SONDAGEM DA ERNST & YOUNG REVELA CRESCIMENTO DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO INTERIOR DE SÃO PAULO

Uma sondagem realizada pela Ernst & Young durante o ano de 2012
constatou que a atividade econômica do interior do Estado de São Paulo está em
franca ascensão.  A pesquisa
confirma que o interior do Estado de São Paulo vem se fortalecendo e várias empresas
tem deixado a região metropolitana de São Paulo e a capital e se instalando no
interior. O sócio da Ernst & Young em Campinas, Ronaldo Marsolla, disse que
é perceptível a instalação de galpões, de indústrias e de condomínios
empresariais em Campinas, principalmente às margens da Rodovia D. Pedro I.  “No nosso negócio a gente percebe claramente
que essa migração de empresas para o interior ocorre por uma série de aspectos
como logística, infraestrutura e mão de obra qualificada. Agente faz alguns
trabalhos para algumas empresas que querem se instalar aqui no Brasil. Nós
temos uma área que estuda qual a melhor localização em função do business do
cliente e o interior de São Paulo leva uma vantagem muito grande em vários
aspectos menos o tributário que ainda é o nordeste”, diz. 

Ronaldo Marsolla revelou que as
indústrias hoje não se interessam mais, como antigamente, por ter um prédio
pelo fato de ser um investimento muito caro e que não se reverte em lucro.
Segundo ele, hoje é muito comum as empresas quererem focar em aluguel e em
arrendamento de prédios pela rapidez com que as construtoras levantam um galpão
em aproximadamente dois meses. Em função disso tem surgido um grande número de
condomínios empresariais. Um negócio que tem atraído investidores estrangeiros
e grupos internacionais com uma excelente oportunidade de retorno. “A indústria
não quer se preocupar com administração imobiliária. O dinheiro que eles querem
é capitalizar no negócio e não ter imóvel no Brasil. Hoje muitas empresas
brasileiras que são vendidas para alguma multinacional segrega-se o imóvel que
fica coma pessoa física que vende e a empresa vem e compra o negócio e paga
aluguel para o antigo dono. Eles não se interessam mais em colocar dinheiro em
cima de imóvel. É uma fonte de renda para o antigo dono”, explica.

A pesquisa mostra ainda que as empresas
sustentaram as produções e mantiveram o rendimento, inclusive apresentando
crescimento em alguns casos. Também foi observado nesta sondagem que o complexo
ambiente tributário em que as empresas estão inseridas, a queda nas margens e
os problemas verificados na infraestrutura para a distribuição de produtos são
os grandes entraves dos negócios.

No balanço do ano de 2012, apesar do bom
primeiro trimestre das empresas, houve uma queda brusca de desempenho no
segundo trimestre. No entanto, o terceiro e o quarto trimestre trouxeram uma
melhora significativa, o que levou metade das empresas apresentarem resultados
melhores no período em relação ao ano de 2011.

As expectativas são boas para este ano.
Aproximadamente 88% das empresas esperam que o desempenho em 2013 seja melhor
que 2012. Essa expectativa é criada a partir de uma diminuição do impacto
causado pela crise do euro nas empresas brasileiras aliada às oportunidades que
estão sendo geradas pela Copa de 2014. “A percepção é que de fato está se
confirmando que 2013 vai ser melhor que 2012, obviamente e que o mercado está
respondendo, principalmente mercado interno, positivamente aos benefícios e aos
investimentos em produção que foram feitos, porém com muita cautela. Alguns
projetos como de expansão tem sido colocados na gaveta por uma certa incerteza
de futuro, mas no dia a dia as empresas ainda continuam experimentando um
crescimento em 2013”,afirma.

A carga tributária foi o fator que mais
impactou os negócios das empresas do interior do estado de São Paulo, de acordo
com 43,8% dos respondentes.  O motivo é o
complexo ambiente tributário no qual as empresas brasileiras estão inseridas.
Em seguida, entre os fatores que causaram maiores impactos, estão as baixas
margens, para 37,5% deles. Muitas vezes, as baixas margens são decorrentes de
altos custos e, também, do terceiro fator de maior impacto, apontado por 31.3%
dos entrevistados: a malha logística de distribuição dos produtos. No Brasil, a
infraestrutura para distribuição ainda é uma adversidade para muitas empresas.

O sócio da Ernst & Young em
Campinas, Ronaldo Marsolla, revelou que 
está ocorrendo uma preocupação com relação à inflação. “Há uma percepção
que o país está perdendo um pouco o controle da inflação e isso se reflete em
custo de mão de obra, em custo de matéria prima e por outro lado não é tão fácil
repassar o aumento de preços. Com isso as margens começam a ficar um pouco mais
pressionadas”, comenta

Ronaldo Marsolla disse ainda que entre algumas
medidas tomadas pelo governo para fortalecer as empresas, como a desoneração da
folha de pagamento, na qual o INSS deixou de ser recolhido com base em folha de
pagamento e passou a ser recolhido com base no faturamento, foi uma medida
importante no sentido de geração de empregos, pois independente do número de
funcionários contratados o desconto sempre será o mesmo, pois vai corresponder
a um percentual do faturamento. No entanto, Ronaldo Marsolla disse que essa
desoneração tem um lado reverso,pois para uma empresa que tem muita
tecnologia  e poucos empregados, acabam
sendo penalizadas, pois o faturamento é alto e a folha de pagamento pequena. “Hoje
70% das empresas tiveram uma redução do pagamento do INSS e 30% tiveram um acréscimo.
As empresas no Brasil ainda não são totalmente tecnológicas. Os produtos que a
gente produz no Brasil não tem tecnologia de ponta”, diz.
Foto – Sócio da Ernst & Young em Campinas, Ronaldo Marsolla.
Divulgação

 
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