede sobremesa. Destes, 30% são intolerantes à lactose ou são veganos… Essas pessoas deixarão de comprar uma sobremesa caso não tenha uma opção no cardápio”, afirma Thiago. A inclusão de uma alternativa para esse público, normalmente mais segmentado, pode atrair mais clientes e inclusive fidelizá-los com mais facilidade.
Thiago afirma que os pedidos de potes (varejo) ainda representam a maior parte do faturamento da Nice Foods, mas que a fatia correspondente aos restaurantes está aumentando. “Os restaurantes têm pedidos mais constantes, pois o consumo é recorrente. Eles oferecem combinações com tortas, brownies e até em milkshakes, que são opções consumidas independente do clima”, diz o sócio.
E a tendência desse mercado é crescer cada vez mais. Dados do Google mostram que as buscas pelo tema cresceram 14 vezes nos últimos anos, o que mostra um grande interesse por parte do consumidor. Diante disso, várias empresas buscam investir cada vez mais em produtos vegetarianos e veganos. A Nice Foods, atualmente oferece oito sabores de sorvete vegano e a vegtella, um creme de avelã vegano, mas já tem planos para expandir e aumentar a variedade de produtos.
A Nice Foods é uma empresa curitibana que chega ao mercado com a missão de reinventar a forma como são feitos os alimentos que estão presentes no nosso dia a dia, porém utilizando matérias-primas orgânicas e naturais, sem carne, lactose e o mínimo de industrializados possível. Criada pelo publicitário Thiago Lorusso, a bióloga Paola Stier e o administrador Marco Bindé, a marca lançou oito sabores de sorvete à base de plantas, utilizando o leite de castanha de caju para substituir o leite de vaca.
O seu grande diferencial é a cremosidade adquirida, quase idêntica aos gelatos italianos, algo muito difícil de se encontrar nas opções veganas da sobremesa. Além disso, o caráter sustentável permeia todos os processos de fabricação, e chega às mãos do cliente em uma versão quase 100% sem plástico, em um pote de vidro, que pode ser reutilizado após o consumo do sorvete.
Foto 1 – Os sócios Marco, Paola e Thiago, da Nice Foods.
Foto 2 – O Restaurante Greengo Vegetariano, em Curitiba, oferece a sobremesa Sorvete de Cookies, feita com sorvete da Nice Foods.
Crédito: Divulgação.
