SONDAGEM INDUSTRIAL APONTA MELHORA NOS ÍNDICES JUNTO A EMPRESÁRIOS DA REGIÃO DE CAMPINAS

Pesquisa de sondagem industrial realizada
pelo centro de pesquisas econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas) em
parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)  regional Campinas (SP), aponta que as
industrias da região indicam que  a queda
nos estoques  e um aumento da produção
mostra que os empresários industriais da região de Campinas estão com
perspectivas um pouco melhores  com
relação ao fechamento  de 2013.  O clima no meio industrial é de uma
perspectiva de melhora.

A sondagem industrial revelou que a variação
do volume de produção verificada
em setembro apresenta resultado positivo em relação ao mês de agosto. Isso
porque, apesar da queda de 1 ponto percentual dos respondentes que afirmaram
aumento na produção, 39,1% assinalaram que não houve alteração nessa variável. Uma
parcela de 26,1% dos associados afirmou que o nível de produção diminuiu, uma
queda de 15 pontos percentuais se comparado a agosto.

O valor das vendas tem apresentado bons resultados nos três últimos meses,
apesar de uma redução em setembro. Isso porque 34,8% dos respondentes afirmaram
que suas vendas foram superiores ao mês anterior, uma diminuição de 8,8 pontos
percentuais, ao passo que, para 39,1%, o nível de vendas foi estável e, para
26,1%, inferior.

A inadimplência apresentou nos
últimos meses uma trajetória de relativa estabilidade. No mês de setembro,
17,4% dos respondentes afirmaram haver aumento dessa variável, enquanto em
agosto essa participação foi de apenas 12,8%. Por outro lado, 13% das empresas
afirmaram haver diminuição da inadimplência, 10,4 pontos percentuais a mais que
agosto. Os respondentes que assinalaram que a variável permaneceu inalterada
somaram 69,6%.

O nível de utilização da capacidade instalada
de produção indicou um aumento tanto das empresas que estão entre 80
e 100% quanto das que estão entre 0 e 50%, representadas por 30,4% e 26,1% dos
respondentes, respectivamente. Esse aumento significativo do nível de
utilização da capacidade instalada entre 80 e 100% é o melhor resultado desde
agosto de 2011. Em relação ao setor intermediário, o nível de utilização da
capacidade instalada de produção entre 50,1 e 80%, houve uma redução de 18
pontos percentuais em relação a agosto.

A variação dos estoques apresentou um
resultado positivo em relação a agosto, uma vez que, 9,5% dos respondentes
assinalaram aumento, uma queda de 7,7 pontos percentuais em relação a agosto;
enquanto 42,9% afirmaram que os estoques diminuíram, um aumento de 11,9 pontos
percentuais face o mês anterior. Esse resultado reflete, em grande medida, a
tendência de desova de estoques das empresas nesse período, devido às festas de
final de ano, que iniciam um novo ciclo de produção.

A sondagem
revelou também que com relação às decisões de investimento em ampliação da capacidade instalada, 56,5% dos
respondentes destacaram que não realizarão investimentos, contra 39,1% que irão
atualizar o maquinário existente e apenas 4,3% que afirmaram que vão ampliar o
número de máquinas. Trata-se de um resultado inferior em comparação com agosto
de 2013, quando 12,8% afirmaram que iriam ampliar o número de maquinário.

Com relação ao planejamento de investimento para
os próximos 12 meses, os resultados foram bastante negativos. Isso porque
nenhuma empresa afirmou que pretende aumentar o investimento planejado.
Ademais, 52,2% declararam que não irão investir, enquanto 4,3% afirmaram que
irão diminuir o investimento planejado.

Na avaliação do
diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, o ambiente está mais otimista.
“Houve uma melhoria no índice de expectativa do empresário em relação aos
negócios, em relação ao país, em relação ao Estado e em relação à cidade. O que
a gente vem sentindo é que na nossa região as coisas estão começando a
acontecer, estão começando a desenrolar. Os problemas que nós tínhamos no
passado estão sendo sanados. Os investimentos estão começando a aparecer. O
clima está mais otimista. Várias coisas aconteceram esta semana como o sucesso
no leilão do Campo de Libra, a resolução do problema  fiscal americano. Tudo isso criou um clima
favorável. As bolsas voltaram a subir e as ações da Petrobrás também voltaram a
subir”, diz.

José Nunes
Filho, no entanto, destacou que o câmbio já esteve melhor  e oscilando hoje na faixa de R$ 2,18 já
começa a estimular a entra da de produtos importados. “ A falta de
competitividade do Estado brasileiro é muito grande. Nosso produto custa de 35%
a 40% mais caro do que os produtos produzidos no exterior. Produzir aqui é mais
caro, então qualquer pequena alteração do dólar já deixa a nossa produção industrial
defasada em relação aos produtos 
importados e estimula essa importação”, avalia.  

O coordenador
da pesquisa de sondagem industrial do centro de pesquisas econômicas da Facamp,
Rodrigo Sabbatini, disse que a expectativa de melhora no quadro industrial da
região de Campinas é positiva. “O que a pesquisa conseguiu observar é que tudo
leva a crer que o final do ano vai ser melhor esse ano do que no ano passado.
Os empresários aumentaram a produção, reduziram o estoque, reduziram a
capacidade ociosa nas empresas para atender a expectativa de demanda para o
final do ano. Uma parte grande dessa demanda esperada para o final do ano vai
ser atendida pela produção local, coisa que no ano passado foi majoritariamente
atendida por produtos importados. Como a condição do câmbio esse ano está mais
favorável à produção e isso acabou resultando numa pequena retomada da
atividade industrial no Brasil em geral e na região de Campinas”, declarou.

Com relação à
economia mundial, Rodrigo Sabbatini, acredita que  a situação vai estar melhor em 2014. “Isso é
um alento importante para a economia brasileira que tem laços muito fortes com
o resto do mundo, então se a Europa  e os
Estados Unidos retomam a sua capacidade econômica isso certamente  tem reflexo positivo  sobre a China que por sua vez vai ter
reflexos positivos sobre o Brasil. Nós estamos inseridos nessa cadeia produtiva
internacional”, disse.
 
Fotos 1 a 3 – Diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho
 
Crédito Roncon & Graça Comunicações

 

 
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